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Disparo de quase 6% da Jerónimo Martins mantém Lisboa à tona

O índice de referência nacional fechou com ganhos ligeiros, num dia maioritariamente positivo na Europa. Apenas outras quatro cotadas fecharam no verde.

Euronext Lisbon, bolsa de Lisboa
Euronext Lisbon, bolsa de Lisboa Mariline Alves / Medialivre
08 de Maio de 2025 às 16:58

A bolsa de Lisboa conseguiu manter-se acima da linha de água esta quinta-feira, devido ao disparo de quase 6% da Jerónimo Martins, num dia positivo para a maioria das praças europeias, depois de ser anunciado um acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA. O índice de referência nacional, o PSI, subiu 0,04% para 7.024,31 pontos, com apenas cinco dos seus 15 títulos no verde.

A retalhista liderou o índice, após apresentar resultados na quarta-feira, ao disparar 5,81% para 22,58 euros. A Jerónimo Martins encerrou o primeiro trimestre deste ano com 127 milhões de euros de lucro, uma subida homóloga de 31,4%. Na "conference call" com analistas, a diretora financeira Ana Luísa Virgínia afirmou que se tem tornado mais fácil de gerir a concorrência na Polónia, geografia que pesa mais de 70% do volume de negócios do grupo.

"Posso dizer com certeza que é muito mais fácil gerir com uma ligeira inflação do que gerir com uma forte deflação de um dígito, o que é terrível em todos os sentidos, porque é preciso pressionar os volumes", afirmou Ana Luísa Virgínia, segundo a Bloomberg. "Não gostamos de lhe chamar uma guerra de preços, mas é verdade que foi muito mais intenso quando todos os factores do negócio estavam sob pressão".

Depois da retalhista, a Corticeira Amorim seguiu-se na tabela de ganhos, ao subir 2,36% para 7,80 euros, também em reação aos resultados. A empresa deu conta também na quarta-feira de uma subida de 2,1% nos lucros do primeiro trimestre, ainda que tenha registado uma descida nas vendas.

Ainda no verde, a EDP Renováveis ganhou 0,25% para 8,10 euros, apesar de já esta quinta-feira ter revelado uma queda de 24% para 52 milhões nos lucros do primeiro trimestre

As restantes duas cotadas a fechar no verde foram os pesos pesados BCP e Galp Energia, com ganhos de 0,61% para 0,5956 euros e 0,07% para 13,75 euros, respetivamente. O banco voltou a negociar com uma capitalização de mercado acima dos nove mil milhões de euros.

Do lado das perdas, a EDP ficou no fundo da tabela, com uma desvalorização de 3,27% para 3,192 euros. De acordo com o CEO da elétrica, Miguel Stilwell d'Andrade, as tarifas de Trump vão custar menos de 22 milhões à EDP em 2025 e 2026.   

A segunda cotada mais penalizada foi a REN, com uma desvalorização de 2,58% para 2,835 euros. Após o fecho, a REN comunicou que o lucro trimestral quase quadruplicou para 14,4 milhões

Num dia marcado pela apresentação de resultados no PSI, os investidores aguardam ainda pelas contas dos CTT (perdeu 0,90% para 7,72 euros nesta sessão) e da Navigator (recuou 0,18% para 3,364 euros).    

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