Galp é a estrela do dia com Lisboa a retomar ganhos

A bolsa de Lisboa encerrou em terreno positivo, retomando a senda dos dois dias de ganhos vividos no início da semana. No resto da Europa a tendência foi mista, com o índice de referência europeu, Stoxx 600, a terminar o dia a perder ligeiramente com o setor do retalho, imobiliário e "utilities" (água e luz) a ofuscarem os ganhos do petróleo e gás e das tecnológicas.

O PSI valorizou 0,47% para os 6.239,25 pontos, com seis cotadas a subir, sete a descer e duas inalteradas, a Sonae e a REN.

A registar os maiores ganhos esteve a Galp, subindo 3,52% num dia em que foi divulgado o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de agosto que espera que o mercado do petróleo entre em excedente já este trimestre, depois de ter reduzido as expectativas para a procura desta matéria-prima. Do lado oposto desta perspetiva está a Agência Internacional de Energia (AIE) que espera um aumento do uso de petróleo no resto do ano, principalmente para a produção de eletricidade, uma vez que os preços do gás estão cada vez mais elevados e o petróleo se apresenta como uma alternativa.

A valorizar acima de 3% esteve também o BCP (3,23%), seguido pela Mota-Engil que subiu 1,81%, depois de esta quinta-feira o Negócios ter revelado que a construtora portuguesa, aliada com a China Railway Rolling Stock Corp, é o único concorrente à construção de uma nova linha do metro de Medellín, na Colômbia, um projeto orçamentado em 1,7 mil milhões de dólares.

A maior cotada da bolsa de Lisboa, a Jerónimo Martins, aguentou-se entre os ganhos e avançou 0,18%, juntamente com os CTT (0,44%) e a Nos (0,11%), ao passo que a EDP e EDP Renováveis acabaram por ceder e registaram uma queda de 0,43% e 0,54%, respetivamente.

O maior tombo do dia foi apontado pela Altri que recuou 1,57%, acompanhada pela Greenvolt que cedeu 1,34%. Ainda no vermelho fecharam a Semapa (-0,82%), Navigator (-0,54%) e Corticeira Amorim (-0,19%), num dia negativo para a indústria.