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Perspetiva de corte de taxas alimenta "rally" em Wall Street. Nasdaq renova máximos

Pelo segundo dia consecutivo, o índice tecnológico atingiu máximos históricos. O arrefecimento do mercado laboral está a alimentar a narrativa de uma flexibilização monetária mais feroz por parte do banco central - e há quem aponte para um corte "jumbo" na próxima semana.

Nasdaq bate novo recorde. S&P 500 e Dow Jones aproximam-se de máximos.
Nasdaq bate novo recorde. S&P 500 e Dow Jones aproximam-se de máximos. AP/Seth Wenig
09 de Setembro de 2025 às 21:22

As expectativas em torno de um corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana continuam a alimentar os principais índices do país, que encerraram a sessão desta terça-feira em território positivo. O tecnológico Nasdaq Composite estabeleceu um novo máximo histórico, enquanto o S&P 500 e o industrial Dow Jones aproximaram-se do valor mais elevado de sempre - muito devido ao bom desempenho da UnitedHealth em bolsa. 

Os mercados já incorporaram um corte nas taxas de juro de 25 pontos base na reunião da próxima semana, mas há quem acredite que a Fed pode mesmo optar por um alívio "jumbo" de 50 pontos. Uma narrativa que foi reforçada pela nova leitura do mercado laboral, com o entre abril de 2024 e março de 2025, concluindo que foram criados menos 911 mil postos de trabalho do que o reportado anteriormente.

O S&P 500 encerrou a sessão a valorizar 0,27% para 6.512,63 pontos, muito próximo do máximo histórico de 6.532,65 pontos. Já o Nasdaq Composite acelera 0,37% para 21.879,49 pontos - tendo tocado pela primeira vez nos 21.891,42 pontos -, enquanto o Dow Jones ganhou 0,43% para 45.711,34 pontos. 

Os investidores aguardam agora pela leitura da inflação referente a agosto. Espera-se que tenha acelerado 2,9% em termos homólogos, acima dos 2,7% registados em julho, com as tarifas da administração Trump a terem finalmente um impacto nos preços do país. Mesmo com a subida, é expectável que o banco central avance com um corte nas taxas de juro, mas uma inflação em tendência ascendente pode dificultar novos alívios para o resto do ano. 

"Dada a recente fraqueza do mercado de trabalho, a Fed deverá reduzir na mesma as taxas [de juro] na próxima semana, mesmo que observemos uma leitura em alta da inflação", explica Chris Kampitsis, do Barnum Financial Group, à Reuters. "Mas isso seria um corte único, especialmente se os dados da inflação permanecerem elevados no curto prazo", adiciona. 

Entre as principais movimentações de mercado, a Nebius disparou 49,42% para 95,72 dólares, depois de a durante seis anos para obter capacidade de computação de cloud para inteligência artificial. O negócio poderá render entre 17,4 mil milhões e 19,4 mil milhões à Nebius até 2031. 

Já as ações da Teck Resources cotadas nos EUA aceleraram 11,26% para 40,86 dólares, após a . É um dos maiores negócios do setor da mineração em mais de uma década, que também deu impulso aos títulos do conglomerado britânico, que saltaram 7,96% em Londres. 

Em contramão, a Apple caiu 1,48% para 234,35 dólares, depois de ter revelado . No entanto, o anúncio não surpreendeu os investidores, que já antecipavam este novo modelo, com a gigante tecnológica a deixar de lado grandes avanços em torno da inteligência artificial.

No entanto, o grande destaque do dia foi a UnitedHealth, que escalou 8,64% para 347,92 dólares, após ter confirmado que as inscrições no plano de seguros Medicare vão manter-se em linha com as expectativas - o que pode, de acordo com a Reuters, traduzir-se em pagamentos de maior dimensão por parte do Governo norte-americano à seguradora. 

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