Twitter afunda 12% em bolsa após suspender conta de Trump
As ações da rede social estão a desvalorizar de forma robusta, como reação à suspensão da conta do presidente cessante dos Estados Unidos.
As ações do Twitter estão a cair cerca de 12% na sessão desta segunda-feira, reagindo à decisão de suspender a conta do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem quase 90 milhões de seguidores, na sexta-feira passada.
Esta é a maior queda que a empresa regista em bolsa desde outubro do ano passado e o valor do título está em mínimos desde novembro.
Foi a primeira vez que esta rede social tomou uma decisão destas em relação a Donald Trump, a quem ameaçou com uma "suspensão permanente". A relação entre Trump e o Twitter estava tremida depois de a rede social ter começado a colocar um "fact check" anexado a cada "tweet" seu.Também o Facebook suspendeu a conta do ainda líder do país, depois de ter removido um vídeo seu em que Trump recomendava aos seus apoiantes que atacaram o Congresso na quarta-feira para irem para casa, repetindo as falsas acusações à integridade da eleição presidencial.
As plataformas digitais, como o Facebook e o Twitter, podem ser obrigadas a partilhar dados com autoridades reguladoras da União Europeia (UE) perante "preocupações concretas" sobre desinformação, para evitar motins como os ocorridos esta semana nos Estados Unidos.
Em causa está a nova Lei dos Serviços Digitais, apresentada em meados de dezembro passado pela Comissão Europeia ao Conselho e ao Parlamento Europeu, que define "responsabilidades mais claras para as plataformas 'online'" e "regras para assegurar uma maior responsabilização sobre o modo como as plataformas moderam os conteúdos", nomeadamente as chamadas 'fake news', informa fonte oficial do executivo comunitário à agência Lusa.
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