Corte de juros não impressiona Wall Street. S&P 500 e Nasdaq fecham no vermelho
A Reserva Federal cortou as taxas de juro em 25 pontos-base, movimento que tinha já sido incorporado pelo mercado, o que levou a que as bolsas norte-americanas terminassem sem rumo definido.
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Wall Street não ficou impressionado com o corte de 25 pontos-base nos juros diretores nos EUA. A Reserva Federal (Fed) anunciou, no final de quarta-feira, uma decisão que já era há muito esperada e antecipada pelo mercado. Procuravam mais pistas para o futuro e o número um do banco central deu: Jerome Powell sinalizou mais duas reduções graduais nos juros este ano.
No entanto, havia parte do mercado que esperava um corte mais agressivo, o que levou a uma reação moderada dos índices bolsistas dos EUA. Assim, o S&P 500 perdeu 0,1% para 6.600,42 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,33% para 22.261,33 pontos. Já o industrial Dow Jones subiu 0,57% para 46.018,50 pontos.
Powell destacou a tensão entre os dois mandatos da Fed, com as pressões inflacionistas persistentes enquanto os dados do mercado de trabalho enfraquecem, o que significa que "não há um caminho sem riscos" pela frente, disse.
O número um do banco central mostrou, no entanto, mais confiança na saúde da maior economia do mundo, prevendo um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1,6%, duas décimas acima do valor avançado em junho. Manteve as expectativas de inflação nos 3% em 2025.
"Em linha, em linha, em linha. A Fed cumpriu exatamente o que o mercado esperava hoje, que foi o primeiro de três cortes nas taxas de juros para 2025. Veremos uma reação clássica de “venda” ao anúncio da Fed, especialmente no mês de setembro, que é sazonalmente fraco. Embora os mercados precisem de uma pausa, os otimistas provavelmente vão se alinhar para comprar numa altura de preços mais baixos, desde que a economia evite uma recessão e as expectativas de lucros continuem altas", disse Bret Kenwell da eToro, à Bloomberg.
Entre os principais movimentos de mercado, a Nvidia desceu 2,62% para 170,29 euros, após a notícia de que os semicondutores da "four trillion dollar baby" foram proibidos na Chna, já que o país está a testar os primeiros modelos próprios.
O Manchester United cedeu 6,36% depois de o clube de futebol ter apresentado prejuízos pelo sexto ano consecutivo, estando também a prever menores receitas para este ano fiscal.
Na área financeira, a Workday subiu 7,25% após o investidor ativista Elliott Management ter anunciado, esta terça-feira, que tinha adquirido uma participação de mais de dois mil milhões de dólares na empresa.
Já a New Fortress Energy somou 8%, mas chegou a disparar mais de 32%, em reação dos investidores à notícia de que a empresa chegou a acordo para fornecer gás natural ao governo de Porto Rico.
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