Banca renegociou 3,1 mil milhões de crédito à habitação em 2021
O número de renegociações cresceu 36,3% face ao ano anterior, tendo o montante renegociado subido mais de 20%.
Os bancos em Portugal renegociaram crédito à habitação num montante que ascendeu a 3,1 mil milhões de euros em 2021. "Foram realizadas 35.203 renegociações em 33.639 contratos", segundo o Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito do Banco de Portugal
Isto representa um crescimento de 36,3% no número de renegociações face ao ano anterior e um acréscimo superior a 20% no montante renegociado. Ainda assim, frisa o regulador, "na generalidade dos contratos renegociados (88,8%) os mutuários não se encontravam em situação" de incumprimento. "O número de contratos de crédito à habitação renegociados em que o mutuário estava em situação de incumprimento aumentou (mais 26,6%), mas de forma menos significativa do que o número de contratos renegociados em que não existia qualquer incumprimento (mais 37,2%), o que pode estar associado à manutenção das moratórias no crédito à habitação em 2021", lê-se.
A maioria das moratórias esteve em vigor até setembro do ano passado. Das renegociações realizadas em 2021, 29,6% alteraram apenas o período de carência de capital e 11,5% alteraram simultaneamente o spread e outras condições com efeito financeiro, detalha o relatório.
Em 2021, em média, foram celebrados 9.720 contratos de crédito à habitação por mês, sendo que cada cliente pediu um montante de 127 mil euros, em média. Um valor "superior ao registado em 2020 (119.408 euros)". O prazo médio contratos foi 32,9 anos, caindo face aos 33,1 anos em 2020. Além disso, quase 85% dos contratos de crédito à habitação foram celebrados a taxa variável. Os spreads entre 0,5 e 1 pontos percentuais passaram a representar quase um terço dos contratos celebrados a taxa variável. negócios
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