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Sete perguntas e respostas sobre como aproveitar a onda dos certificados de aforro

As famílias portuguesas são tipicamente conservadoras, mantendo grande parte das poupanças paradas nos depósitos. A subida dos retornos oferecidos pelos produtos de aforro do Estado tem, contudo, gerado interesse. Estas são as informações mais básicas sobre os certificados.

certificados de aforro
certificados de aforro Pedro Catarino
22 de Dezembro de 2022 às 09:00
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O que são certificados de aforro?

Os certificados de aforro são instrumentos de dívida criados com o objetivo de captar a poupança das famílias. Têm como característica principal o serem distribuídos a retalho, isto é, serem colocados diretamente juntos dos aforradores e terem montantes mínimos de subscrição reduzidos. Traduzindo: o aforrador está a emprestar dinheiro ao Estado pelo que o risco é muito diminuto.

Quanto posso comprar?

O montante mínimo de investimento são 100 euros e o máximo são 250 mil euros por cada conta aforro.

Onde se subscreve? O que é preciso?

Para aderir é preciso ter uma conta aforro e, para a abrir, é preciso ir presencialmente a um posto de atendimento dos CTT que tenha acordo com o IGCP. É preciso levar um documento de identificação, um comprovativo do IBAN, um comprovativo de morada, um meio de pagamento e um comprovativo de profissão. No local preenche um formulário com dados pessoais (que também pode descarregar em antecipação e levar já feito).

Todas as transações são presenciais?

Não. A abertura de conta e primeira subscrição são feitas presencialmente, mas a partir daí pode consultar as poupanças e fazer movimentações no site do IGCP. Para isso, é necessário fazer o registo. E atenção: é aconselhável mexer na conta pelo menos de seis em seis meses para que o acesso online não seja bloqueado.

Quando se pode tirar poupanças?

O prazo dos certificados de aforro série E (atualmente em comercialização) é de 10 anos a partir da data em que subscrever. No entanto, não pode levantar o dinheiro durante os primeiros três meses. Depois disso pode levantá-lo a qualquer momento, sem qualquer encargo, quer levante a totalidade ou só uma parte. Se não levantar a sua poupança antes, irá recebê-la, com os juros que tiver ganho, 10 anos depois de subscrever os Certificados de Aforro série E.

Qual é o juro?

A taxa base dos certificados de aforro da Série E é calculada mensalmente segundo a fórmula: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores. A taxa base tem um tecto máximo de 3,5%. Em dezembro fixou-se em 2,842% brutos (2% líquidos). Além da taxa base, há um prémio de permanência de 0,5% do início do segundo ano ao final do quinto e de 1% a partir do sexto ano.

E quem já tem as séries antigas?

A série anterior (D) apresenta precisamente o mesmo rendimento. Já as séries A e B (mais antigas) estão a render 3,3% líquidos. A série C, que esteve em comercialização de 2008 a 2015, rende atualmente até 3,1% líquidos, consoante a data de subscrição. Quem tem estes títulos mais antigos e precisar de mexer no dinheiro é sempre preferível resgatar primeiro os que subscreveu mais recentemente, já que a taxa de juro é menor.

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