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Wall Street renova máximos. Investidores continuam a ver espaço para ações crescerem

Os principais índices dos EUA fecharam em alta, à exceção do Dow Jones, com muitos investidores a aproveitarem as quedas de ontem para reforçar posições. A euforia em torno da IA continua a alimentar os ganhos dos ativos de risco, apesar de começarem a surgir alertas. A AMD disparou mais de 10%.

Wall Street
Wall Street Richard Drew/AP
21:14

O “rally” dos ativos de risco norte-americanos pareceu dar sinais de abrandamento, depois de os principais índices dos EUA. Ainda assim, a queda dos ativos de risco fez com que os investidores tivessem aproveitado para reforçar posições durante a sessão desta quarta-feira, à medida que se especula que as ações norte-americanas poderão ainda ter mais espaço para crescer, apesar das avaliações elevadas. O S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos máximos históricos.

O S&P 500 avançou 0,58%, para os 6.753,72 - um novo máximo de fecho, tendo renovado máximos históricos nos 6.755,64 pontos. Também o tecnológico Nasdaq Composite somou 1,12% para um novo máximo de fecho nos 23.043,38, sendo que também este índice renovou máximos históricos durante o dia nos 23.045,14 pontos. Já o Dow Jones manteve-se inalterado nos 46.601,78.

O apetite por ações, que já impulsionou o S&P 500 cerca de 35% desde as fortes quedas registadas em abril, fez com que o índice de referência somasse mais um máximo histórico e os investidores parecem apostar que a subida dos ativos de risco está longe de chegar ao fim. Isto enquanto seguem a avaliar fatores como a resiliência económica e empresarial nos EUA e o reinício dos cortes nas taxas de juros pelo Reserva Federal (Fed).

Além disso, o entusiasmo renovado em torno da inteligência artificial (IA) parece estar a superar os recentes alertas sobre a possível formação de uma “bolha” entre as cotadas da tecnologia, sendo que entre elas, se contam algumas das empresas de maior capitalização bolsista ao nível mundial.

“Com os rácios preço/lucro das gigantes tecnológicas atuais ainda bem abaixo do rácio das empresas tecnológicas no auge da bolha das dot.com (no início dos anos 2000), acreditamos que o mercado em alta permanece intacto”, disse à Bloomberg Mark Haefele, da UBS Global Wealth Management.

Nesta linha, entre os investidores, tem crescido a preocupação de que os 16 biliões de dólares que “entraram” no S&P 500 desde abril, possa ter ido longe demais. Mas muitos investidores temem perder ganhos adicionais, sendo que a próxima temporada de resultados está já “à porta” e poderá servir para avaliar, inclusive, os avultados gastos que as empresas ligadas à IA têm feito nesta área.

Com um calendário de divulgação de dados económicos escasso , os investidores analisaram, nesta quarta-feira, as , na qual os responsáveis mostraram disposição para baixar ainda mais as taxas este ano, ainda que muitos tenham expressado um certo nível de cautela devido a preocupações com a inflação.

Luis Alvarado, do Wells Fargo Investment Institute, explicou à agência de notícias financeiras que a Fed não está a seguir um caminho pré-definido e que a dependência dos dados económicos é agora mais necessária do que antes. Nesta linha, acrescentou que “ainda esperamos mais dois cortes de 0,25 pontos percentuais até ao final deste ano e mais dois no próximo ano”.

Entre os movimentos do mercado, a Dell Technologies pulou mais de 9%, após a empresa ter elevado as suas projeções de vendas e lucros devido à procura por produtos de IA. Já a Advanced Micro Devices disparou acima dos 11%, numa altura em que as ações da cotada sofrem uma forte recuperação na . Já a Tesla somou mais de 1%, depois de ontem ter apresentado a nova versão do Model Y.

Entre as “big tech”, a Nvidia ganhou 2,20%, a Alphabet caiu 0,68%, a Microsoft avançou 0,17%, a Meta subiu 0,67%, a Apple valorizou 0,62% e a Amazon pulou 1,55%.

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