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Novo Instituto de Bitcoin é criado para ter "Portugal no pelotão da frente"

Em entrevista ao Negócios, Henrique Corrêa da Silva, presidente do Instituto New Economy, anunciou a criação do Instituto Português de Bitcoin.

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14 de Julho de 2025 às 12:00

Enquanto nos Estados Unidos a maioria republicana na Câmara dos Representantes está a , para aprovar uma série de projetos legislativos para aprofundar a ligação das cripto aos mercados tradicionais, por cá vai ser registado esta semana o Instituto Português de Bitcoin. A notícia foi avançada ao Negócios por Henrique Corrêa da Silva, presidente do Instituto New Economy, que acrescenta que será um instituto "constituído por portugueses para conseguirmos fazer algum 'awakeness' [sensibilização] para o setor público, especialmente para o Estado português perceber a importância".

"Nós achamos que o mundo vai mudar e que a nova ordem monetária internacional, já defendemos isto há muito tempo, vai ser baseada na Bitcoin. Eu sei que parece um bocado maluco para muita gente, que não percebe o que é que está em causa, mas se analisarem, o Bitcoin não é um problema financeiro, é um problema monetário. Aparece como uma resposta, em 2008, exatamente a uma crise no sistema monetário na altura, que não está resolvida, bem pelo contrário, os problemas do sistema monetário que depois criam problemas financeiros, continuam aí, e estão aliás, debaixo do tapete, provavelmente o risco tem vindo a aumentar. Nós achamos que o novo sistema monetário um dia vai ter como moeda base, um pouco como tínhamos um padrão ouro, vamos ter uma espécie de um padrão bitcoin, um bitcoin standard", defende.

Nesse sentido, acrescenta, "achamos que Portugal devia estar nesse pelotão da frente, até porque temos a sorte de já estar de certa forma a ser um cripto hub de referência internacional. Temos uma lei de fiscalidade de criptoativos muito atrativa, provavelmente das melhores do mundo, e seria interessante se Portugal, como no passado, há 500 anos, fossemos pioneiros noutras tecnologias, neste caso, nas novas descobrimentos de blockchain e bitcoin".

Esta segunda-feira, 14 de julho, a . Henrique Corrêa da Silva acredita que a impulsionar esta valorização está, entre outros fatores, a forte procura. "Há uma corrida à Bitcoin e começam a entrar os institucionais. Foi um ativo procurado durante muitos anos pelos particulares e, neste momento, estamos a ver os institucionais, nomeadamente de Wall Street, a começar a entrar na corrida e a breve trecho, penso eu, vamos ver os próprios Estados soberanos também entrar na corrida".

Sobre a , com várias votações a acontecer esta semana tanto na Câmara dos Representantes como no Senado, o presidente do Instituto New Economy considera muito positiva para o setor.

"Como se sabe, a administração Biden era muito hostil ao setor dos criptoativos e a administração Trump é exatamente o contrário. Portanto, das primeiras coisas que o Presidente Trump fez com a sua ordem executiva foi congelar ou revogar as ordens executivas anteriores, que eram muito hostis ao setor. E o mais importante de tudo vai ser, se calhar, o Strategic Reserve, que é uma aposta estratégica dos Estados Unidos e que, por exemplo, nós no Instituto do Economy defendemos para Portugal há vários anos também, que é que o próprio Estado soberano tenha uma reserva estratégica de Bitcoin, uma vez que é o ouro digital".

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