Bolsas europeias recuperam de mínimos de 2014 com ajuda da banca
As bolsas europeias encerraram em alta esta quarta-feira, 10 de Fevereiro, pela primeira vez em oito sessões, impulsionadas pelos fortes ganhos do sector da banca.
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O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valorizou 1,87% para 315,19 pontos, depois de ter atingido ontem o valor mais baixo desde Outubro de 2014.
O sector financeiro, que hoje impulsionou os principais índices, foi o mais penalizado na terça-feira, depois de se terem levantado dúvidas sobre a saúde do Deutsche Bank e a sua capacidade para cumprir as suas obrigações. O maior banco alemão viu-se obrigado a emitir um comunicado aos investidores e funcionários, onde garante que tem dinheiro suficiente para pagar os cupões das suas obrigações com maior risco, tanto este ano como em 2017.
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Esta quarta-feira, o Financial Times avançou que o banco considera recomprar dívida, uma notícia que foi bem recebida pelos investidores. As acções do Deutsche Bank dispararam 10,20% para 14,58 euros, depois de terem afundado 9,5% e 4,27% na segunda e terça-feira, respectivamente.
O optimismo acabou por contagiar o sector na Europa. Depois de ter desvalorizado 4% para o valor mais baixo desde Agosto de 2012, o índice que reúne os maiores bancos europeus disparou 4,89%. O Commerzbank ganhou 8,22% para 6,835 euros e o italiano Banca Popolare di Milano subiu 9,48% para 60,05 cêntimos.
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A liderar os ganhos na Europa esteve precisamente o índice italiano, com uma subida de 5,03%, seguido pelo espanhol IBEX, que valorizou 2,73%. Os ganhos mais tímidos foram da bolsa de Atenas (0,19%) e do português PSI-20 (0,26%).
O sentimento positivo dos investidores foi ainda reforçado pelas palavras da presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, que garantiu que a autoridade monetária não terá pressa em voltar a subir os juros, num contexto de turbulência nos mercados financeiros.
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Contudo, Yellen admitiu que os desenvolvimentos financeiros recentes são menos favoráveis para a maior economia do mundo. "As condições financeiras nos Estados Unidos tornaram-se recentemente menos favoráveis ao crescimento", referiu a responsável da Fed num discurso ao Congresso norte-americano, publicado no site da Reserva Federal.
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