BCP impede PSI-20 de acompanhar ganhos na Europa

A má prestação do banco liderado por Miguel Maya foi a principal catalisadora da queda da bolsa nacional. Lá fora, o corte de tarifas por parte da China sobre produtos dos EUA vai dando força.
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Tiago Sousa Dias
Gonçalo Almeida 06 de Fevereiro de 2020 às 16:44

A bolsa nacional terminou a sessão desta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, a cair 0,29% para os 5.287,35 pontos, contrariando a tendência do resto da Europa, que hoje renovou máximos históricos. 

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Com sete cotadas em queda, nove em alta e duas estáveis, o índice PSI-20 foi principalmente influenciado pela má prestação do BCP, mas também da Galp, num dia com um novo revés para o preço do petróleo.

O banco liderado por Miguel Maya perdeu 1,96% para os 19,49 cêntimos por ação, enquanto que a petrolífera Galp recuou 1,22% para os 13,765 euros por ação. Hoje o preço do petróleo deu sinais de nova recuperação, mas inverteu a tendência no início da tarde, depois de o terceiro dia de reuniões do comité técnico da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados) ter terminado. 

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Numa primeira fase, a Bloomberg adiantou que os departamentos técnicos dos países representados tivessem chegado a um consenso para recomendar o corte de 600 mil barris por dia nas suas produções de petróleo, mas o acordo teve a resistência russa, que se recusou a tomar qualquer decisão.

No resto da praça portuguesa, destaque também para o grupo EDP, com a empresa liderada por António Mexia a valorizar 0,36% para os 4,522 euros por ação, e a EDP Renováveis estável nos 11,98 euros. Hoje, a imprensa polaca adiantou que a empresa liderada por João Manso Neto está a construir dois parques eólicos de 58 megawatts (MW) na Polónia, cuja conclusão deve estar completa ainda este ano. Mas estes são apenas dois de vários projetos da empresa portuguesa para o país de leste. 

Na Europa o cenário é diferente e o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, chegou mesmo a renovar um máximo histórico nos 426,42 pontos, impulsionado pela decisão de Pequim de reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais, uma medida a implementar a partir de 14 de fevereiro e que está prevista no acordo comercial parcial assinado em janeiro com os Estados Unidos.

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