Wall Street em mínimos de 11 semanas. Dow perde 1.900 pontos em dois dias
O Dow Jones fechou a ceder 3,15% para 27.081,36 pontos. Ontem, o Dow caiu 1.031,61 pontos no fecho, tendo marcado a pior sessão em mais de dois anos. Hoje derrapou mais 880 pontos, o que dá uma perda de 1.911 pontos em apenas duas jornadas.
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É preciso recuar dois anos para observar uma tendência semelhante: a 5 de fevereiro e a 8 de fevereiro de 2018 o Dow também cedeu mais de 1.000 pontos de cada vez, devido aos receios de pressões inflacionistas, tendo afundado mais de 4% no acumulado desses dois dias. Agora perdeu 6,58% em duas sessões.
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Até hoje, aqueles dois dias de 2018 tinham sido os únicos na história do Dow em que o índice perdeu mais de 1.000 pontos no fecho.
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Desde o último máximo, o Dow Jones já regista um decréscimo de 8%, estando assim muito perto de entrar em território de correção (uma queda de pelo menos 10% - sendo que o ‘mercado urso’ surge com uma descida de pelo menos 20% face ao último máximo antes de qualquer tendência descendente).
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Já o S&P 500 encerrou a recuar 3% para 3.128,21 pontos. Nas duas sessões desta semana, desvalorizou 6,38%, e nos últimos quatro dias afundou mais de 7,5% - a pior série de quatro jornadas consecutivas desde agosto de 2015.
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O índice industrial e o S&P 500 não só eclipsaram ontem os ganhos desde o início do ano como ficaram negativos no acumulado de 2020 - hoje cedem, respetivamente, 4,80% e 3,42% desde a sessão de 2 de janeiro.
Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou em baixa, a recuar 2,77%, para 8.965,61 pontos. Desde o início do ano, ainda sobe 0,28%, mas hoje quebrou o patamar dos 9.000 pontos.
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A pressionar a negociação bolsista continuaram a estar os receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus (Covid-19), numa altura em que a propagação do surto fora da China continua a intensificar-se e em que já foram identificados mais de 80.000 casos de infeção em todo o mundo.
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Na Europa, Itália é o país mais afetado até ao momento por esta epidemia, tendo hoje sido confirmadas mais três vítimas mortais naquele país – elevando assim para 10 o número de mortos.
Além de Itália, também os casos estão a aumentar noutros países do globo, como é o caso do Irão, Coreia do Sul e Japão.
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Os títulos da energia voltaram a estar entre os piores desempenhos, numa sessão em que o petróleo continuou a afundar devido aos receios de que o vírus oriundo da China afete fortemente a procura mundial, num mercado já excedentário.
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Hoje, o centro de controlo e prevenção de doenças dos EUA advertiu os norte-americanos para se prepararem para um surto de coronavírus no país. Isto numa altura em que também a Organização Mundial de Saúde alertou para a possibilidade de a epidemia poder vir a escalar para um patamar de pandemia global.
Há um número crescente de empresas a reverem em baixa as projeções para os seus lucros, já que se espera um forte impacto desta doença nas economias de todo o mundo.
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(notícia corrigida às 17:40 de 26 de fevereiro, pois o S&P500 marcou a pior série de quatro dias consecutivos desde agosto de 2015 e não de uma só sessão)
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