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Euribor, ajuda parental, obras e prestações. Leia as respostas do consultório financeiro às suas perguntas

O Negócios e o Doutor Finanças estabeleceram uma parceria com o objetivo de esclarecer as dúvidas colocadas pelos leitores em matéria de finanças pessoais. Todas as sextas-feiras, na edição impressa e aos sábados, no online, encontrará respostas às suas perguntas.

Negócios 02 de Dezembro de 2023 às 15:00
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29.11.2023

Euribor

| Anónimo

 

Tenho um empréstimo a 30 anos e a Euribor vai atualizar em fevereiro. Mantenho a 12 meses ou é melhor mudar para o prazo a 6 meses?

A diferença entre as duas taxas, em valor, não é muito relevante neste momento. Contudo, se se confirmar uma estabilização e eventual descida das taxas Euribor, por via da política monetária do BCE, um contrato que seja revisto semestralmente pode ser mais vantajoso, num período em que se perspetive uma descida de juros. Tudo porque terá uma revisão seis meses antes. Já num período de subida de juros, como o que estamos a passar, para casos como o seu, ter uma taxa a 12 meses acabou por ser mais vantajoso, uma vez que ainda não sentiu a totalidade da subida de juros.

 

Outra solução que pode ponderar é procurar uma taxa mista, que fixe a taxa de juro nos primeiros dois anos, por exemplo. Atualmente, há taxa fixas a dois anos em torno de 3,5%.

Não é possível antecipar o que vai acontecer efetivamente às taxas Euribor. Aqui a decisão passará mais por qual dos cenários

29.11.2023

Ajuda parental e IRS

| Anónimo

Estou com algumas dificuldades e os meus pais vão dar uma ajuda monetária todos os meses. Eles podem deduzir essa ajuda no IRS depois?

 

Não, não é possível deduzir esta ajuda no IRS.

29.11.2023

Obras futuras

Pretendo comprar um imóvel com uma ruína para fazer obras e ser a minha primeira habitação. Terei de esperar pela aprovação do projeto por parte da Câmara Municipal e só deverei conseguir realizar as obras daqui a cinco anos. Posso fazer um crédito habitação? 

Para comprar um imóvel com uma ruína, através de crédito habitação, terá de ter um projeto já aprovado, com um orçamento detalhado e um plano de obras. Sem este projeto aprovado, dificilmente conseguirá um financiamento hipotecário.

Este processo será financiado através de crédito habitação, sendo que o valor referente às obras será libertado por tranches, à medida que o projeto de construção vai sendo concluído. De realçar que, por norma, tem um período para realizar as obras que propôs.

29.11.2023

Fixação de prestações

| Anónimo

Vale a pena pedir a fixação da prestação de crédito habitação?

Partindo do pressuposto que está a referir-se à medida implementada pelo Governo, esta medida tem o objetivo de ajudar a proteger famílias que estejam a antecipar dificuldades em conseguir pagar o crédito habitação.

De realçar que esta é uma medida que está à disposição de todas as pessoas, podendo ser pedida junto de qualquer banco. É importante perceber que ao pedir a fixação da prestação, terá uma redução do encargo imediato, contudo, não há qualquer perdão, pelo que mais tarde terá de pagar o "desconto" que tem nos primeiros dois anos.

Em alternativa, pode tentar negociar as condições do crédito com o seu banco ou procurar uma alternativa. E essa alternativa pode passar por conseguir um spread mais baixo ou contratar uma taxa mista, em que durante dois anos, por exemplo, mantém a prestação. Tendo em consideração que atualmente há taxas fixas a dois anos na ordem dos 3,5%, uma solução destas pode ser mais atrativa do que fixar a prestação, uma vez que, nesta situação não está a adiar qualquer pagamento e está a reduzir efetivamente o custo do crédito no imediato.

Para ficar com uma noção dos valores que podem estar em causa, um crédito de 100 mil euros, a 25 anos, indexado à Euribor a 6 meses e com um spread de 1,5%, corresponde a uma prestação de 610,81 euros. Aplicar a este caso a regra da fixação da prestação é reduzir a mensalidade em 65,10 euros, colocando a prestação em 545,7 euros.

 

Já se, num empréstimo com as mesmas condições, conseguir descer o spread de 1,5% para 1%, consegue reduzir a prestação de cerca de 30 euros por mês. E, para o mesmo caso, se usarmos uma taxa mista, em que durante dois anos a taxa é fixada nos 3,65%, a redução da prestação é superior a 107 euros.

 

E, nestes dois últimos casos, a redução dos encargos é imediata e ao longo de todo o contrato, ao contrário da fixação da prestação, que reduz no imediato, mas acaba por encarecer o crédito pedido.

As perguntas enviadas pelos leitores são editadas por questões de dimensão e clareza.

A informação partilhada não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos e/ou o contacto com canais oficiais, que suportem a matéria em causa.

Envie as suas perguntas para consultorio@negocios.pt.

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