Wall Street recupera de "sell-off" com valorização robusta

Depois da maior queda desde 2011, o índice tecnológico Nasdaq fechou a quase 3%. A volatilidade continua a dominar Wall Street.
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Reuters
Nuno Carregueiro e Rita Atalaia 25 de Outubro de 2018 às 21:11

Vivem-se dias agitados em Wall Street. No final da sessão de quarta-feira assistiu-se a um "sell-off" que levou o Nasdaq a afundar 4%, na pior sessão desde 2011.

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Esta quinta-feira o sentimento inverteu-se e os índices fecharam o dia em forte alta, recuperando parte do tombo da véspera, com os investidores animados sobretudo com os bons resultados apresentados por diversas tecnológicas.  

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O Nasdaq fechou a ganhar 2,95% para 7.318,33 pontos. O Dow Jones valorizou 1,63% para 24.984,42 pontos e o S&P 500 subiu 1,86% para 2.705,61 pontos.

 

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Entre as empresas que mais contribuíram para esta recuperação, destaque para o Twitter e a Microsoft, que apresentaram resultados mais fortes do que os analistas previam. As acções estão a subir 15,47% e 5,84%, respectivamente.

 

No sector automóvel, a Tesla também surpreendeu os investidores, na quarta-feira, ao anunciar lucros no terceiro trimestre quando se previa que a empresa liderada por Elon Musk revelasse um prejuízo nesse período. Os títulos subiram 9,14%.

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As bolsas estão, assim, a recuperar, apesar de ainda persistirem receios em torno da guerra comercial entre os EUA e um conjunto de países. Além disso, mantém-se a tensão geopolítica em torno da Arábia Saudita devido à morte de um jornalista saudita e ainda a polémica sobre o Orçamento de Itália.

 

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Mesmo que estas questões sejam resolvidas, alguns analistas referem que não será suficiente para acalmar os mercados. O Bank of America refere, numa nota de análise, que acredita que, independentemente da conjuntura, os indicadores disponíveis apontam para que os próximos tempos sejam marcados por uma grande volatilidade nas praças americanas.

 

Ainda assim, as quedas recentes em Wall Street deixaram os múltiplos das acções norte-americanas em níveis mais reduzidos, o que pode ajudar a explicar a entrada de investidores a aproveitar as cotações mais castigadas nos últimos tempos.  

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De acordo com os dados Refinitiv, o S&P está agora a transaccionar a 15,3 vezes os lucros estimados para os próximos 12 meses, o que representa o PER mais baixo dos últimos dois anos e meio.

 

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