Ao minuto22.08.2025

Europa termina em força com ajuda de Powell. Índice polaco afunda quase 3%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Kamil Zihnioglu/AP
Negócios 22 de Agosto de 2025 às 17:52
Últimos eventos
22.08.2025

Europa termina em força com ajuda de Powell. Índice polaco afunda quase 3%

Christophe Petit Tesson / EPA

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana em território positivo, com o Stoxx 600 a ficar bastante próximo dos máximos históricos atingidos em maio, numa altura em que os investidores mostram mais otimismo em relação à vitalidade das economias da região e estão animados com a possibilidade de um novo alívio nas taxas de juro nos EUA já em setembro. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a Europa, terminou a negociação com ganhos de 0,40% para 561,30 pontos, tendo chegado a crescer 0,8% para 563,28 pontos - bastante próximo dos máximos históricos de 565,18 pontos atingidos este ano. Já o britânico FTSE 100 tocou mesmo valores recorde, enquanto o alemão DAX aproxima-se do pico atingido em julho. 

"O mercado interpretou as declarações [de Jerome Powell em Jackson Hole]como uma confirmação de que a flexibilização está iminente, mas acreditamos que a decisão está mais próxima de 50:50, dada a ênfase colocada nos dados económicos por vir", confessa George Brown, economista da Schroders, à Reuters. 

Desde o início do ano, o Stoxx 600 já valorizou cerca de 11%, batendo os ganhos dos norte-americanos S&P 500 e Dow Jones, apesar de ficar ligeiramente atrás da subida registada pelo Nasdaq Composite em 2025. A valorização explica-se, em parte, pelo ambiente de taxas de juro mais baixas na Europa, mas também pelas promessas de gastos avultados com a defesa e infraestruturas, que prometem dar um novo vigor às economias da região - principalmente à alemã, que tem enfrentado uma recessão. 

Entre as principais movimentações de mercado, a AkzoNobel disparou 6,84% para 60,92 euros, depois de o investidor ativista Cevian Capital ter comprado uma posição de 3% na empresa. Já o Standard Chartered valorizou 4,19% para 14,17 libras, após o banco britânico ter recebido uma decisão favorável por parte do Departamento de Justiça dos EUA. 

O índice polaco WIG registou a pior sessão em mais de quatro meses, ao cair 2,9%, depois de o governo do país ter proposto aumentar os impostos sobre o rendimento dos bancos. Entre as restantes principais praças do continente, o alemão DAX subiu 0,29%, o espanhol IBEX ganhou 0,61%, o francês CAC40 valorizou 0,40%, o neerlandês AEX avançou 0,59% e o italiano FTSEMIB registou um acréscimo de 0,69%. 

22.08.2025

Juros aliviam na Zona Euro. Cupão norte-americano afunda mais de 7 pontos

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta sexta-feira com alívios substanciais, num dia marcado pelo discurso do presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que abriu portas a um corte nas taxas de juro na próxima reunião. O cupão das "Tresuries" norte-americanas a dez anos está a afundar mais de 7 pontos neste momento e a tendência alastrou-se à Europa. 

A "yield" das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade, que serve de referência para a Zona Euro, recuou 3,6 pontos base para 2,719%, enquanto os juros da dívida francesa e da italia a dez anos cederam 4,1 pontos e 5,5 pontos para 3,419% e 3,523%, respetivamente. 

Na Península Ibérica, a tendência foi a mesma, com o cupão das obrigações portuguesas a deslizar 4,2 pontos base para 3,126% e o das obrigações espanholas a cair 4,3 pontos para 3,299%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas aliviaram em 3,7 pontos base para 4,690%, enquanto os das "Tresuries" norte-americanas recuam 7,4 pontos para 4,254%. 

22.08.2025

Discurso de Powell fragiliza dólar e faz euro avançar quase 1%

Manuel Balce Ceneta / AP

O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana abriu caminho para um novo alívio das taxas de juro já em setembro e o dólar está a reagir com perdas avultadas. A "nota verde" está a negociar em território negativo face às suas principais rivais, com o euro a contabilizar ganhos de cerca de 1% e a atingir máximos de quase um mês. 

No simpósio anual da Fed em Jackson Hole, Jerome Powell indicou que, "com a política em território restritivo, a ". O presidente do banco central não se comprometeu com um corte na próxima reunião nem com o tamanho do alívio, mas a simples indicação de que pode existir um "ajuste" na política monetária está a deixar os mercados confiantes em relação a novos flexibilizações. 

A esta hora, o euro avança 0,97% para 1,1719 dólares, enquanto a libra valoriza 0,92% para 1,3535 dólares. Já a "nota verde" cai 1,09% para 146,75 ienes. 

"O dólar está em queda, as probabilidades de um corte nas taxas em setembro estão a aumentar e os investidores estão claramente a preparar-se para mais flexibilização", explicou Karl Schamotta, estratega de mercados da Corpay, à Reuters. O analista considera que a mensagem que Powell transmitiu a uma audiência repleta de economistas foi bastante mais "dovish" do que estava a ser antecipado. 

O mercado de "swaps" atribuiu agora uma probabilidade em torno de 90% de um corte de 25 pontos-base nos juros de referência dos EUA, que se situam atualmente num intervalo entre 4,25% e 4,5%. Antes do discurso do presidente da Fed, as probabilidades estavam nos 75%, com a maioria dos investidores à espera de pelo menos mais um corte este ano. 

22.08.2025

Petróleo em alta com impasse entre Rússia e Ucrânia e queda das reservas nos EUA

Jeff McIntosh/AP

Os preços do petróleo estão a avançar esta sexta-feira, apoiados no agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia e num recuo das reservas norte-americanas acima do esperado, colocando a matéria-prima a caminho do primeiro ganho semanal em três semanas.

A esta hora, o Brent soma 0,18% para 67,79 dólares por barril, enquanto o WTI sobe 0,31% para 63,72 dólares. Ambos os contratos tinham já acumulado ganhos superiores a 1% na sessão anterior, com o Brent a registar um avanço semanal em torno de 3% e o WTI de 1,5%.

A expectativa de um acordo de paz entre Moscovo e Kiev voltou a esfumar-se depois de novos ataques russos junto à fronteira com a União Europeia e da ofensiva ucraniana contra infraestruturas energéticas russas, de acordo com a Reuters. O impasse aumenta os receios de sanções adicionais contra a Rússia, sustentando as cotações do crude.

A par da geopolítica, os preços encontram suporte no recuo de seis milhões de barris nas reservas de crude dos EUA na semana terminada a 15 de agosto, um valor muito acima da queda de 1,8 milhões antecipada pelo mercado, segundo a Administração de Informação de Energia. 

No entanto, dados mais fracos na Alemanha, que registou uma contração de 0,3% no segundo trimestre, limitaram os ganhos ao reavivar preocupações sobre a procura global. Também a expectativa em torno da política monetária da Fed está no radar dos investidores: , medida que, a concretizar-se, poderá estimular a economia e dar suporte adicional ao consumo de petróleo.

22.08.2025

Preço do ouro sobe com aposta reforçada em corte de juros pela Fed

Mike Groll/AP

O ouro está a subir esta sexta-feira, apoiado no reforço das apostas de que a Reserva Federal vai avançar com um corte de 25 pontos-base já em setembro. Os comentários de Jerome Powell em Jackson Hole, ao admitir a possibilidade de um “ajuste” na política monetária, levaram os investidores a rever em alta as probabilidades de uma descida dos juros e impulsionaram a procura pelo metal precioso.

A esta hora, a onça de ouro valoriza 1,07% para 3.374,54 dólares, a prata avança 2,14% para 39,41 dólares por onça, a platina sobe 1,18% para 1.373,64 dólares e o paládio ganha 1,4% para 1.126,25 dólares.

, mesmo sem uma promessa explícita de cortes. O presidente do banco central destacou que os , mas alertou para sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho. “O equilíbrio variável dos riscos pode justificar um ajuste na nossa postura política”, afirmou, deixando os mercados a antecipar que a reunião de 16 e 17 de setembro poderá marcar uma viragem na política monetária.

De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, a probabilidade atribuída a um corte de 25 pontos-base subiu de 75% antes do discurso para 90% após as declarações. O dólar norte-americano perdeu terreno e as “yields” das “treasuries” recuaram, reforçando a atratividade do ouro, que tende a beneficiar num contexto de taxas de juro mais baixas por não gerar rendimento próprio.

22.08.2025

À espera de Powell, Wall Street avança com cautela após vários dias de perdas

AP/Seth Wenig

Após vários dias de perdas, os principais índices norte-americanos arrancaram a última sessão da semana em terreno positivo. A negociação continua a ser marcada pela antecipação do discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, no simpósio anual do banco central em Jackson Hole, com os investidores à procura de pistas sobre o futuro da política monetária. 

O discurso de Powell está marcado para as 10:00 horas locais (15:00 horas em Portugal Continental) e espera-se um discurso breve, mas que dê aos mercados alguma direção, numa altura em que a política comercial da administração Trump continua a ameaçar o combate à inflação e o mercado laboral dá sinais de fragilidade. Contudo, Michael Matousek, analista da U.S. Global Investors, acredita que o presidente da Fed vai optar por uma "abordagem cautelosa". 

"As tarifas estão a começar a surtir efeito. Por isso, Powell deve manter alguma cautela e reafirmar que vai continuar atento aos dados, a ver como as coisas evoluem, porque o efeito das taxas aduaneiras só se começou a sentir no início do verão", afirmou Matousek à Reuters. Os mercados continuam a apontar para dois cortes nas taxas de juro este ano, com o primeiro a vir em setembro - mas já estiveram mais confiantes que isto pode mesmo vir a acontecer. 

Neste contexto, o S&P 500 arrancou a sessão a ganhar 0,61% para 6.408,99 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite acelera 0,49% para 21.203,12 pontos e o industrial Dow Jones sobe 0,79% para 45.141,08 pontos. Os últimos dias em Wall Street foram marcados por perdas, com as retalhistas norte-americanas a darem sinais mistos ao mercado sobre a vitalidade do consumo privado do país - o principal motor da economia dos EUA. 

Entre as principais movimentações, a Nvidia cai 0,12% para 174,77 dólares, depois de ter sido noticiado que a tecnológica pediu à Foxconn para suspender a produção do "chip" H20 - o semicondutor mais avançado que a empresa pode vender na China, tendo em conta as restrições introduzidas pela administração Biden. Por sua vez, a Alphabet avança 1,21% para 202,11 dólares, após a dona da Google ter assinado um acordo de seis anos de computação na nuvem com a Meta (dona do Facebook), no valor de 10 mil milhões de dólares.  

22.08.2025

Taxas Euribor recuam nos prazos a três e seis meses

As taxas Euribor a três e seis meses recuaram esta sexta-feira e a 12 meses ficou inalterada face ao dia anterior, pelo segundo dia consecutivo.

A taxa Euribor a seis meses, que em janeiro do ano passado passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu novamente, desta feita 0,020 pontos, para 2,057%, contra 2,077% na quinta-feira.

A taxa a três meses também voltou a recuar nesta sexta-feira, neste caso 0,009 pontos para 2,017%, depois de ter caído para 2,026%, ainda assim, abaixo das Euribor a seis e a 12 meses.

A Euribor a 12 meses ficou hoje inalterada nos 2,084%, pelo segundo dia consecutivo.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

22.08.2025

Europa negoceia "animada" após acordo comercial pelos EUA

Depois de na negociação de quinta-feira o impacto do não ter sido o esperado, os investidores parecem na manhã desta sexta-feira estar a "digerir" os detalhes do "aperto de mão" entre os dois blocos financeiros.

As cotadas do setor automóvel avançam 0,63%, por exemplo, sendo que esta foi uma das indústrias incluídas nas tarifas de 15% (e que se estimavam que podiam ser superiores). Também o setor dos químicos, que vai beneficiar de um regime especial de taxação, está a negociar no seu conjunto com ganhos de 0,68%.

O Stoxx 600, o índice de referência europeu, avança 0,22% para os 560,28 pontos.

Já nos resultados por praças, o alemão DAX sobe 0,10%, o espanhol IBEX ganha 0,43%, o francês CAC40 sobe 0,15%, o neerlandês AEX avança 0,36% e o italiano FTSEMIB está no verde com 0,41%. Em contraciclo está o PSI, que a esta hora segue a desvalorizar 0,20%, pressionado pelo contágio do .

Em termos individuais, a neerlandesa Akzo Nobel avança a esta hora mais de 5% (após um investimento da Cevian Capital), enquanto a dinamarquesa Ambu, de equipamentos hospitalares, salta 4,5%. Também a Novo Nordisk está a apresentar ganhos sólidos, com um avanço de 3,15% no valor das ações, para 367,1 coroas dinamarquesas, beneficiando da taxa máxima de 15% para produtos farmacêuticos.

22.08.2025

Juros da Zona Euro estão a aliviar. Reino Unido e EUA em contraciclo

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar na sessão desta sexta-feira, em contraciclo com os Estados Unidos. As obrigações alemãs a dez anos, tidas como referência para o contexto europeu, estão a descer 0,4 pontos-base para uma taxa de 2,751% de rendibilidade.

Em França, os juros da dívida a 10 anos estão a recuar 0,8 pontos-base para 3,452% e, em Itália, a descida é de 1 ponto-base para 3,568%. A vizinha Espanha acompanha a tendência europeia, com os juros da dívida a recuarem 0,8 pontos-base para 3,334%.

Por cá, a "yield" das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos estão também a aliviar 0,8 pontos para 3,159%. 

Em sentido contrário, as obrigações do Reino Unido estão a agravar-se em 1,4 pontos-base para 4,741% e, nos Estados Unidos, estão a subir 0,8 pontos-base para 4,335% de rendibilidade.

22.08.2025

Expectativa de novas reduções nas taxas de juro nos EUA anima dólar

Tatan Syuflana / AP

O dólar está a registar ganhos face aos seus principais concorrentes, num dia em que é esperado o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, dê novas pistas sobre o futuro da política monetária do país, no simpósio anual do banco central em Jackson Hole.

Os analistas têm estado a apostar em duas novas descidas das taxas de juro até ao final do ano, mas os dados económicos conhecidos na quinta-feira trouxeram conclusões mistas sobre o rumo a dar à política monetária da Fed

Por um lado, o número de americanos a pedir subsídio de desemprego teve o maior aumento em três meses na semana passada – sinalizando que o mercado laboral está a ficar fragilizado – e, por outro lado, o indicador de atividade industrial voltou a ganhar força em agosto.

O índice do dólar americano (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas, avança 0,12% para os 98,7340 pontos.

Por volta das 09:30 horas desta sexta-feira, o euro estava a desvalorizar 0,10% para 1,1594 dólares. Já a moeda norte-americana estava a subir 0,16% para 148,60 ienes e a registar ganhos de 0,12% para 0,8097 francos suíços. Por outro lado, a libra estava a a negociar "na linha de água" para 1,3412 dólares.

22.08.2025

Preços do petróleo sobem perante indiferença da Índia aos avisos dos EUA

Charlie Riedel/AP

A Índia continua a importar petróleo da Rússia, com os países a terem fechado recentemente um acordo para as entregas de remessas do "ouro negro" nos meses de setembro e outubro. Isto além de ambas as nações terem negociado uma .

Com estas movimentações, a Índia tem mostrado indiferença aos vários avisos feitos pelos EUA. De recordar que os norte-americanos aplicaram tarifas de 25% às importações vindas da Índia e ameaçaram com mais 25%, a partir de 27 de agosto, caso o país não parasse de comprar petróleo à Rússia.

O mais recente alerta foi dado pelo conselheiro Peter Navarro. "A índia não parece ter reconhecido ainda o seu papel neste banho de sangue", sublinhou o político americano, aludindo a que a compra de petróleo à Rússia permite que o país continue a agressão à Ucrânia. "Eles [Índia] não precisam do petróleo. É um esquema de refinação para partilha de lucros", acrescentou, acusando, de forma indireta, o país asiático de servir como plataforma de escoamento do petróleo russo para outros países.

Apesar do "drama" em torno desta questão, o mercado de negociação de petróleo está a reagir de forma relativamente tranquila e positiva à quezília diplomática. A esta hora, o preço do Brent, o índice de referência para a Europa, negoceia nos 67,77 dólares por barril, o que representa uma subida de 0,15%. Já o West Texas Intermediate (WTI), a referência americana, negoceia nos 63,66 dólares, uma subida de 0,22%.

À parte da questão da Índia, o que parece impedir maiores avanços no preço do petróleo são as perspetivas de aumento de produção nos próximos tempos. "A perspetiva fundamental do mercado mantém-se em baixa, com aumentos significativos de inventários a partir do próximo trimestre", comentou Warren Patterson, da área de estratégia de matérias-primas do grupo ING, citado pela Bloomberg.

Saber mais sobre...
Saber mais Juros Europa
Pub
Pub
Pub