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Raize atinge lucros pela primeira vez. Ganha 62 mil euros em 2021

O volume de novos financiamentos concedidos aumentou 58% para 13,8 milhões de euros, enquanto os depósitos bancários cresceram 13% para 7,8 milhões de euros. A fintech entrou também no segmento dos seguros e aponta como prioridade para 2022 estabelecer novas parcerias estratégicas.

José Maria Rego, administrador da Raize
José Maria Rego, administrador da Raize Tiago Sousa Dias
16 de Março de 2022 às 07:41

A Raize conseguiu atingir resultados positivos pela primeira vez. A fintech teve lucros de 61.890 euros em 2021 com o impulso do segmento de crédito e com a ajuda de parcerias e novos negócios. O valor que compara com um prejuízo de 78.055 no ano anterior.

"Durante o ano de 2021 a Raize atingiu o máximo histórico de financiamentos concedidos, mantendo uma ótima performance da carteira de investimentos e aumentando em 101% as receitas ao mesmo tempo que apresentou pela primeira vez resultados líquidos positivos", explica a empresa liderada por José Maria Rego em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas cresceram 101% para 1.094.103 euros, apoiadas na evolução positiva da atividade de crédito, introdução de novos serviços e tecnologia de automação de decisão e processos. O montante ficou acima das estimativas indicadas em junho de 2021. O EBITDA -- lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações -- fechou o ano positivo em 142.487 euros, face a 23.860 euros negativos em 2020.

O volume de novos financiamentos concedidos aumentou 58% para 13,8 milhões de euros, pelo que o crédito sob gestão no final do ano fixava-se em 21,5 milhões de euros (mais 21% do que no fim de 2020). Já o volume de depósitos bancários cresceu 13% para 7,8 milhões de euros.

O número de clientes cresceu 9% para 91.090, enquanto o montante investido desde o lançamento da plataforma ultrapassou os 57 milhões de euros (dos quais 14 milhões em 2021). Mais de 98% dos investidores tiveram retornos positivos, de acordo com o mesmo comunicado.

Raize entra nos seguros. Quer reforçar parcerias

"Pelo meio, alargou-se a base de investidores, investiu-se de forma determinante em inovação, tecnologia e escala, iniciou-se o negócio dos seguros, melhorou-se o nível de serviço e reforçaram-se as parcerias com várias instituições financeiras", sublinha a fintech.

A Raize tinha celebrado parcerias estratégicas com o banco Best e com o Banco Português de Gestão para distribuição e investimento em crédito PME, respetivamente. Além do crédito e dos depósitos, a fintech lançou também a atividade de distribuição e mediação de Seguros Vida e Não Vida.

Para 2022, revela que a prioridade será "acelerar ainda mais o crescimento" da empresa em Portugal, "ao mesmo tempo que reforçamos a proposta de valor para os nossos investidores e se avança com oportunidades de expansão internacional e de produto tecnológico".

"Perspetiva-se a celebração de vários novos acordos de financiamento com bancos e fundos e o reforço do nível de investimento em tecnologia, com a exploração de novas avenidas de produto envolvendo inteligência artificial, blockchain/web3 e criptoativos", acrescenta.

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