Mercados saúdam Hollande e tremem com Grécia
Os mercados mostraram não ter medo de Hollande: o fim da era Merkozy até pode ser positivo. Mas Portugal continua refém dos acontecimentos na Grécia, que está sem solução de governo à vista.
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A vitória de François Hollande nas eleições Presidenciais francesas poderá marcar o início de uma nova fase na crise da Zona Euro. São ainda uma incógnita as reais consequências políticas da "viragem à esquerda" no Eliseu – e do quão à esquerda virará o próprio Hollande. Mas a primeira reacção dos mercados ao fim da era "Merkozy" foi positiva, com os investidores a verem com bons olhos uma provável reafinação da estratégia anti-crise seguida por Angela Merkel e Nicolas Sarkozy. A "pedra no sapato" voltou a ser a Grécia, onde dificilmente o resultado das eleições legislativas poderia ter sido mais inconclusivo. Um cenário de profunda incerteza que penaliza Portugal, reduzindo os eventuais benefícios da promessa de um maior contra-peso em Paris às políticas de austeridade prescritas por Berlim.
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