Sete perguntas e respostas sobre como aproveitar a onda dos certificados de aforro
As famílias portuguesas são tipicamente conservadoras, mantendo grande parte das poupanças paradas nos depósitos. A subida dos retornos oferecidos pelos produtos de aforro do Estado tem, contudo, gerado interesse. Estas são as informações mais básicas sobre os certificados.
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O que são certificados de aforro? Os certificados de aforro são instrumentos de dívida criados com o objetivo de captar a poupança das famílias. Têm como característica principal o serem distribuídos a retalho, isto é, serem colocados diretamente juntos dos aforradores e terem montantes mínimos de subscrição reduzidos. Traduzindo: o aforrador está a emprestar dinheiro ao Estado pelo que o risco é muito diminuto. Quanto posso comprar? O montante mínimo de investimento são 100 euros e o máximo são 250 mil euros por cada conta aforro. Onde se subscreve? O que é preciso? Para aderir é preciso ter uma conta aforro e, para a abrir, é preciso ir presencialmente a um posto de atendimento dos CTT que tenha acordo com o IGCP. É preciso levar um documento de identificação, um comprovativo do IBAN, um comprovativo de morada, um meio de pagamento e um comprovativo de profissão. No local preenche um formulário com dados pessoais (que também pode descarregar em antecipação e levar já feito). Todas as transações são presenciais? Não. A abertura de conta e primeira subscrição são feitas presencialmente, mas a partir daí pode consultar as poupanças e fazer movimentações no site do IGCP. Para isso, é necessário fazer o registo. E atenção: é aconselhável mexer na conta pelo menos de seis em seis meses para que o acesso online não seja bloqueado. Quando se pode tirar poupanças? O prazo dos certificados de aforro série E (atualmente em comercialização) é de 10 anos a partir da data em que subscrever. No entanto, não pode levantar o dinheiro durante os primeiros três meses. Depois disso pode levantá-lo a qualquer momento, sem qualquer encargo, quer levante a totalidade ou só uma parte. Se não levantar a sua poupança antes, irá recebê-la, com os juros que tiver ganho, 10 anos depois de subscrever os Certificados de Aforro série E. Qual é o juro? A taxa base dos certificados de aforro da Série E é calculada mensalmente segundo a fórmula: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores. A taxa base tem um tecto máximo de 3,5%. Em dezembro fixou-se em 2,842% brutos (2% líquidos). Além da taxa base, há um prémio de permanência de 0,5% do início do segundo ano ao final do quinto e de 1% a partir do sexto ano. E quem já tem as séries antigas? A série anterior (D) apresenta precisamente o mesmo rendimento. Já as séries A e B (mais antigas) estão a render 3,3% líquidos. A série C, que esteve em comercialização de 2008 a 2015, rende atualmente até 3,1% líquidos, consoante a data de subscrição. Quem tem estes títulos mais antigos e precisar de mexer no dinheiro é sempre preferível resgatar primeiro os que subscreveu mais recentemente, já que a taxa de juro é menor.
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