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Petrolíferas continuam a lutar pela reversão da lei dos combustíveis simples

A Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (Apetro) defende que todos perderam com a lei dos combustíveis simples, menos os postos dos hipermercados, e promete não desistir da luta na Justiça pela reversão da legislação.

António Comprido Sec geral do Apetro
António Comprido Sec geral do Apetro Bruno Simão
16 de Outubro de 2015 às 10:17

"O mal está feito, mas vamos lutar para que a lei seja revertida", afirmou o secretário-geral da Apetro, António Comprido, à Lusa, considerando que a introdução da obrigatoriedade de comercialização de combustíveis simples não veio favorecer nem os consumidores, nem os operadores.

Em declarações à Lusa, o porta-voz das petrolíferas explicou que as empresas tiveram que se adaptar e prescindir dos seus produtos, os consumidores passaram a ter um menor leque de escolha, acompanhado por uma "redução pouco significativa no preço".

"Houve ainda uma redução da qualidade média da oferta, devido à diminuição da oferta aditivada, e o ambiente também perdeu. Por isso, se alguém foi beneficiado foram os operadores que já só comercializavam combustíveis simples", argumentou.

Seis meses após a entrada em vigor da lei dos combustíveis simples, António Comprido considera a legislação "infeliz", apesar de "aprovada

O mal está feito, mas vamos lutar para que a lei seja revertida.
António Comprido

por unanimidade" no Parlamento, prometendo continuar a lutar "até às últimas circunstâncias" pela sua reversão.

As petrolíferas recorreram à Justiça para tentar travar a entrada em vigor da lei que obrigou à introdução de combustíveis simples, por considerarem "uma restrição ao direito de iniciativa económica privada e uma limitação ao princípio da liberdade de estabelecimento".

"Aguardamos ainda que seja tomada uma decisão: o mal está feito. Mas não tendo havido uma decisão prévia, anterior à entrada em vigor da lei, gostaríamos que a lei fosse revertida e que os governos deixassem de interferir no mercado", declarou.

De acordo com a associação que representa as quatro maiores petrolíferas, a legislação que entrou em vigor a 17 de Abril apresenta "várias irregularidades jurídico-constitucionais, quer a nível da Constituição da República Portuguesa, quer do Tratado de Funcionamento da União Europeia, constituindo uma restrição ao direito de iniciativa económica privada e envolvendo uma limitação ao princípio da liberdade de estabelecimento".

No processo, a Apetro advoga que a legislação em vigor desde 17 de Abril representa "uma intromissão injustificada e desnecessária no livre funcionamento de um mercado liberalizado, apresentando-se desequilibrada face aos pretensos benefícios que pretende oferecer aos consumidores e às obrigações impostas aos comercializadores". 

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