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Ucrânia: Kiev e Washington procuram solução para cereais

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Antony Blinken
Antony Blinken Dumitru Doru/Reuters
15 de Maio de 2022 às 11:43
Finlândia aprova pedido de adesão à NATO
Finlândia aprova pedido de adesão à NATO

"Este é um dia histórico. Uma nova era começou", disse o Chefe de Estado finlandês, Sauli Niinistö, numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra, Sanna Marin.

Depois de aprovado pelo parlamento, o pedido formal de adesão à NATO será submetido à sede deste organismo, em Bruxelas.

No sábado, o Presidente finlandês telefonou ao homólogo russo, Vladimir Putin, para lhe comunicar a decisão do país de se juntar à Aliança Atlânrica. Putin afirmou que os planos finlandeses iriam prejudiciar a relação entre os dois países.

Sobre esse telefone, Niinistö afirmou: "Eu, ou a Finlândia, não somos conhecidos por nos esgueirarmos ou desaparecermos silenciosamente atrás de uma esquina. É melhor dizer diretamente o que já foi dito [a Putin], também para a parte interessada e foi isso que fiz."

MNE destaca "boa base de otimismo" contra divergências no alargamento da Aliança
MNE destaca 'boa base de otimismo' contra divergências no alargamento da Aliança

O ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou este domingo existir uma "boa base de otimismo" relativamente à adesão da Finlândia e Suécia à NATO, que permitirá resolver as "questões em aberto", nomeadamente as divergências apontadas pela Turquia.

"Penso que há uma boa base de otimismo [porque] todos nós estamos conscientes de que divergências que possam existir são sempre pequenas face àquilo que é verdadeiramente importante, que é o reforço da Aliança e o reforço da segurança da Finlândia e da Suécia", declarou João Gomes Cravinho.

Falando no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, o chefe da diplomacia portuguesa realçou que "a Turquia, a Finlândia e a Suécia estão num processo de diálogo para resolver as divergências", após Ancara se ter mostrado reticente face ao alargamento da Aliança Atlântica.

"Aquilo que aconteceu hoje foi uma repetição, já entre nós - a 30 [e sem os chefes da diplomacia finlandesa e sueca] -, do apoio fortíssimo em relação à adesão da Finlândia e da Suécia e a própria Turquia diz que tem como objetivo que a Finlândia e a Suécia possam entrar, mas tem algumas preocupações e a Finlândia e a Suécia saberão como resolver as questões em aberto", adiantou João Gomes Cravinho, em declarações aos jornalistas portugueses e citado pela Lusa.

Para permitir a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, é necessário o aval dos 30 membros da Aliança Atlântica.

Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo"

O ministro dos Negócios Estrangeiros garante que Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo", quando a União Europeia (UE) tenta negociar um embargo energético à Rússia, acreditando num acordo nas próximas semanas.

"Aquilo que está a dificultar não é nada do campo político, mas sim do campo técnico e económico [porque] há uma assimetria de impacto das sanções. Portugal, por exemplo, não teria nenhuma dificuldade em fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo, [mas] outros países têm uma dependência, muito em particular a Hungria, mas também a Eslováquia e a Bulgária têm dificuldades", declarou João Gomes Cravinho.

Falando no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, o chefe da diplomacia portuguesa explicou que "esses países [mais dependentes] pedem apoios, pedem períodos transitórios, pedem que haja, da parte da Comissão Europeia, um investimento forte no desenvolvimento de outras soluções, nomeadamente gasodutos, oleodutos e isso, naturalmente, não se faz de um momento para o outro".

De acordo com João Gomes Cravinho, ao nível dos Estados-membros, "as discussões continuam, mas o objetivo é partilhado por todos, que é o de cortar a dependência europeia dos combustíveis fósseis vindos da Rússia".

Já quando questionado sobre prazos para os 27 chegarem a acordo sobre aquele que é o sexto pacote de sanções à Rússia, apresentado pela Comissão Europeia no início de maio, o governante estimou que, "durante o próximo par de semanas, em princípio, haja soluções que satisfaçam a todos".

"Estamos todos unidos quanto àquilo que é o objetivo de fundo, que é o de reduzir e eliminar a dependência do petróleo e do gás", vincou João Gomes Cravinho, rejeitando que este novo pacote de medidas restritivas seja suavizado.

"Qualquer que seja a solução, o pacote terá seguramente um impacto muito significativo para a economia russa e para a capacidade russa de alimentar a sua máquina de guerra", adiantou João Gomes Cravinho.

Em causa está um sexto e novo pacote de sanções contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, no final de fevereiro passado, após a Comissão Europeia ter abrangido, no anterior conjunto de medidas restritivas, a proibição da importação de carvão.

O pacote mais recente, apresentado por Bruxelas há duas semanas, prevê uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e por oleoduto, bruto e refinado, para assim haver uma eliminação gradual da dependência energética europeia face à Rússia, que permita assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais.

Ainda assim, este sexto pacote de sanções à Rússia, centrado na proibição gradual das importações de petróleo pelos Estados-membros até final do corrente ano, prevê uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.

Finlândia disposta a falar com Erdogan

O Presidente finlandês, Sauli Niinistö, afirmou este domingo estar pronto para se encontrar com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, de forma a esclarecê-lo sobre as dúvidas da Turquia em relação ao pedido de entrada da Finlândia na NATO. 

Erdogan manifestou objeções à entrada da Finlândia e da Suécida na Aliança Atlântica e, enquanto membro, poderá vetar os pedidos de adesão.

"O que precisamos agora é de uma resposta bastante concreta e eu estou preparado para ter uma conversa com o Presidente Erdogan sobre os problemas que ele levantou", explicou Niinistö aos jornalistas na manhã deste domingo.

Numa primeira reação, Erdogan, manifestou-se desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO por acolherem militantes curdos que a Turquia considera como terroristas. Entretanto, este sábado o porta-voz do Presidente turco veio garantir que a o país "não fecha a porta" à entrada destes dois países nórdicos na Aliança Atlântica.

Vestager diz que guerra na Ucrânia reforçou relação transatlântica
Vestager diz que guerra na Ucrânia reforçou relação transatlântica

Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta dos assuntos digitais na União Europeia, acredita que a invasão russa da Ucrânia reforçou os laços de cooperação entre a União Europeia e os Estados Unidos.

Em entrevista à CNBC, Vestager reconheceu que a guerra reforçou a relação transatlântica. Quando questionada, a vice-presidente da Comissão foi clara: "Penso definitivamente que sim [que houve um reforço da relação transtatlântica], porque tornou abundamentemente claro que quem pensa da mesma forma deve estar próximo".

A responsável deu como exemplo a importância do Conselho de Comércio e Tecnologia (TTC, na sigla inglesa), um mecanismo de coordenação estratégica nas áreas do comércio, tecnologia e segurança para "aprofundar a cooperação" entre os dois blocos.

A responsável deu como exemplo a importância do Conselho de Comércio e Tecnologia (TTC, na sigla inglesa), um mecanismo de coordenação estratégica nas áreas do comércio, tecnologia e segurança para "aprofundar a cooperação" entre os dois blocos.

"Pode até parecer trivial, mas por causa do Conselho de Comércio e Tecnologias as pessoas conheceram-se, trocaram contactos e foi muito mais rápido desenhar as sanções [à Rússia]", explicou. "O TTC demonstrou a sua importância neste dossiê em específico, mas também a perspetiva de termos esta cooperação mais próxima, de mãos na massa, fazendo as coisas acontecerem."

A vice-presidente da Comissão afirmou também que  "temos hoje uma relação mais clara das interligações entre o comércio, tecnologia e segurança" e que foi aprofundada durante o conflito.

Sobre o futuro, Vestager destacou que "têm de se manter as sanções".

Sobre o futuro, Vestager destacou que "têm de se manter as sanções".

 

NATO: Adesão obriga candidatos a "exame"
NATO: Adesão obriga candidatos a 'exame'

A adesão à NATO obriga o país candidato a um verdadeiro exame de entrada, durante o qual deve convencer todos os trinta Estados-membros do seu contributo para a segurança coletiva e da sua capacidade de cumprir as obrigações.

A Finlândia anunciou este domingo que pretende aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e a Suécia deverá seguir-lhe os passos nos próximos dias. A Turquia é o Estado mais reticente neste processo.

A partir do momento em que um país decide concorrer à adesão, inicia-se um processo que deverá conduzir todos os outros a aceitar unanimemente convidá-lo a aderir.

O país candidato deve comprometer-se a realizar as reformas necessárias e deve de seguida enviar uma "carta de intenção" ao secretário-geral da NATO, com um "calendário de execução das reformas".

A etapa final é a ratificação do protocolo de adesão por cada um dos Estados-membros, na qual transmitem a sua aceitação do novo membro ao Governo dos Estados Unidos, depositário do Tratado do Atlântico Norte.

O princípio "um por todos, todos por um", previsto no artigo 5.º, sobre solidariedade em caso de agressão, só se aplica quando estiver terminada a ratificação por todos os Estados-membros.

No caso do último país a aderir, a Macedónia do Norte, o processo demorou um ano.

Como são membros da União Europeia (UE), a Suécia e a Finlândia beneficiam da cláusula de assistência mútua prevista pelo artigo 42.º(7) do Tratado da UE pelo período que durar o processo de ratificação da sua adesão à NATO.

O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, já assegurou aos dois candidatos que serão acolhidos "de braços abertos" se decidirem entrar na Aliança, da qual já são parceiros.

Prometeu-lhes um processo de adesão "rápido" e soluções para responder às suas preocupações de segurança entre a candidatura e a adesão final.

O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, já assegurou aos dois candidatos que serão acolhidos "de braços abertos" se decidirem entrar na Aliança, da qual já são parceiros.

Ucrânia e EUA procuram solução para bloqueio às exportações de cereais
Ucrânia e EUA procuram solução para bloqueio às exportações de cereais

Estados Unidos e Ucrânia estiveram este domingo a avaliar, em Berlim, uma solução para o bloqueio das expoertações de cereais face à invasão russa.

Segundo o El Mundo, o plano foi trabalhado num encontro entre os chefes da diplomacia dos dois países.

O secretário de Estado norte-american Antony Blinken e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba encontraram-se na capital alemã à margem da reunião informal de ministros de Negócios estrangeiros dos países da NATO. 

Blinken e Kuleba terão falado "do impacto da brutal invasão da Rússia e, inclusivamente, da segurança alimentar global, tendo-se comprometido a encontrar uma solução para as explortações de cereais a partir da Ucrânia para os mercados internacionais, segundo um comunicado do porta-voz de Blinken.

Em cima da mesa do encontro terá estado também o último pacote de assistência americana aos ucranianos.

O secretário de Estado norte-american Antony Blinken e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba encontraram-se na capital alemã à margem da reunião informal de ministros de Negócios estrangeiros dos países da NATO. 

Blinken e Kuleba terão falado "do impacto da brutal invasão da Rússia e, inclusivamente, da segurança alimentar global, tendo-se comprometido a encontrar uma solução para as explortações de cereais a partir da Ucrânia para os mercados internacionais, segundo um comunicado do porta-voz de Blinken.

Secretário-geral da NATO confiante num consenso

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, diz estar confiante de que pode ser alcançado um consenso para a entrada da Suécia e Finlândia na Aliança Atlântica que terá em conta as preocupações turcas. Além disso, deu a garantia de que, durante o processo de adesão, a presença de forças na região poderá até ser reforçada.

"Estou confiante de que conseguiremos enquadrar as preocupações que a Turquia expressou de uma forma que não atrase o processo de adesão" dos dois países, afirmou Stoltenberg aos jornalistas através de videochamada. 

O responsável explicou também que a NATO quer acelerar, tanto quanto possível, a ratificação da adesão dos dois países e que a organização irá encontrar formas garantir a segurança da região durante o período que media a adesão, inclusivamente através do reforço da presença da NATO na região. 

Stoltenberg frisou também que Ancara não pretende bloquear a entrada da Finlândia e da Suécia na aliança.

Turquia com atitude conciliadora. Críticas, só para a Suécia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia mostrou-se este domingo conciliador em relação à Finlândia, mas criticou a Suécia por fazer declarações "provocativas", durante as discussões sobre a adesão dos dois países à NATO, em Berlim.

"Infelizmente, as declarações da Ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia [Ann Linde] não são construtivas. Continua a fazer comentários provocativos", afirmou Mevlut Cavusoglu à imprensa turca em Berlim, à margem da reunião informal dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica.

Por outro lado, o ministro turco adotou um tom mais conciliador em relação à Finlândia, que qualificou de "muito respeitosa" diante das "preocupações" de Ancara.

"Mas não vemos a mesma atitude da Suécia", insistiu.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, expressou na sexta-feira a sua hostilidade em relação à adesão desses dois países, acusando-os de servir como "albergue para terroristas do PKK" (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), considerado uma organização terrorista pela Turquia, mas também pela União Europeia (UE) e Estados Unidos.

"Sempre apoiámos a política de portas abertas da NATO. (...) Mas o facto de estes dois países estarem em contacto com membros de uma organização terrorista, a Suécia a enviar-lhes armas e imporem restrições à exportação de material de defesa para a Turquia vai contra o espírito da Aliança", afirmou hoje Mevlut Cavusoglu.

Durante o seu encontro com os homólogos dos dois países nórdicos, estes mostraram-se dispostos a "trabalhar" para "responder às preocupações da Turquia", acrescentou Cavusoglu.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia disse estar a esperar para ver "as garantias" que serão oferecidas pelos dois países.

"É imperativo acabar com o apoio a organizações terroristas e suspender as restrições às exportações para a Turquia. Não estou a dizer isso como se fosse moeda de troca, mas porque é isso que significa ser aliado", disse Mevlut Cavusoglu.

NATO admite reforçar presença na Suécia e na Finlândia antes da adesão
NATO admite reforçar presença na Suécia e na Finlândia antes da adesão

O secretário-geral da NATO admitiu hoje que a Aliança poderá reforçar a sua presença na Suécia e na Finlândia para dar "garantias de segurança" aos dois países enquanto não se concretiza a sua adesão à organização.

"Haverá um período entre a candidatura e a adesão como membros de pleno direito. A adesão da Suécia e da Finlândia importa à NATO e procuraremos formas de dar garantias de segurança, incluindo aumentar a presença da NATO no Báltico e dentro e em redor da Suécia e da Finlândia, obviamente em consulta" com os dois países, disse Jens Stoltenberg em conferência de imprensa após uma reunião informal dos chefes da diplomacia da Aliança em Berlim.

O princípio "um por todos, todos por um", previsto no artigo 5.º, sobre solidariedade em caso de agressão, só se aplica quando estiver terminada a ratificação da adesão por todos os Estados-membros.

No caso do último país a aderir, a Macedónia do Norte, o processo demorou um ano.

"A Finlândia e a Suécia estão preocupadas com o período intermédio (...), vamos tentar acelerar esse processo", afirmou Stoltenberg.

Rússia poderá ter perdido um terço dos soldados com que iniciou a guerra
Rússia poderá ter perdido um terço dos soldados com que iniciou a guerra

A Rússia poderá ter perdido um terço dos soldados com que lançou a ofensiva na Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, segundo os serviços secretos britânicos.

"Ao dia de hoje [domingio], a Rússia terá sofrido baixas que ascenderão, provavelmente a um terço das tropas terrestres que entraram em combate em fevereiro", adiantou o Ministério da Defesa britânico no Twitter, com base em informações dos serviços de inteligência.

(2/6) Russia has now likely suffered losses of one third of the ground combat force it committed in February.

Kalush Orchestra leiloam estatueta da Eurovisão para angariarem fundos para a Ucrânia
Kalush Orchestra leiloam estatueta da Eurovisão para angariarem fundos para a Ucrânia

Os Kalush Orchestra, a banda que venceu o festival da Eurovisão no sábado à noite, vai leiloar a estatueta da vitória e doar a receita a um fundo de beneficência que ajuda a Ucrânia e o seu exército.

 

"Muitas pessoas estão já a doar do estrangeiro e talvez muitas mais queiram doar. E isto, na nossa opinião, será algo que as motivará", declarou o líder a banda, Oleh Psiuk, citado pelo The Guardian.

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