O início da negociação dos direitos de subscrição de acções do aumento de capital do Banco Comercial Português abre oportunidades de arbitragem. Veja aqui, numa calculadora "Online" elaborada pelo Jornal de Negócios, qual a estratégia a tomar se pretende fazer arbitragem, e saiba qual o valor teórico dos direitos e das acções face ao preço a que estão a negociar na bolsa.

O Banco Comercial Português (BCP) tem em marcha uma operação de aumento de capital, com a qual a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira vai encaixar 1,3 mil milhões de euros. Vão ser emitidos mais de mil milhões de novos títulos, arrancando, hoje, o período de negociação dos direitos de subscrição dessas novas acções. Está, assim, aberta uma janela de oportunidade para quem quer beneficiar dos desequilíbrios do mercado.

Esses desequilíbrios permitem a arbitragem. E o que é a arbitragem? É o aproveitamento que os investidores podem fazer das diferenças de preços existentes entre o mesmo activo, neste caso entre as acções do BCP e os direitos do aumento de capital, através dos quais poderá subscrever os novos títulos do banco.

Esta operação de mercado consiste na aquisição de um activo e a simultânea alienação do seu subjacente, num momento de desequilíbrio entre preços. Para concluir com sucesso a operação, o investidor terá de aproveitar o regresso dos preços ao equilíbrio para fechar as posições. O que tende a acontecer, já que a exploração das oportunidades de arbitragem acaba por levar à aproximação dos preços entre os activos correlacionados.

Com o arranque do período de negociação dos direitos de subscrição está aberta a janela de oportunidade para ganhar com as oscilações no mercado. Os direitos do BCP estão, a partir de hoje, disponíveis para negociação, com um valor teórico de 0,22 euros, dada o valor de fecho das acções do banco na sessão de quarta-feira, 1,925 euros.

A evolução do valor dos direitos dependerá da cotação das acções do BCP e da procura e oferta de direitos. Quanto mais elevada for a procura, mais o preço dos direitos tenderá a subir. Os desequilíbrios entre o valor dos direitos e das acções permitirão aos investidores realizar ganhos com a arbitragem.

Na teoria o risco é nulo, mas na prática eles existem. Há que ter em conta os custos de corretagem, os custos com o possível pagamento de juros para pedir títulos emprestados e a possibilidade do mercado não regressar a uma situação de equilíbrio para completar a operação.

Como fazer

Se na bolsa os direitos estão "baratos" face ao preço das acções, então a estratégia passa por comprar estes direitos e vender o número respectivo de acções a que o total de direitos comprados corresponde.

Quando o mercado passa por uma fase de equilíbrio, a estratégia passa por fechar as posições, vendendo os direitos e comprando as acções.

Caso sejam as acções que estejam "baratas", a estratégia de arbitragem é inversa. Comprar acções, vender direitos e depois fazer o contrário quando o mercado estiver em equilíbrio.

Para saber qual o valor teórico dos direitos e das acções face ao preço a que estão a transaccionar em bolsa, bem como a estratégia a tomar se pretende fazer arbitragem, clique aqui.

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