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Ao minuto17.06.2025

Hipóteses de cessar-fogo no Médio Oriente diminuem e empurram Europa para o vermelho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

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Trading, bolsas, corretagem, corretora, negociação, ações, traders, operadores, wall street Ole Berg-Rusten/AP
17 de Junho de 2025 às 17:40
17.06.2025

Hipóteses de cessar-fogo no Médio Oriente diminuem e empurram Europa para o vermelho

Trabalhadores lidam com receios do mercado financeiro após ações de Trump no Médio Oriente

As principais praças europeias terminaram a sessão desta terça-feira pintadas de vermelho, com o mercado cada vez menos otimista quanto a um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irão para breve. O Presidente dos EUA apelou aos habitantes da capital do Irão que evacuassem a cidade, sinalizando que mais ataques a Teerão podem estar a chegar. Donald Trump abandonou a reunião dos G7 mais cedo do que o previsto, mas os restantes líderes dos sete mais ricos do mundo reafirmaram o seu apoio a Israel. 

A "nuvem negra" que paira hoje nos mercados pesou sobre o sentimento dos investidores, que receiam que o conflito se possa alastrar a outros países. O mercado antecipa mais semanas de incerteza e prefere, assim, apostar em ativos seguros.

Após a breve recuperação desta segunda-feira, o índice de referência europeu, o Stoxx 600, voltou a perder, com um recuo 0,85% para 542,26 pontos, com todos os setores no vermelho, à exceção do imobiliário. A banca e as ações ligadas aos media acabaram com perdas de quase 2%. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perdeu 1,12%, o britânico FTSE 100 recuou 0,46%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 1,41%, o italiano FTSEMIB cedeu 1,36%, o holandês AEX registou perdas de 0,46% e o francês CAC-40 deslizou 0,76%.

“Sinto que o movimento descendente de hoje, desencadeado por Trump, pode durar alguns dias ou mesmo algumas semanas”, disse Alexandre Baradez, analista da IG, à Bloomberg, justificando com os poucos progressos feitos nas negociações comerciais com os EUA e agora com a frente geopolítica. “Há também o facto de a próxima época de resultados estar a cerca de três semanas de distância, outra razão para cautela”, acrescentou.

Entre os principais movimentos de mercado, as ações da Zealand Pharma caíram 9,2%, num momento em que a empresa é penalizada pela forte concorrência na produção de medicamentos contra a obesidade.

Já a Française des Jeux United avançou 2,9% para máximos de fevereiro, isto depois de os analistas do JPMorgan terem começado a cobrir o desempenho da cotada, apontando uma recomendação de "overweight". A casa de investimento justifica com a atratividade das empresas de apostas desportivas e a lotaria francesa.


17.06.2025

Juros agravam-se na Zona Euro com conflito no Médio Oriente em foco

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, num dia em que as tensões geopolíticas voltam a ser o foco dos investidores. O conflito entre Israel e Irão continua a adensar-se e os mercados estão preocupados com um eventual alastrar da guerra para os países vizinhos, o que teria consequências negativas na produção de petróleo e gás na região. 

Esta terça-feira, o , Teerão, fosse evacuada, depois de o país ter recusado assinar um acordo nuclear com os EUA. "O Irão deveria ter assinado o ‘acordo’ que eu disse para assinarem. Que vergonha, e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O Irão não pode ter uma arma nuclear. Eu já o disse várias vezes! Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!”, pode ler-se na publicação na Truth Social.

Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve de referência para a Zona Euro, avançaram 0,8 pontos base para 2,531%, enquanto a "yield" da dívida francesa com a mesma maturidade subiu 1,5 pontos para 3,246%. 

Entre os países da Europa de sul, os juros das obrigações portuguesas, com a mesma maturidade, cresceram 2,5 pontos para 3,040%, a "yield" dos juros espanhóis registou um acréscimo 2,3 pontos para 3,162%, enquanto o da italiana ganhou 3,3 pontos para 3,484%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas com a mesma maturidade avançaram 1,7 pontos base para 4,548%, enquanto, nos EUA. a "yield" das "Tresuries" recuam 3,6 pontos 4,111%

17.06.2025

Ouro na linha de água. Prata toca máximos de 13 anos

Barras de prata e moedas de Londres com 'Fine Silver 999.0'

Os preços do ouro estão a negociar na linha d'água, enquanto o mercado pesa o quinto dia de conflito no Médio Oriente, com o foco na guerra entre Irão e Israel, ao mesmo tempo que antecipa a reunião de política monetária da Reserva Federal, que termina esta quarta-feira. O banco central deverá manter a taxa de juro inalterada, mas o mercado antevê dois cortes até ao final do ano.

O metal amarelo sobe 0,01% para 3.385,50 dólares por onça.

Apesar da "pausa" desta tarde, “o ouro ainda mantém a tendência de subida devido aos sinais de agravamento do conflito no Médio Oriente, dado o papel do metal precioso como ativo-refúgio preferido nos últimos tempos”, disse Han Tan, analista do Exinity Group, à CNBC.

O Citigroup reduziu as suas metas de preços no curto e longo prazo para o ouro, projetando que os preços possam cair abaixo dos 3.000 dólares por onça até ao final deste ano ou início do próximo, à boleia da queda na procura por investimentos e uma melhoria das perspetivas de crescimento económico mundial.

O destaque vai, no entanto, para a prata, que tocou no preço mais elevado desde 2012, ao negociar nos 37,33 dólares. A procura por prata tem aumentado à medida que o metal se tornou essencial na transição para as energias verdes e na inovação tecnológica.

"O próximo objetivo dos investidores em prata é de 40 dólares, o que acho que poderá ser alcançado nas próximas semanas ou mesmo antes", disse à Reuters Jim Wycoff, analista da Kitco Metals.

17.06.2025

Petróleo continua a subir após Trump pedir evacuação de Teerão

Os preços do crude nos mercados internacionais continuam a aumentar de forma significativa, já que as tensões entre o Irão e Israel parecem não acalmar. 

O Presidente dos EUA abandonou mais cedo a reunião dos G7, no Canadá, e exigiu, através da rede social Truth Social, que a capital do Irão fosse evacuada. “Em poucas palavras, o Irão não pode ter uma arma nuclear. Eu já disse isto várias vezes! Todos devem evacuar Teerão imediatamente!”, escreveu Trump. 

Assim, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 2,7% para os 73,71 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 2,95% para os 75,39 dólares por barril.

O impacto do conflito no mercado futuro de petróleo tem sido modesto até agora, com os preços a subirem cerca de 7% desde que Israel lançou ataques contra o programa nuclear do Irão na passada sexta-feira. À CNBC, o conselheiro sénior de energia do ex-presidente dos EUA, Amos Hochstein, afirmou que o mercado de petróleo se tem mantido relativamente calmo diante do conflito, "porque o mundo está bem abastecido de petróleo bruto". Relembrou ainda que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados está a aumentar a oferta no mercado e a produção norte-americana permanece em níveis recorde.

Hochstein acredita ainda que o mercado consegue ainda lidar com um ataque às instalações de exportação do Irão. O pior cenário para o mercado seria mesmo uma tentativa do Irão de bloquear o Estreito de Ormuz em resposta a um ataque de Israel. Por lá, passam cerca de 20% do petróleo mundial. Caso este cenário se desse, de facto, o Goldman Sachs diz que o preço do barril de petróleo poderia ascender aos 100 dólares.

O consultor de Joe Biden acredita, no entanto, que o Irão vai evitar tal acontecimento, pois poderia atrair os EUA para o conflito.

O CEO da ActivTrades, Ricardo Evangelista, diz que "apesar de a reação dos investidores continuar, para já, contida, os ganhos registados hoje nos preços do crude evidenciam um clima de incerteza. O desenrolar da situação pode provocar perturbações significativas não só no comércio global de petróleo, mas também no equilíbrio geopolítico mundial. Em caso de nova escalada, o preço do barril poderá registar aumentos bastante mais acentuados", numa nota a que o Negócios teve acesso.

A Agência Internacional de Energia reviu ainda em baixa a sua estimativa de procura mundial de petróleo em 20 mil barris por dia (bpd) em relação à previsão do mês passado, num relatório publicado esta terça-feira. Pelo contrário, a estimativa de oferta aumentou em 200 mil bpd, para 1,8 milhão.

17.06.2025

Wall Street mergulha no vermelho sem cessar-fogo à vista no Médio Oriente

Trump tarifas Wall Street NYSE

As bolsas nova-iorquinas arrancaram a sessão com algumas perdas, isto depois de o Presidente dos EUA ter dado a entender, à saída da reunião do G7, que o encontro não teve “nada a ver” com o conflito entre Israel e o Irão. Questionado sobre o que procurava em relação à ofensiva que perdura há cinco dias, Donald Trump respondeu: "Um fim. Um fim a sério, não um cessar-fogo".

Além disso, esta segunda-feira o republicano avisou os habitantes de Teerão para evacuarem a cidade o mais breve possível, depois de ter alertado o Irão para abandonar as suas ambições nucleares e procurar antes um acordo com os EUA.

Um acordo de paz não parece estar próximo, e as palavras de Trump vieram reacender as preocupações dos investidores quanto a uma escalada da guerra no Médio Oriente. Donald Trump abandonou mais cedo a reunião dos sete países mais ricos do mundo, mas os seis países que permaneceram admitiram já continuar a apoiar Israel e "o seu direito a defender-se". 

A um dia de mais uma decisão de política monetária da Reserva Federal, em que não se esperam alterações às taxas de juro, os dados de vendas no retalho norte-americano também não animaram o sentimento, já que em maio se registou uma queda mais acentuada do que as previsões. 

Neste contexto, nos primeiros minutos de negociação, o S&P 500 perdia 0,34% para 6.012,62 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuava 0,36% para 42.359,98 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite caía 0,45% para 19.613,53 pontos.

Os analistas consultados pela Bloomberg acreditam que os investidores continuem a adotar uma posição cautelosa enquanto não houver novos - e positivos - desenvolvimentos no Médio Oriente.

Um estudo do Bank of America mostra ainda que o domínio americano no mercado pode estar a chegar ao fim. Os dados recolhidos junto de gestores de fundos mostram que mais de metade acredita que as ações internacionais se vão tornar a classe principal de ativos, enquanto 23% escolheram as ações dos EUA.

Os republicanos do Senado apresentaram um projeto de lei que prevê o fim dos créditos fiscais  para projetos de energia eólica e solar mais cedo do que para as outras fontes energéticas e que introduz apenas alterações modestas na maioria dos outros incentivos. A decisão teve já reflexos em bolsa: a Enphase Energy, fabricante de inversores solares, mergulhou mais de 21%; a Sunrun derrapou 36% e a SolarEdge Technologies desceu 31,3%. 

Noutros movimentos de mercado, a Eli Lilly & Co. concordou em comprar a Verve Therapeutics, uma a empresa norte-americana de biotecnologia por 1,3 mil milhões de dólares. A primeira perde de forma modesta, enquanto a segunda dispara 73%.

17.06.2025

Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses e permaneceu acima de 2% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,023%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,071%) e a 12 meses (2,111%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,071%, mais 0,017 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,111%, mais 0,027 pontos que na segunda-feira.

A Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, subiu hoje para 2,023%, mais 0,022 pontos.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

17.06.2025

Europa pinta-se de vermelho com conflito no Médio Oriente a pressionar sentimento. BP sobe mais de 2%

Os principais índices europeus negoceiam no vermelho, influenciados por afirmações do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que minimizou a possibilidade de um cessar-fogo entre Israel e o Irão, à medida que empresas ligadas ao setor energético registam ganhos.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – recua 0,77% para os 542,70 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 1,13%, o britânico FTSE 100 perde 0,51%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 1,49%, o italiano FTSEMIB recua 1,17%, o holandês AEX regista perdas de 0,45% e o francês CAC-40 cede 0,70%.

Depois de terem conseguido “sacudir” as preocupações relacionadas com o conflito no Médio Oriente na sessão de ontem, os investidores parecem estar agora menos otimistas quanto a uma resolução rápida da situação entre Teerão e Telavive.

Ainda assim, “é justo dizer que os mercados estão a avaliar o melhor cenário possível, embora existam riscos reais para o lado negativo”, explicou à Bloomberg Raphael Thuin, diretor de estratégias de mercados de capitais da Tikehau Capital.

Os índices europeus tiveram um início de junho silencioso, com os investidores preocupados com as tensões comerciais, à medida que se aproxima o prazo-limite para as negociações com os EUA. Os riscos de as hostilidades entre Israel e o Irão se estenderem a outros países da região responsável pela produção de cerca de um terço do petróleo ao nível global continuam a pesar sobre o sentimento.

No plano comercial, e antes de Trump ter abandonado antecipadamente a reunião do G-7, , com ambos a ordenaram às suas equipas que acelerem as negociações comerciais.

"Discuti questões cruciais com o presidente Trump, da Ucrânia ao comércio. Em relação ao comércio, instruímos as equipas a acelerar o trabalho para chegar a um acordo positivo e justo", referiu Von der Leyen, numa mensagem na rede social X.

A cimeira do G-7, o grupo dos sete países mais industrializados no mundo, "é uma oportunidade para se envolver em conversas positivas e aprofundadas entre os parceiros", acrescentou.

Esta reunião termina hoje em Kananaskis, no Canadá, e, além da ofensiva entre Israel e o Irão e do conflito entre Moscovo e Kiev, a agenda é marcada pela guerra comercial lançada pela Administração dos EUA.

Entre os setores, todos negoceiam no vermelho, exceto o do petróleo e gás (+0,78%), com as maiores perdas a serem registadas entre a banca (-1,43%) e as telecomunicações (-1,21%).

Entre movimentos do mercado, ações de empresas ligadas ao setor da energia seguem a beneficiar de perspetivas de uma subida de preços do crude, à medida que se continua a avaliar a possibilidade de o Irão poder condicionar a navegação no Estreito de Ormuz. Nesta linha, a TotalEnergies avança quase 2%, assim como a BP, e a Shell ganha 1,26%.

17.06.2025

Juros agravam-se em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a registar agravamentos em toda a linha, numa altura em que os principais índices europeus negoceiam com perdas, com os investidores a procurarem refugiar-se em ativos como o ouro.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 3,5 pontos-base, para 3,049%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe igualmente 3,5 pontos, para 3,175%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 3,1 pontos-base para 3,262%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 2,7 pontos para 2,550%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e sobem 3,3 pontos-base para 4,564%.

17.06.2025

Dólar estável. Iene avança com decisão do BoJ

iene

O dólar mantém-se estável esta terça-feira, enquanto o iene subiu na sequência da

A esta hora, o iene segue a ganhar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” desvaloriza 0,10% para os 144,610 ienes.

No plano comercial, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não chegaram a um acordo.

Já o dólar manteve-se estável, com o sentimento de risco entre os “traders” a permanecer frágil numa altura em que o conflito Israel-Irão entra no seu quinto dia.

O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – ganha a esta hora 0,14% para os 98,132 pontos.

Os movimentos globais no mercado cambial seguem moderados, com os investidores a olharem para as reuniões de outros bancos centrais no decorrer da semana, sendo que a decisão da Reserva Federal (Fed) norte-americana na quarta-feira ocupa agora o centro das atenções. As expectativas são de que o banco central mantenha as taxas inalteradas, embora o foco esteja em qualquer orientação sobre as perspetivas de política monetária daqui para a frente.

Por cá, a “moeda única” perde 0,06% para 1,155 dólares, enquanto a libra recua 0,12% para os 1,356 dólares, depois de Trump e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, terem aproveitado o encontro dos líderes das sete maiores economias mundiais para implementar o acordo comercial assinado entre os dois países.

17.06.2025

Ouro avança impulsionado por procura enquanto ativo refúgio

Ouro, metais preciosos

O ouro segue a negociar com ganhos modestos, depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter apelado à evacuação imediata de Teerão, aumentando a procura pelo metal amarelo enquanto ativo refúgio, à medida que os “traders” acompanham os novos desenvolvimentos nas hostilidades entre Israel e o Irão.

O ouro avança esta manhã 0,09%, para os 3.388,270 dólares por onça.

numa publicação nas redes sociais, horas depois de ter instado os dirigentes iranianos a assinarem um acordo para limitar o seu programa nuclear.

O metal precioso avançou quase 4% na semana passada, quando Israel iniciou a sua campanha militar contra o programa nuclear do Irão, provocando receios de um conflito alargado a toda a região e dando um novo ímpeto a uma recuperação do ouro, igualmente impulsionada pela ameaça ao crescimento económico global devido à agressiva agenda de política comercial da Administração Trump.

Os preços do metal amarelo – que negoceiam atualmente a cerca de 100 dólares do recorde atingido em abril - estão a caminho de um sexto ganho mensal. Caso se confirme, esta seria a melhor série de ganhos mensais para o ouro em mais de duas décadas.

17.06.2025

Petróleo oscila com "traders" focados no Estreito de Ormuz

petróleo

Os preços do petróleo negoceiam de forma volátil esta terça-feira, com os "traders" a analisarem os comentários do Presidente Donald Trump sobre o conflito entre Israel e o Irão, com o mercado em alerta sobre potenciais interrupções no fornecimento de petróleo no Médio Oriente.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,50% para os 71,41 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,40% para os 72,94 dólares por barril.

Numa publicação nas redes sociais, . O Presidente dos EUA disse mais tarde que a sua partida antecipada da cimeira do G-7 no Canadá não tem “nada a ver” com o conflito no Médio Oriente. Até agora, as infraestruturas de exportação de crude do Irão têm sido poupadas e a maior parte das consequências tem-se limitado à navegação.

De acordo com a marinha britânica, a navegação no Estreito de Ormuz e no Golfo Pérsico estará a sofrer interferências crescentes, situação que , caso o Irão decida perturbar o fluxo de crude através desta via marítima, por onde passa cerca de um quinto da produção diária mundial.

“O mercado está nervoso, mas ainda não está a avaliar os piores cenários de rutura da oferta”, afirmou à Bloomberg Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights. “Poderá haver greves maiores no futuro, mas isso ainda não está a mudar o cálculo do mercado sobre o risco de abastecimento”, acrescentou.

Israel disse que assumiu o controlo de grande parte do espaço aéreo do Irão e danificou gravemente instalações-chave utilizadas nos seus programas de mísseis e nucleares desde que o ataque foi lançado, provocando receios de um conflito alargado numa região que produz cerca de um terço do crude ao nível global. “O petróleo e o transporte marítimo são riscos de primeira ordem”, explicou Vishnu Varathan, diretor no Mizuho Bank. “A duplicação dos preços do petróleo num bloqueio efetivo do Ormuz não seria estranha”, referiu.

17.06.2025

Ásia fecha dividida. Futuros europeus cedem com conflito no Médio Oriente a pressionar

Os índices asiáticos fecharam entre ganhos e perdas, com os principais índices japonesas a avançarem, enquanto os mercados bolsistas em Hong Kong e na China cederam. Já pela Europa, os futuros seguem a perder 0,6% a esta hora, depois de o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, , em comentários que contrastaram com o anterior otimismo de que as tensões entre Israel e o Irão não iriam escalar para um conflito mais alargado.

Na Ásia, o Nikkei do Japão avançou 0,58%, enquanto o Topix subiu 0,34%. Já na China, o Shanghai Composite perdeu 0,20% e o Hang Seng de Hong Kong recuou 0,54%.

“As ações têm, em geral, resistido às recentes manchetes sobre o Médio Oriente, o que mostra que o mercado compreende que os casos passados foram, em geral, contidos e de curta duração”, disse à Bloomberg Billy Leung, da Global X ETFs. “Com exceção do ouro, não tem havido consistência no desempenho das classes de ativos após incidentes semelhantes", acrescentou o especialista.

Embora os mercados tenham inicialmente adotado uma postura cautelosa e sem risco para avaliar o desenrolar do conflito, o sentimento melhorou à medida que os investidores especulavam que as tensões entre Telavive e Teerão poderiam ser contidas, passando o foco para o mercado petrolífero.

Os produtores do Médio Oriente enviam cerca de um quinto da sua produção diária de crude através do Estreito de Ormuz, e os preços podem

“Os preços do petróleo subiram devido a preocupações com a oferta, mas os efeitos na Ásia deverão ser controláveis, dada a menor carga petrolífera do que anteriormente e a inflação moderada”, escreveram os economistas do Morgan Stanley numa nota citada pela Bloomberg.

Na reunião dos G-7 em Alberta, Canadá, Trump e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, não conseguiram chegar a um acordo comercial. No entanto, o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, aproveitaram o encontro dos líderes das sete maiores economias mundiais para implementar o acordo comercial entre os dois países.

No que toca à política monetária, , conforme esperado.

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