Novo crédito à habitação atinge máximo desde a chegada da troika
Foram concedidos 491 milhões de euros em crédito à habitação, em Março. Um montante que representa um crescimento de 29% face ao mês anterior, segundo os dados do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira. Este valor é mesmo o mais elevado desde Maio de 2011, mês marcado pela chegada da troika, quando foram emprestados 536 milhões de euros.
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Pelo segundo mês consecutivo, as instituições financeiras concederam mais financiamento à habitação, que registou o maior aumento no espaço de um ano. Este segmento representou, em Março, mais de 48%, ou seja, quase metade de todo o crédito concedido às famílias portuguesas. Ainda assim, o "stock" de crédito à habitação continua a diminuir, atingindo os 97 mil milhões de euros, mínimos do Verão de 2007, fruto da elevada amortização de capital que tem sido proporcionada pelas baixas taxas de juro.
No total, o novo crédito a particulares ascendeu a 1.012 milhões de euros, revelam os dados do Banco de Portugal. Pela primeira vez em quatro anos, a fasquia dos mil milhões de euros em novo crédito às famílias foi superada.
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Além do crédito à habitação, também os restantes segmentos assistiram a aumentos, em Março. Foram concedidos 349 milhões de euros em crédito ao consumo, o valor mais elevado desde Dezembro de 2012. Já as novas operações de crédito para outros fins ascenderam a 172 milhões de euros, o valor mais elevado desde Dezembro.
Nos primeiros três meses do ano, os bancos emprestaram 2.570 milhões de euros às famílias.
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Crédito às empresas também aumenta
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Não foi só às famílias que os bancos emprestaram mais dinheiro, em Março. As empresas também captaram mais financiamento, segundo os dados do Banco de Portugal. Desde Dezembro, que as sociedades não-financeiras não conseguiam tanto crédito. As novas operações ascenderam a 2.711 milhões de euros, mais 21% do que um mês antes.
O financiamento às pequenas empresas ascendeu a 1.607 milhões de euros, enquanto as grandes empresas conseguiram 1.104 milhões de euros, o que compara com os 909 milhões de euros emprestados um mês antes.
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No acumulado dos primeiros três meses do ano, foram concedidos 7.355 milhões de euros às empresas, o que representa o pior trimestre desde que o Banco de Portugal começou a recolher estes dados em 2003.
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