Acções dos CTT perdem quase 6% após venda da participação do Estado
Os títulos da empresa de serviço postal perdem quase 6%, no dia em que a Parpública concluiu a venda da última parcela de 31,5% que o Estado ainda detinha na empresa.
Vermelho é a cor que está a dominar nos títulos dos CTT esta sexta-feira, 5 de Setembro. Por esta altura, as acções da empresa de serviço postal seguem a descer 4,02% para 7,496 euros. No entanto, esta manhã os títulos da empresa liderada por Francisco Lacerda chegaram a recuar 5,89% para 7,35 euros.
Esta sexta-feira, já trocaram de mãos mais de cinco milhões de títulos, quando a média dos últimos seis meses é de 590 mil. Com base na actual cotação, os CTT têm uma capitalização bolsista em torno dos 1.124 milhões de euros.
Esta quinta-feira, 4 de Setembro, após o fecho do mercado bolsista nacional, o Governo, através da Parpública, anunciou a decisão de vender a restante participação que ainda detinha nos CTT (31,5%) através de investidores institucionais. O Executivo decidiu que esta alienação iria realizar-se através de um processo de "accelerated bookbuilding". Ou seja, oferta de acções num curto período de tempo sem que tenha sido feita muita publicitação à operação. Os processos de "accelerated bookbuilding" - em que os bancos procuram compradores para títulos - têm, normalmente, um desconto associado
Esta sexta-feira, antes da abertura do PSI-20 (onde os CTT estão listados), a Parpública comunicou à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários que a venda dos 31,5% que o Estado ainda detinha nos CTT estava já concluída.
As acções da empresa foram vendidas a 7,25 euros, o que representa um encaixe de 343 milhões de euros. No mesmo documento, a empresa que gere as participações públicas adianta que esta operação deverá representar um encaixe de 343 milhões de euros. A liquidação da oferta está prevista para 10 de Setembro, a próxima quarta-feira. Nesta operação, as acções dos CTT foram vendidas a um desconto de 7% face ao preço de fecho desta quinta-feira, 7,81 euros.
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