Wall Street fecha em alta com índices a fixarem novos recordes. Nvidia pulou 4%
Os três principais índices dos EUA renovaram recordes máximos durante a sessão de hoje. O setor tecnológico impulsionou o sentimento dos investidores depois de a Nvidia ter prometido investir 100 mil milhões na criadora do ChatGPT. O S&P 500 fixou o seu 28.º recorde deste ano.
Os principais índices do lado de lá do Atlântico fecharam com ganhos, após um início de sessão pouco promissor, impulsionados pelo setor tecnológico à medida que a Nvidia voltou a aumentar o otimismo dos investidores em relação aos avultados investimentos em inteligência artificial.
O S&P 500 avançou 0,44% para os 6.693,75 e chegou a atingir um novo recorde nos 6.698,88 pontos durante a sessão. O tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,70% para os 22.788,98 e renovou igualmente máximos nos 22.801,90 pontos. Já o Dow Jones não ficou para trás e subiu 0,14% para 46.381,54 pontos, tendo atingido um novo recorde nos 46.447,13 pontos.
A empresa liderada por Jensen Huang prometeu investir até 100 mil milhões de dólares na criadora do ChatGPT, a OpenAI. A tecnologia acabou por liderar os ganhos no S&P 500, com o índice de referência das ações norte-americanas a marcar o seu 28.º recorde este ano. A maior fabricante mundial de chips registou, por sua vez, uma valorização de quase 4% e tocou um máximo histórico nos 184,55 dólares.
O investimento na OpenAI terá como objetivo ajudar a empresa de Sam Altman a construir centros de dados com capacidade de 10 gigawatts de energia, utilizando os semicondutores avançados de inteligência artificial da Nvidia para treinar e implementar os modelos da OpenAI.
No plano da política monetária e depois de a Fed ter iniciado um novo ciclo de cortes nas taxas diretoras na semana passada, vários membros do banco central dos EUA irão discursar em eventos públicos, incluindo o presidente da Fed, Jerome Powell, que irá falar esta terça-feira. Nesta linha, os investidores estarão atentos a possíveis sinais de maior flexibilização da política monetária daqui para a frente, mas também para perceber em que estado de saúde se encontra a maior economia mundial.
"Se a intenção do Governo de ‘aquecer a economia’ se concretizar no próximo ano, enquanto a Fed reduz as taxas, o crescimento das receitas e dos lucros poderá ser muito mais forte do que o esperado”, escreveu à Bloomberg uma equipa de analistas do Morgan Stanley.
Além disso, os investidores viram-se igualmente para a divulgação do indicador preferido de inflação do banco central norte-americano – o índice de preços das despesas pessoais de consumo -, que será conhecido na sexta-feira. E com a postura “dovish” assumida pela Fed a ser sobretudo influenciada por um mercado de trabalho que dá sinais de abrandamento, o relatório dos salários da próxima semana surge como o maior catalisador para os ativos de risco neste momento, juntamente com o início da "earnings season” referente ao terceiro trimestre, que arranca no início do próximo mês.
Entre os movimentos do mercado, a Metsera fechou o dia a disparar mais de 60%, depois de a Pfizer ter concordado em comprar a startup especializada em tratamentos contra a obesidade, por um valor de cerca de 5 mil milhões de dólares.
Entre as restantes “big tech”, a Alphabet recuou 0,92%, a Microsoft caiu 0,67%, a Meta cedeu 1,70%, a Apple pulou 4,31% e a Amazon desvalorizou 1,66%.
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