Moção de confiança em França e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia
As atenções dos investidores vão estar viradas sobretudo para a moção de confiança ao Governo do primeiro-ministro francês, François Bayrou, que deverá ser chumbada. Além disso, termina o prazo da OPA do Monte Paschi sobre o Mediobanca e arranca a OPA hostil do BBVA sobre o Sabadell.
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Moção de confiança votada em França |
França mergulhou numa nova crise política desde que o primeiro-ministro François Bayrou pediu uma moção de confiança para tentar desbloquear o impasse em torno dos cortes orçamentais. O voto acontece esta segunda-feira e os principais partidos já anunciaram que vão chumbar a moção, tornando a queda do Governo praticamente inevitável. Enquanto a extrema-direita exige a renúncia imediata de Emmanuel Macron ou a convocação de legislativas, o Presidente descarta ambas as hipóteses. |
Arranca OPA hostil do BBVA sobre o Sabadell |
Começa nesta segunda-feira o período de aceitação da OPA hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell: um ano e meio depois de ter sido anunciada, chega o dia em que os 200.000 accionistas do banco catalão poderão pronunciar-se. O banco de origem basca mantém a sua oferta – uma ação de nova emissão do BBVA por cada 5,5483 ações do Sabadell e 0,70 euros em dinheiro –, o que corresponde a 8,7% menos do que o Sabadell valia em bolsa na última sessão. A operação foi aprovada na sexta-feira, 5 de setembro, pela Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), depois de o BBVA ter aceitado avançar com a oferta mesmo se apenas conseguir o "sim" de 30% dos acionistas do Sabadell - em vez dos 50% inicialmente estipulados pela instituição financeira. O período de aceitação terá uma duração de 30 dias. Caso o BBVA só consiga assegurar uma participação de 30% no Sabadell, pode vir a ser obrigado a lançar uma nova OPA, totalmente em dinheiro, para aumentar a posição para 50%, de acordo com o El Economista. Segundo o mesmo jornal, o banco presidido por Carlos Torres ainda tem espaço para aumentar a contrapartida sobre o rival, uma vez que os regulamentos permitem rever em alta a oferta até cinco dias antes da data de encerramento. |
Termina o prazo da OPA sobre o Mediobanca |
O prazo da oferta pública de aquisição do Monte Paschi pelo Mediobanca chega ao fim, dias depois de o banco italiano ter atingido o nível mínimo de 35% de aceitação que definiu, abrindo a porta a controlar o rival. |
Custos de construção de habitação nova por cá |
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados do índice de custos de construção de habitação nova relativo a julho. No resto da Europa, destaque para a confiança do consumidor espanhol em julho. |
Guerra comercial em foco em encontro dos BRICS |
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, lidera uma reunião dos BRICS para definir a estratégia conjunta de resposta à guerra comercial do Presidente norte-americano, Donald Trump. Depois de ter sido chefiado pela Rússia em 2024, o Brasil assumiu em 2025 a presidência dos BRICS. O grupo original nasceu em 2009, sendo composto pelo Brasil, Rússia, Índia e China – e o seu nome inicial era BRIC, numa referência às iniciais dos quatro países, que foi cunhada por Jim O’Neill, então economista-chefe do Goldman Sachs. Quando a África do Sul aderiu em 2011, passou a denominar-se BRICS. Desde então, entraram mais seis países (em 2024 e 2025): Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Arábia Saudita e Indonésia. Atualmente com 11 membros oficiais, o grupo conta também com 10 nações parceiras, consolidando o bloco como voz relevante do Sul Global. |
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