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Wall Street despede-se de agosto com perdas. "Sell-off" tecnológico pressionou negociação

No dia em que foram conhecidos os dados do indicador de inflação preferido da Fed, perdas de algumas das maiores cotadas do mundo pressionaram os principais índices dos EUA, que fecharam com desvalorizações em toda a linha. A Nvidia recuou mais de 3%.

Seth Wenig / AP
29 de Agosto de 2025 às 21:12

Depois de a sessão de quinta-feira ter levado o , os principais índices norte-americanos despedem-se do mês de agosto com perdas, pressionados por um “sell-off” no setor tecnológico, no mesmo dia em que se conheceram os dados do indicador de inflação preferido da Reserva Federal (Fed).

O S&P 500 cedeu 0,64% para os 6.460,26 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,15% para os 21.455,55 e o Dow Jones recuou 0,20% para 45.544,88 pontos.

O índice de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla inglesa) subjacente, que exclui os preços dos alimentos e a energia por serem mais voláteis, subiu 0,3% em julho, em cadeia. Já em termos homólogos, .

Apesar de os dados terem ficado em linha com a expectativa dos mercados, sinais de pressões persistentes sobre os preços sublinham o desafio da Fed em reduzir as taxas de juro para evitar mais fraqueza no mercado de trabalho. Os investidores continuam a apostar que a Fed irá avançar com um corte de juros já na próxima reunião de setembro. A dúvida está no que virá a seguir.

Além dos números da inflação, os gastos do consumidor norte-americano aumentaram em julho. As despesas de consumo pessoais nos Estados Unidos cresceram 0,5% em relação ao mês anterior, para perto de 21 biliões de dólares, acelerando face ao aumento revisto em alta de 0,4% em junho. O valor marca a subida mais acentuada em quatro meses, apesar da crescente incerteza económica e dos elevados custos de financiamento.

E à medida que nos aproximamos de setembro - um mês conhecido pela acrescida volatilidade nas negociações e que costuma ser negativo para os principais índices -, a atenção dos investidores vira-se para o relatório do emprego de agosto, que poderá oferecer mais pistas sobre o rumo que os decisores de política monetária irão seguir.

“Com os mercados a preverem, na sua maioria, um corte nas taxas em setembro, o único risco real é o relatório sobre os empregos de agosto”, disse Anna Wong, da Bloomberg Economics. “Um resultado fraco irá consolidar o corte, enquanto apenas uma surpresa positiva genuína poderá abalar a convicção do mercado”, acrescentou.

O governador da Fed Christopher Waller, apelou nesta quinta-feira à redução das taxas em um quarto de ponto percentual (25 pontos-base) em setembro e antecipou cortes adicionais nos próximos três a seis meses. Embora o membro do banco central não veja atualmente a necessidade de um corte excessivo, a situação poderá mudar se o relatório sobre o emprego, previsto para a próxima semana, “apontar para um enfraquecimento substancial da economia e a inflação permanecer bem contida”.

A negociação na última sessão de agosto foi ainda marcada por um “sell-off” no setor tecnológico, particularmente em empresas ligadas à inteligência artificial. Isto depois de a Marvell Technology ter apresentado um “outlook” que suscitou preocupações quanto à procura por equipamentos para centros de dados. A empresa fechou o dia a afundar 18,6%.

Já a Dell Technologies tombou 9%, após ter registado menos vendas de servidores de inteligência artificial do que nos três meses anteriores, a par de ter reportado margens de lucro que ficaram aquém das estimativas dos analistas. Na mesma linha, a Super Micro Computer recuou mais de 5%, depois de ter alertado que as deficiências nos seus controlos relacionados com divulgações financeiras poderão, se não forem corrigidas, prejudicar a capacidade da empresa de reportar resultados “de forma precisa”.

Entre as “big tech”, a Nvidia caiu 3,34%, a Alphabet subiu 0,55%, a Microsoft recuou 0,58%, a Meta perdeu 1,65%, a Apple deslizou 0,18% e a Amazon cedeu 1,12%.

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