Ao minuto06.10.2025

Crise política em França pressiona índices europeus. CAC-40 atingiu mínimos de seis meses

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta segunda-feira.
wall street bolsa mercados traders
Richard Drew/AP
Negócios 06 de Outubro de 2025 às 17:59
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06.10.2025

Crise política em França pressiona índices europeus. CAC-40 atingiu mínimos de seis meses

Os principais índices europeus fecharam com perdas em quase toda a linha, com um novo capítulo de instabilidade política em França, após a demissão do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, a

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – recuou 0,04%, para os 570,24 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX manteve-se inalterado, o espanhol IBEX 35 caiu 0,18%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,26%, o francês CAC-40 tombou 1,36% e o britânico FTSE 100 caiu 0,13%. Já o neerlandês AEX avançou 0,56% e o português PSI ganhou 0,78%.

Apenas 27 dias depois de ter tomado posse, . O anúncio traz agora uma nova onda de instabilidade e incerteza política à segunda maior economia da Zona Euro, numa altura em que França atravessa graves dificuldades económicas e financeiras.

Nesta linha, o índice de referência gaulês - o CAC-40 -, chegou a cair para mínimos de seis meses, com o setor da banca a ser particularmente pressionado. No fecho da sessão, o Société Génerale perdeu 4,23%, o BNP Paribas recuou 3,21% e o Crédit Agricole caiu 3,43%.

“É uma reação instintiva clara do mercado, é o comércio habitual com ações domésticas, bancos e os suspeitos do costume a serem afetados”, disse à Bloomberg Karen Georges, da Ecofi em Paris. Ainda assim, a especialista acrescentou que as quedas não eram indicativas de um pânico mais generalizado.

O índice de referência do mercado acionista francês tem ficado atrás dos seus pares europeus e norte-americanos desde que Macron convocou eleições antecipadas em junho de 2024. As preocupações com a turbulência política voltaram a surgir em agosto deste ano,

Ainda assim, o entusiasmo em torno da inteligência artificial (IA) acabou por atenuar o “contágio” da crise política em França a outros mercados bolsistas do Velho Continente, numa altura em que uma têm vindo a impulsionar as ações globais para níveis recordes. O ganho de quase 2% da fabricante de “chips” holandesa ASML, por exemplo, ajudou a que o principal índice do país não fechasse a sessão no vermelho, a par da valorização de mais de 12% da BE Semiconductor Industries.

Entre os setores, a banca (-0,86%) liderou as perdas, seguida dos químicos (-0,77%). Já o tecnológico (+1,01%) registou a maior valorização durante a sessão.

Quanto aos movimentos do mercado, a Aston Martin caiu 10% depois de ter reduzido as suas previsões de receitas pela segunda vez este ano, citando o impacto das tarifas dos EUA e desafios económicos mais amplos que estão a ter uma influência negativa na procura. Já a Stellantis subiu mais de 3%, depois de se saber que a fabricante de automóveis terá planos para investir cerca de 10 mil milhões de dólares nos EUA.

06.10.2025

Demissão de Lecornu faz disparar juros franceses. "Spread" com Alemanha nos 85 pontos

A - e o mercado da dívida não foi exceção. Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro registaram agravamentos esta segunda-feira, com o prémio de risco entre a dívida francesa e alemã a atingir máximos deste ano - embora tenha conseguido reduzir a diferença até ao final da sessão. 

Com a instabilidade política como pano de fundo, a "yield" da dívida francesa a dez anos, a maturidade de referência, disparou 5,9 pontos base para 3,566%, tendo chegado a avançar cerca de 9 pontos, enquanto os juros das obrigações alemãs também a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, a acelerarem 2,1 pontos para 2,717%. O "spread" fechou o dia, assim, nos 84,7 pontos.

“A atual situação deixa-nos mais perto de novas eleições [em França] e, nesse cenário, considero que o ‘spread’ poderá aumentar ainda mais e testar os 100 pontos-base”, comentou Vincent Juvyns, principal estratega de investimento do ING, em declarações à Bloomberg.

No resto dos países da moeda única europeia, os juros da dívida portuguesa subiram 2,4 pontos base para 3,107% e os da dívida espanhola cresceram 2,5 pontos para 3,253%. Por sua vez, pela Itália, as obrigações também a dez anos subiram 2,9 pontos para 3,538%.

Já no Reino Unido, a "yield" das "Gilts" britânicas acelerou 4,7 pontos base para 4,735%, enquanto os juros das "Tresuries" norte-americanas ganham, a esta hora, 3,9 pontos para 4,158%. 

06.10.2025

Demissão de Lecornu pressiona euro. Iene cai para mínimos de cinco meses face ao dólar

Matthias Balk/AP

A política está a dominar a negociação no mercado cambial esta segunda-feira, com o iene japonês a enfraquecer para mínimos de cinco meses em relação ao dólar, depois de se saber que Sanae Takaichi estará prestes a tornar-se na próxima primeira-ministra do Japão, enquanto o euro desvaloriza após a demissão do primeiro-ministro francês.

Takaichi, ex-ministra da Segurança Económica e Assuntos Internos do Japão, venceu as eleições para a liderança do Partido Liberal Democrático - que se encontra no poder - este fim de semana, colocando-a mais próxima de se tornar na primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra do Japão. A vitória da ex-ministra levou os "traders” a reduzirem as apostas de que o Banco do Japão (BoJ) aumentará as taxas de juros este mês.

Nesta linha, “a vitória surpreendente de Sanae Takaichi reintroduz muita incerteza em torno das prioridades políticas do Japão e do momento do ciclo de aumento das taxas pelo Banco do Japão”, escreveu à Reuters George Saravelos, do Deutsche Bank.

Durante a sessão, o euro chegou a atingir os 176,22 ienes, o valor mais alto de sempre da moeda única em relação à japonesa. Entretanto, os ganhos reduziram-se e a moeda única segue agora a subir 1,44% para os 175,65 ienes. Já o dólar ganha 1,78% para os 150,08 ienes.

Por cá, o euro segue a perder terreno face à “nota verde”, depois de o novo primeiro-ministro francês, . Assim, o euro recua 0,32% para os 1,1706 dólares.

Já a libra cai 0,07% para os 1,3471 dólares.

Do lado de lá do Atlântico, os “traders” seguem de perto o “shutdown” do Governo Federal dos EUA, que se estende agora pelo sexto dia consecutivo, e que tem sido marcado, no plano económico, pela ausência de dados importantes e seguidos de perto pelos investidores.

O índice do dólar - que mede a força da divisa norte-americana face às suas principais rivais - avança 0,38% para os 98,10 pontos.

06.10.2025

Ouro renova recordes históricos e aproxima-se dos 4.000 dólares

AP

O ouro atingiu novos máximos históricos esta segunda-feira, superando a barreira dos 3.940 dólares por onça, impulsionado pelas crescentes expectativas de cortes nas taxas de juro da Reserva Federal dos EUA e por um ambiente global marcado pela instabilidade política e económica. A esta hora o metal precioso sobe 1,50%, para 3.944,99 dólares, enquanto a prata avança 1,09% para 48,48 dólares e a platina ganha 2,39% para 1.643,55 dólares.

O ouro chegou a tocar os 3.949,34 dólares por onça, apoiado não só pela previsão de uma descida de 25 pontos-base nas taxas da Fed ainda este mês, mas também pela incerteza política em França, Japão e Estados Unidos, onde o governo federal enfrenta o sexto dia de paralisação. A poucas horas após tomar posse, enquanto em Tóquio a nomeação de , vista como favorável a políticas monetárias expansionistas, pressionou o iene.

O ouro, um ativo tradicionalmente procurado em períodos de instabilidade, acumula uma valorização de cerca de 50% em 2025, sustentado por compras de bancos centrais, procura de refúgio e enfraquecimento do dólar. Segundo o analista Edward Meir, da Marex, “a proximidade da marca dos 4.000 dólares sugere que alguns fundos estão a tentar impulsionar os preços até esse nível simbólico”, citado pela Reuters.

O UBS reforçou que “há razões fundamentais e de momento para o ouro continuar a subir”, prevendo que o metal atinja os 4.200 dólares por onça até ao final do ano.

A prata também atingiu o valor mais alto em mais de 14 anos, enquanto a platina e o paládio registaram ganhos robustos, acompanhando o movimento de alta dos metais preciosos num cenário de procura por segurança e taxas de juro em queda.

06.10.2025

Decisão cautelosa da OPEP+ alivia receios e faz subir o petróleo

Charlie Riedel/AP

Os preços do petróleo recuperam esta segunda-feira, após a do que o esperado, o que trouxe algum alívio aos investidores preocupados com um possível excesso de oferta. A esta hora, o barril de Brent, referência para a Europa, avança 1,02% para 65,19 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, referência americana, ganha 0,92% para 61,43 dólares.

A OPEP e aliados, incluindo a Rússia, concordaram em elevar a produção em 137 mil barris por dia a partir de novembro, um valor “bem abaixo do que se temia antes do fim de semana”, afirmou Ole Hansen, chefe de estratégia de “commodities” do Saxo Bank, em declarações à Bloomberg. A decisão surge após uma queda de 8% nos preços na semana passada e apenas reverte parcialmente essas perdas, com “preocupações persistentes sobre o excesso de oferta em 2026” a pesar no mercado.

A moderação da OPEP+ reduziu os receios sobre um aumento agressivo na oferta, embora o panorama de procura fraca continue a limitar os ganhos. A decisão repete o aumento de outubro e reflete um compromisso entre Riade, que defendia uma expansão mais agressiva para recuperar quota de mercado, e Moscovo, que preferia conter a produção para sustentar os preços.

Contudo, o contexto global continua desafiante: as exportações venezuelanas estão a subir, o fluxo de crude curdo via Turquia foi retomado e há volumes significativos de petróleo do Médio Oriente por vender para novembro, observou Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates.

A Arábia Saudita manteve inalterado o preço oficial do seu crude Arab Light destinado à Ásia, contrariando expectativas de um pequeno aumento. A decisão seguiu-se a um colapso dos preços do Médio Oriente na semana anterior, que levou o prémio regional ao nível mais baixo em 22 meses.

Além disso, a procura mantém-se fragilizada. A Administração de Informação sobre Energia dos EUA (EIA) revelou que os inventários de petróleo, gasolina e destilados aumentaram acima do esperado no final de setembro, sinalizando enfraquecimento da atividade de refinação e da procura interna.

Se a produção continuar a subir de forma gradual, a descida dos preços pode ser limitada”, avaliou Chris Beauchamp, analista-chefe do IG Group, citado pela Reuters. “Tudo dependerá de a economia norte-americana conseguir reacelerar no final de 2025 e em 2026, o que seria fundamental para sustentar a procura”.

06.10.2025

Wall Street negoceia com ganhos. AMD dispara mais de 30% depois de acordo com OpenAI

AP / Richard Drew

Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam com ganhos na primeira sessão da semana, à medida que os investidores se mostram mais confiantes de que a resiliência económica norte-americana, aliada à esperada redução das taxas diretoras no país, poderá impulsionar os resultados trimestrais das cotadas. Além disso, novos acordos e negócios na área da inteligência artificial (IA) continuam a impulsionar o sentimento dos mercados.

O S&P 500 avança 0,31%, para os 6.736,51, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,45% para os 22.882,34. Já o Dow Jones ganha 0,03% para os 46.774,46.

A Advanced Micro Devices (AMD) dispara mais de 33% a esta hora, . O negócio poderá render vários milhares de milhões de dólares em receitas à fabricante de semicondutores e surge numa altura em que os investidores se mostram cada vez mais confiantes quanto ao retorno dos avultados investimentos feitos no desenvolvimento da IA.

As empresas norte-americanas devem ter uma temporada de lucros melhor do que o esperado, segundo analistas do Goldman Sachs citados pela Bloomberg. Isto porque a resiliência da maior economia mundial e as perspetivas sólidas para a IA deixaram, na ótica destes especialistas, as estimativas para os resultados das cotadas muito baixas. Além disso, a equipa liderada por David Kostin também espera que as Sete Magníficas - grupo formado por gigantes da tecnologia -, supere as expectativas de lucros.

No plano da política monetária, vários indicadores do setor privado divulgados na semana passada apontaram para um mercado de trabalho em abrandamento, numa altura em que a economia se mantém forte, fator que deixou os “traders” confiantes de que a Reserva Federal (Fed) avançará com outro corte das taxas de juro em um quarto de ponto na reunião deste mês.

“O cenário base continua a ser de crescimento lento, mas constante, desinflação contínua e um ciclo gradual de redução das taxas de juro pela Reserva Federal até ao final do ano”, disse à Bloomberg Linh Tran, analista da XS.com. “Neste contexto, espera-se que o S&P 500 mantenha uma trajetória ascendente moderada, apoiada pela melhoria dos lucros das empresas, avaliações estáveis e influxos institucionais persistentes”, acrescentou a especialista.

Entre as “big tech”, a Nvidia recua 1,25%, a Alphabet sobe 0,70%, a Microsoft ganha 0,83%, a Meta cede 2,35%, a Apple cede 0,24% e a Amazon desvaloriza 0,95%.

06.10.2025

Bolsas europeias recuam após demissão do primeiro-ministro francês

Luca Bruno/AP

As bolsas europeias estão em queda esta segunda-feira, dominadas pela crise política em França, que se agravou com a . A esta hora, o índice Stoxx 600 cai 0,43% para 568,02 pontos, enquanto o CAC-40 regista os piores valores, com um recuo de 1,91% para 7926,86. O DAX de Frankfurt recua 0,22% para 24324,98 pontos, o FTSE 100 do Reino Unido perde 0,18% para 9473,73 pontos, o IBEX cai 0,56% para 15497,10 e o PSI-20 desliza 0,08% para 8108,43 pontos. Amesterdão é a única exceção e regista uma subida de 0,18% para 963,25 pontos.

A pressão concentra-se no setor financeiro: o setor banca desvaloriza  cerca de 1,6%, enquanto os grandes bancos franceses foram duramente atingidos. De acordo com a Reuters e a Bloomberg, o BNP Paribas, Société Générale e Crédit Agricole registaram quedas na ordem dos 4 a 5%, contagiando os pares europeus. Em paralelo, as “yields” francesas dispararam e o diferencial face à Alemanha alargou-se de forma significativa.

Os setores de energia e tecnologia ajudam a conter as perdas, com o petróleo e o gás a subir 0,55%, telecomunicações com um aumento de 0,31% e tecnologia com uma subida de 0,29%. Para além da banca, os mais prejudicados são o setor das “utilities” (-0,79%) e as químicas (-0,68%).

A leitura dos analistas é direta: “É preocupante que o novo gabinete tenha durado apenas 12 horas”, afirmou Kirstine Kundby-Nielsen, analista do Danske Bank, citada pela Reuters, enquanto Chris Beauchamp, da IG Group, apontou que a situação “torna as pessoas cautelosas em relação aos ativos europeus neste momento, devido à incerteza e aos efeitos de contágio”. Olivier Faure, líder do Partido Socialista francês, fala numa “crise política sem precedentes”, segundo a Bloomberg.

06.10.2025

França agrava juros europeus após saída de Lecornu

Ludovic Marin/Pool via AP

Os juros das dívidas soberanas europeias registam esta segunda-feira um agravamento generalizado, liderado pela França, depois da , que intensificou a incerteza política em Paris e fez disparar o prémio de risco face à Alemanha para o nível mais alto do ano, segundo a Bloomberg.

A “yield” francesa a 10 anos sobe 9,1 pontos base para 3,598%, refletindo a aversão dos investidores a um cenário político cada vez mais instável. O diferencial entre as obrigações francesas e alemãs, um dos principais indicadores de risco orçamental na Zona Euro, alargou-se para 89 pontos base, o valor mais elevado de 2025, de acordo com dados citados pela Bloomberg.

Estamos a assistir a uma crise política sem precedentes”, afirmou Olivier Faure, líder do Partido Socialista francês, lembrando que o novo governo de Macron “não tem legitimidade”. A saída de Lecornu ocorre apenas um dia depois de o presidente francês ter anunciado o novo governo, amplamente criticado por não trazer mudanças substanciais.

O impacto estende-se ao mercado europeu: a “yield” alemã, referência para a região, avança 1,9 pontos base para 2,716%, enquanto a italiana sobe 4,7 pontos para 3,555%, e a espanhola agrava 4,1 pontos, fixando-se em 3,269%.

Em Portugal, os juros acompanham o movimento e sobem 3,6 pontos base para 3,119%. Já no Reino Unido, a dívida pública também sofre pressão, com a “yield” britânica a avançar 4,8 pontos para 4,736%, refletindo um ambiente global de maior prudência nos mercados obrigacionistas.

06.10.2025

Iene afunda após vitória de Takaichi e dólar ganha força

Bodo Marks / AP

O dólar recupera terreno face às principais divisas esta segunda-feira, impulsionado pela forte queda do iene, depois da vitória de nas eleições internas do Partido Liberal Democrata (LDP) no Japão.

O Dollar Index Spot avança 0,47% para 98,18 pontos, refletindo o fortalecimento da nota verde face a um cabaz de diferentes moedas. A esta hora, o euro recua 0,32% para 1,1704 dólares, enquanto a libra esterlina desce 0,19% para 1,3455 dólares. Já o franco suíço perde face ao dólar, que sobe 0,23% para 0,7976 francos.

O iene japonês lidera as perdas, ao cair 1,78% para 150,09 dólares, na maior desvalorização diária em cinco meses, depois da vitória de Takaichi ter reforçado as apostas em políticas fiscais expansionistas e reduzido a probabilidade de uma subida de juros no curto prazo. “A vitória de Takaichi vai provavelmente conduzir a alguma fraqueza no iene”, afirmou Mahjabeen Zaman, chefe de pesquisa cambial do ANZ, citada pela Reuters.

De acordo com Paul Mackel, responsável global de FX do HSBC, “os próximos dias serão importantes para perceber as suas políticas e a composição do provável governo”, acrescentando que, apesar de algum potencial de recuperação do iene, “há limites, dada a incerteza doméstica”.

A moeda japonesa também desvaloriza 1,43% face ao euro, com o euro a subir para 175,67 ienes, o nível mais fraco do iene desde a criação da moeda única.

Analistas citados pela Reuters destacam que, embora a incerteza política japonesa esteja a pressionar o iene, o dólar mantém-se firme com a expectativa de um corte de 25 pontos-base nas taxas da Fed ainda este mês. “Continuamos a pensar que o iene está subavaliado face ao dólar mas este ajuste pode demorar mais, agora que o cenário político japonês se tornou mais claro”, afirmou David Chao, estratega da Invesco.

06.10.2025

Petróleo sobe 1% após aumento menor que esperado da OPEP+

AP / Lisa Leutner

Os preços do petróleo estão a subir mas menos do que o antecipado pelos especialistas, isto depois de este fim de semana a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados

Este é um aumento modesto face à produção anual e a oitava revisão em alta consecutiva. Ainda assim, o aumento foi mais reduzido do que o previsto, colocando alguma água na fervura do mercado, que receia um excesso de oferta no final deste ano e em 2026. 

Em Nova Iorque, o WTI sobe 1,15% para 61,58 dólares por barril, enquanto em Londres o Brent avança 1,12% para 65,25 dólares

"O aumento dos preços foi impulsionado principalmente pela decisão da OPEP+ de aumentar a produção abaixo do esperado no mês que vem, já que o grupo pretendia amortecer a recente queda nos mercados de petróleo", disse a analista independente Tina Teng, à Reuters.

A decisão "está claramente aquém das expectativas", disse Chris Weston, da Pepperstone Group, à Bloomberg. O analista atribui o aumento dos preços ao ajuste de carteiras por parte dos traders, que estavam preparados para um aumento maior. O aumento da OPEP+ "não favorecerá a noção de um mercado com excesso de oferta em 2026 e, como tal, a subida nesta recuperação deve ser limitada", acrescentou.

A OPEP+ tem vindo a reduzir progressivamente as restrições ao abastecimento nos últimos trimestres, numa tentativa de recuperar a quota de mercado. O cartel concordou, inicialmente, em recuperar uma parte de 2,2 milhões de barris por dia da produção. Mas, os aumentos reais na produção ficaram aquém dos números apresentados.

No curto prazo, alguns analistas esperam que a época de manutenção de refinarias, que começa em breve no Médio Oriente e obriga à paralisação destas infraestruturas, ajude a limitar os preços.

06.10.2025

Ouro marca novo recorde e já tem os 4 mil dólares na mira

Os preços do ouro atingiram esta madrugada de segunda-feira o quinquagésimo máximo histórico desde o início do ano, beneficiando da procura de refúgio dos investidores face à incerteza gerada pelo "shutdown" do Governo norte-americano.

O metal precioso tocou os 3.945,15 dólares por onça, uma subida de 1,51%, antes de aliviar os ganhos para os 1,06%, negociando nos 3.927,60 euros.

Esta foi também a primeira vez que o metal amarelo superou a fasquia dos 3.900 dólares e o marco dos quatro mil dólares está cada vez mais próximo.

Os ganhos nos metais preciosos não se ficaram pelo ouro, com a prata a avançar 1%, até aos 48,48 dólares por onça, enquanto a platina sobe 0,22%, para os 1.609,00 dólares, e o paládio valoriza 0,16%, cotando nos 1.266,82 dólares por onça.

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