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Wall Street ganha com selloff nas obrigações. Dívida dos EUA com pior trimestre em 40 anos

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, numa sessão em que o movimento de selloff no mercado obrigacionista se intensificou.

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bolsas, wall street Courtney Crow/EPA
22 de Março de 2022 às 20:12

Os principais índices de Wall Street terminaram no verde, num dia em que o selloff nas obrigações do Tesouro se aprofundou – depois dos sinais dados pelo presidente da Fed, Jerome Powell, de que o banco central poderá ser mais agressivo nas medidas a tomar para controlar a inflação, nomeadamente na subida dos juros diretores.

O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,74% para 34.807,46 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1,95% para 14.108,82 pontos.

Já o Standard & Poor’s 500 encerrou a ganhar 1,13% para 4.511,61 pontos.

O S&P 500 já recuperou cerca de metade das perdas incorridas com o selloff que teve início em janeiro. E esta trajetória poderá ser um indicador de que as bolsas norte-americanas já atingiram um fundo, segundo o principal analista de mercado da Piper Sandler & Co., Craig Johnson.

"As evidências técnicas mostram que os mínimos do movimento de correção já foram estabelecidos", acrescentou o estratega numa nota de análise citada pela Bloomberg.

Esta terça-feira, os juros da dívida soberana dos EUA continuaram a disparar, com os investidores a apostarem menos na dívida e a preferirem as ações.

As obrigações norte-americanas do Tesouro estão a caminho do pior desempenho trimestral em quase quatro décadas.

Os ganhos na bolsa surgem numa altura em que Wall Street se tem visto a braços com uma elevada volatilidade, isto enquanto não há mais certezas em torno da política que a Fed irá seguir, bem como em torno da inflação e da guerra na Ucrânia.

Essa incerteza tem levado os investidores a apostarem em ativos seguros, mas agora estão a preferir o dólar em vez das obrigações e estão até mesmo a recuperar algum apetite pelo risco e a apostar no mercado acionista – que na semana passada retirou um pouco o foco da Ucrânia e registou a melhor semana desde novembro de 2020 tanto na Europa como nos EUA.

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