Wall Street dividida com dados económicos a sinalizarem corte de juros. Alphabet pula 8%
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão desta quarta-feira em terreno misto, depois de uma queda abrupta na sessão anterior à boleia de um "sell-off" mundial. Mas os dados económicos sobre o mercado laboral do lado de lá do Atlântico permitiram aos investidores respirarem de alívio.
As vagas de emprego caíram para o nível mais baixo em dez meses em agosto, o que indica que as empresas estão a tornar-se mais cautelosas e seletivas com as suas contratações, enquanto tentam avaliar o impacto das tarifas de Donald Trump na economia.
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Também o ritmo de contratação diminuiu e está a demorar mais tempo para os desempregados encontrarem outro emprego. "Estes dados confirmam a desaceleração do ritmo de contratações observada em várias estatísticas agregadas, mas é algo de que estamos bem cientes - e é por isso que a Reserva Federal deverá reduzir as taxas de juro em 25 pontos base na reunião daqui a duas semanas", considera Peter Boockvar, do The Boock Report, em declarações à Bloomberg.
O indicador surge dois dias antes de um outro importante relatório relativo à criação de emprego, no mesmo mês, nos EUA. É para aí que as atenções dos investidores, analistas e da própria Reserva Federal se deverão voltar.
Já a incorporar um corte de juros pela Fed, o S&P 500 subiu 0,51% para os 6.448,28 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 1,02% para os 21.497,73 pontos. Em contraciclo, o Dow Jones recuou 0,06% para 45.270,86 pontos.
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A perspetiva de flexibilização monetária foi ainda defendida pelo governador da Fed Christopher Waller, que afirmou que o banco central dos EUA deveria começar a baixar as taxas este mês e fazer vários cortes nos próximos meses.
Em destaque esteve a Alphabet, que pulou 8,7%, já que evitou uma venda forçada do motor de pesquisa Chrome, depois de ter sido acusada de práticas anticoncorrenciais.
A Macy's elevou a sua previsão anual e registou o melhor crescimento de vendas em comparação com os três últimos anos, ajudada pelos sinais mais recentes de que os consumidores continuam a gastar, apesar das preocupações com a inflação e as tarifas. As ações dispararam mais de 20%.
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