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Jerónimo Martins contraria "mar vermelho" nas bolsas e aproxima-se de máximos históricos

Retalhista chegou a cotar, a meio da sessão, nos 18,13 euros, enquanto todo o índice PSI-20 perdeu força.

Pedro Soares dos Santos, jerónimo martins
Pedro Soares dos Santos, jerónimo martins Pedro Elias
19 de Agosto de 2021 às 18:28

Num dia pintado de "vermelho" nas ações de toda a Europa, a Jerónimo Martins conseguiu contrariar a tendência com uma subida de 1% durante a sessão para os 18,13 euros. Assim, os títulos da dona do Pingo Doce ficaram a poucos cêntimos de conseguirem obter um novo máximo histórico, depois de ter recebido uma leve revisão em alta do seu preço-alvo. À hora do fecho, a empresa registou um ganho de 0,56% para os 18,05 euros.

"A sessão de hoje está a ser marcada pelas quedas nos principais índices mundiais, após a divulgação das atas da última reunião da FOMC [Federal Open Market Committee] durante a sessão de ontem. No entanto, apesar do sentimento negativo no mercado que se alastrou também para o mercado nacional, as ações da Jerónimo Martins conseguiram contrariar essa tendência de baixa e ultrapassam, ligeiramente, o antigo máximo registado em maio de 2017", diz ao Negócios, Henrique Tomé, analista da XTB.

Assim, o preço mais alto alguma vez alcançado pela cotada em bolsa foi de 18,47 euros por ação, em abril de 2013. A empresa, que entretanto foi perdendo algum gás durante a sessão, viu serem negociadas cerca de 400 mil ações nesta quinta-feira, um número que fica aquém da média de transações efetuadas nos últimos 90 dias de um pouco mais de 689 mil. 

Pedro Soares dos Santos, jerónimo martins
Jerónimo Martins contraria "mar vermelho" nas bolsas e aproxima-se de máximos históricos

O AlphaValue, que hoje reviu também a sua perspetiva para a Galp, decidiu aumentar o preço-alvo atribuído à retalhista portuguesa em 10 cêntimos, de 18,60 euros por ação para os 18,70 euros, mantendo a recomendação intacta em "comprar".  No total, 15 bancos de investimento estão a recomendar "comprar" as suas ações, onze a aconselhar "vender" e um a dizer que o melhor será "manter".

O ganho de hoje é o sétimo consecutivo para a empresa de Pedro Soares dos Santos, o que representa o maior ciclo de ganhos desde fevereiro de 2020, antes de a pandemia se ter feito sentir nas bolsas em todo o mundo. Contraria também a tendência do setor das empresas de retalho, que é dos mais penalizados do dia com uma perda de quase 4%. 

Ações ganham 10% após resultados 

Os primeiros seis meses do ano foram de ganhos para a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce comunicou uma subida dos lucros de 78,9%. O resultado líquido situou-se nos 186 milhões de euros, face aos 104 milhões registados no mesmo período de 2020, quando a empresa reportou uma quebra nos lucros de 36% devido ao impacto da pandemia. 

A principal insígnia do grupo, a polaca Biedronka, registou um aumento das vendas de 9,8% em moeda local, com as vendas comparáveis a subirem 7,7%. Em euros, as vendas atingiram 7 mil milhões, o que traduz uma subida de 6,8% face ao mesmo período do ano passado. 

Desde que divulgou números, a 28 de julho, a cotação da empresa valorizou cerca de 10%. No ano como um todo tem um ganho de 31%. Atualmente está a negociar 12% acima da média dos últimos 90 dias e 22% para lá da média de 200 dias.

A principal insígnia do grupo, a polaca Biedronka, registou um aumento das vendas de 9,8% em moeda local, com as vendas comparáveis a subirem 7,7%. Em euros, as vendas atingiram 7 mil milhões, o que traduz uma subida de 6,8% face ao mesmo período do ano passado. 

Dado o recente "rally" da empresa, os analistas do CaixaBank BPI optaram por retirar a Jerónimo Martins da lista de cotadas favoritas na Península Ibérica. O banco justifica a saída da Jerónimo Martins com o facto de a dona do Pingo Doce ter estado a registar uma forte subida das ações nos últimos meses e, por isso, optaram por "bloquear os ganhos".

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