Nvidia lidera "rally" das tecnológicas. Nasdaq alcança recorde
Os investidores dividiram-se entre as atas da Fed e a Nvidia, que atingiu o marco histórico de "four trillion dollar baby". A guerra comercial acabou por ficam em segundo plano em Wall Street.
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Com os receios em torno das tarifas a abrandarem com o adiamento da entrada em vigor para agosto, os principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta quarta-feira em alta. Além das negociações dos Estados Unidos com os parceiros comerciais, os investidores centraram-se nas atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed).
Esta quarta-feira, 9 de julho, era a data limite estabelecida por Donald Trump para notificar os parceiros comerciais das novas tarifas que pretende aplicar – com ou sem negociação prévia. O Presidente dos EUA acabou por adiar o prazo para 1 de agosto, dando mais tempo aos países para negociarem um acordo comercial com a Casa Branca – apesar de Washington já ter enviado cartas a definir a taxa aplicada a mais de uma dezena de economias. Trump terá ainda sinalizado que vai dar mais atualizações sobre o "status" dos acordos de pelo menos sete países ainda hoje.
Numa sessão em que o maior impulso foi dado pelas grandes tecnológicas, depois da Nvidia se ter tornado a primeira empresa na história a atingir o patamar de "four trillion dollar baby", o S&P 500 subiu 0,61% para 6.263,26 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,94% para 20.611,34 pontos - um máximo de fecho, após ter tocado um recorde nos 20.645,41 dólares -, e o industrial Dow Jones ganhou 0,49% para 44.458,3 pontos.
A "AI-darling" de Wall Street, a Nvidia, esteve entre os principais movimentos de mercado após ter feito história ao ultrapassar os quatro biliões de dólares em capitalização bolsista, numa altura em que tem beneficiado em larga escala dos gastos das empresas em inteligência artificial (IA). A "big tech" terminou a sessão abaixo da fasquia alcançada ao subir 1,8% para 162,88 dólares, nos 3,974 biliões de dólares de "market cap".
Também a Microsoft ganhou 1,39% depois de a Oppenheimer ter revisto em alta a recomendação para as ações da tecnológica, citando forte potencial de subida, já que as receitas com IA estão a crescer rapidamente e “os investidores consideram a empresa como um dos vencedores da IA a longo prazo em software”, referem.
"Acreditamos que o cenário para os mercados acionistas parece otimista, mesmo à luz dos novos receios de uma guerra comercial", disse à CNBC Craig Johnson, da Piper Sandler. "Embora as ações possam sofrer alguma pressão no curto prazo, os investidores estão cada vez mais insensíveis às manchetes sobre as tarifas e, em vez disso, estão a concentrar-se nas tendências de mercado", acrescentou.
Os investidores centraram-se ainda nas atas do último encontro da Fed em que fica patente uma divisão entre os membros relativamente ao impacto que as tarifas da Administração Trump poderão ter na inflação, com consequências na definição do rumo das taxas de juro.
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