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Trump volta a derrubar Wall Street e aproxima S&P 500 de "bear market"

Os principais índices norte-americanos voltaram a registar perdas, apesar de até terem arrancado a sessão com grandes valorizações. Tarifas adicionais de 50% à China justificam fim do otimismo.

Trump tarifas Wall Street NYSE
Trump tarifas Wall Street NYSE
08 de Abril de 2025 às 21:18

Apesar de ter arrancado a sessão com grandes valorizações, Wall Street voltou a encerrar pintada de vermelho, pressionada pela resposta agressiva de Donald Trump à retaliação chinesa em matéria de política comercial.

A Casa Branca decidiu responder às tarifas de Pequim de 34% - que, por sua vez, eram já uma retaliação às taxas recíprocas no mesmo valor impostas por Washington – com taxas aduaneiras adicionais de 50%. Ao todo, o valor já se encontra nos 104%, se juntarmos ainda as tarifas de 20% que já estavam em vigor antes do "Dia da Libertação".

A resposta chinesa a esta decisão ainda não foi revelada, mas o caminho para um acordo entre Pequim e Washington parece cada vez mais distante. Neste contexto, as bolsas norte-americanas voltaram a ser derrubadas, depois de um otimismo inicial que se revelou efémero.

O S&P 500 encerrou a deslizar 1,57% para 4.982,78 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 0,84% para 37.645,59 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite afundou 2,15% para 15.267,91 pontos, continuando uma trajetória de grandes perdas, interrompida na segunda-feira quando conseguiu escapar à maré vermelha que, até então, assolava os mercados há várias sessões consecutivas. As perdas desta terça-feira voltam a pôr o S&P 500 à porta de "bear market". 

O representante comercial da administração Trump, Jamieson Greer, revelou esta segunda-feira que exceções às tarifas recíprocas dos EUA não devem acontecer no curto prazo, no mesmo dia em que a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reafirmou que as taxas aduaneiras vão mesmo entrar em vigor na quarta-feira.

"Os mercados até estavam otimistas no início da sessão que poderíamos ver aqui algum sinal de que se estava a chegar a algum compromisso com as maiores economias ou que poderia haver um adiamento [na introdução das tarifas], uma vez que tantos países querem negociar", explica Lindsey Bell, analista de mercados da Clearnomics, à Reuters. No entanto, "os investidores perderam a confiança" ao longo da sessão, o que só foi piorado com o anúncio de mais tarifas para a China.

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