O relatório da Mario Draghi sobre a competitividade da Europa reacendeu o debate sobre várias reformas a serem levadas a cabo no bloco – incluindo a execução de mercado único de capitais – e nem a presidente do Banco Central (BCE) quis ficar de fora da discussão, tendo recordado que “o conselho de governadores tem uma visão forte” sobre este tema. Mas afinal, se existe consenso e apelos sobre este projeto dentro da esfera das instituições europeias, porque está há tanto tempo por avançar? O economista francês Charles Wyplosz afirma, num relatório encomendado pelo Parlamento Europeu sobre o tema, que “a razão é a existência de uma forte resistência por parte de grupos de interesse poderosos”.