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Europa negoceia em alta com investidores à espera do fim do "shutdown" nos EUA

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.
Mercados financeiros refletem otimismo com dados de empresas e índices positivos
AP
Negócios 10:18
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10h17

Europa negoceia em alta com investidores à espera do fim do "shutdown" nos EUA

Os principais índices europeus seguem a negociar com ganhos pelo segundo dia consecutivo, com o sentimento dos investidores a ser impulsionado pelo esperado fim do “shutdown” do Governo Federal norte-americano, bem como pelos resultados timestrais apresentados por algumas das cotadas da região.

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – avança 0,76%, para os 577,15 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX sobe 0,34%, o espanhol IBEX 35 soma 0,49%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,76%, o francês CAC-40 ganha 0,66%, o britânico FTSE 100 avança 0,94% e o neerlandês AEX pula 0,55%.

Com as atenções , “o fim iminente da paralisação certamente melhorou o sentimento, mas é improvável que proporcione um impulso sustentado ao mercado”, disse à Bloomberg Wolf von Rotberg, do Bank J Safra Sarasin. “O que pode ajudar, porém, é um relatório sólido sobre o emprego em setembro, que poderá ser divulgado nos próximos dias se o Governo reabrir esta semana”, acrescenta ainda o especialista.

O índice de referência britânico regista a esta hora os maiores ganhos entre os pares europeus, depois de os dados de desemprego do Reino Unido terem subido mais do que o esperado, levando os investidores a aumentar as apostas de que o banco central do país poderá avançar com um corte nas taxas de juro no próximo mês.

Já pela Suíça, o índice de referência soma quase 1% a esta hora, à medida que o país está mais próximo de

Entre os movimentos do mercado, a Vodafone soma perto de 4%, depois de a operadora de telecomunicações ter apresentado resultados sólidos referentes ao terceiro trimestre do ano, incluindo um crescimento da sua atividade na Alemanha. Já a Munich Re cai quase 1%, após a resseguradora alemã ter reduzido a sua previsão de receitas com seguros para o ano inteiro. Entre as perdas, destaca-se ainda a Hensoldt com uma desvalorização superior a 5%, pressionada pelo Morgan Stanley, que questionou as novas orientações de médio prazo e a trajetória de receitas de longo prazo apresentadas no Capital Markets Day (CMD) da empresa.

09h39

Juros com evolução mista na Zona Euro. "Yield" britânica alivia

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro negoceiam sem tendência definida esta terça-feira, com variações pouco pronunciadas. Fora do bloco da moeda única, a rendibilidade das "Gilts" britânicas aliviam 5,3 pontos base, para 4,407%, após a taxa de desemprego no Reino Unido ter aumentado mais do que o esperado, abrindo a porta a novo corte nas taxas de juro pelo Banco de Inglaterra.

A "yield" da dívida portugues a 10 anos desce 0,1 pontos base, para 3,015%, enquanto no país vizinho os juros mantêm-se inalterados nos 3,171%.

A rendibilidade das "Bunds" alemãs, referência para a Europa, sobem 0,2 pontos base, para 2,668%, enquanto em França observa-se um alívio de 0,2 pontos, até aos 3,435%.

Os juros da dívida italiana descem 0,3 pontos base, para os 3,407%.

08h47

Iene negoceia perto de mínimos de fevereiro com "shutdown" nos EUA a aproximar-se do fim

Bodo Marks / AP

O iene – considerado um ativo-refúgio - atingiu nesta terça-feira o seu valor mais baixo desde fevereiro, com os "traders" a anteciparem que estará para breve o fim da mais longa paralisação do Governo Federal dos EUA. Por outro lado, divisas consideradas como mais sensíveis ao risco, seguem a tendência inversa e valorizam a esta hora.

Em relaçãoà moeda nipónica, o dólar ganha 0,11%, para 154,320 ienes.

Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar sobe 0,06%, para 99,651 pontos.

A percepção de que os democratas serão prejudicados por não conseguirem atingir os seus objetivos durante a paralisação do Governo também pode estar a aumentar o apetite pelo risco, à medida que se aproximam as eleições intercalares do próximo ano, explicou à Reuters Adam Button, da investingLive. Isto baseando-se na ideia de que políticas mais favoráveis ao crescimento serão adotadas se os republicanos continuarem a deter uma maioria no Congresso.

Por cá, o euro ganha 0,55%, para os 1,156 dólares. Ainda pela Europa, a libra cede 0,36%, para os 1,313 dólares.

08h46

Ouro avança com esperanças de corte de juros da Fed

Mike Groll/AP

Os preços do ouro negoceiam perto de máximos de três semanas, apoiados nas crescentes expectativas de que a Reserva Federal (Fed) poderá avançar com um novo corte de juros em dezembro e sinais de que o “shutdown” do Governo Federal dos EUA esteja perto de chegar ao fim.

A esta hora, o metal sobe 0,46%, para os 4.133,390 dólares por onça.

O Senado norte-americano aprovou na segunda-feira um acordo para restaurar o financiamento federal e acabar com a mais longa paralisação de sempre do Governo. A reabertura nos próximos dias irá oferecer mais clareza sobre as perspetivas económicas dos EUA e a trajetória das taxas de juro da Fed, já que com o fim do “shutdown”, se inicia novamente a divulgação de dados económicos que estiveram, até agora, suspensas.

Na semana passada, dados do setor privado mostraram que a economia dos EUA perdeu empregos em outubro. A par disso, a confiança do consumidor norte-americano enfraqueceu para o nível mais baixo em três anos e meio no início de novembro, de acordo com uma sondagem da Universidade do Michigan.

Nesta altura, os “traders” estão a apontar para uma probabilidade de cerca de 64% de que a Fed corte as taxas em 25 pontos-base no próximo mês, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

O governador do Fed, Stephen Miran, disse na segunda-feira que um corte de 50 pontos-base nas taxas diretoras seria apropriado para dezembro, observando que a inflação está a cair, enquanto a taxa de desemprego está a subir. O ouro, que não rende juros, tende a ter um bom desempenho num ambiente de taxas de juros baixas e durante períodos de incerteza económica.

08h45

Petróleo perde terreno com preocupações de excesso de oferta a pesar sobre "traders"

Charlie Riedel/AP

Os preços do petróleo negoceiam com perdas esta manhã, à medida que preocupações com o excesso de oferta seguem a pesar mais no sentimento dos “traders”, enquanto avaliam a incerteza em relação ao impacto das sanções dos EUA às grandes petrolíferas russas Rosneft e Lukoil e o otimismo em torno dos progressos para pôr fim ao “shutdown” do Governo Federal dos EUA.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desvaloriza 0,47% para os 59,80 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a perder igualmente 0,47% para os 63,76 dólares por barril.

Embora o progresso em relação à reabertura do Governo Federal norte-americano tenha impulsionado os mercados de maneira geral, as preocupações com o excesso de oferta de crude estão a limitar os preços do petróleo a esta hora.

“À medida que o aumento da produção da OPEP+ continua, os equilíbrios globais do petróleo estão mais pessimistas no lado da oferta, com a procura a apresentar uma tendência de queda, em conjunto com um abrandamento do crescimento económico nos principais países consumidores de petróleo”, escreveram analistas da energética Ritterbusch and Associates numa nota citada pela Reuters.

No início deste mês, a OPEP+ concordou em aumentar a produção de petróleo em dezembro em cerca de 137 mil barris por dia. Ainda assim, o cartel planeia avançar com uma pausa nos aumentos de produção de crude no primeiro trimestre do próximo ano.

Noutro ponto, as sanções dos EUA sobre petrolíferas russas continuam em foco. Nesta linha, fontes citadas pela Reuters disseram que a Lukoil declarou "force majeure” num campo petrolífero iraquiano que opera, numa altura em que a Bulgária estará prestes a confiscar a refinaria da empresa em Burgas.

07h59

Ásia fecha mista com China pressionada por plano de exportação de terras raras

Os principais índices asiáticos fecharam a sessão desta terça-feira sem rumo definido, depois de um “rally” ligado ao possível fim da paralisação do Governo Federal dos EUA ter ontem impulsionado as ações ao nível global. A recuperação dos ativos de risco parece ter estagnado pela Ásia, depois de notícias de que a China estará a desenvolver um sistema de exportações de terras raras que pode vir a complicar o acesso de algumas empresas americanas a estes recursos. Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 avançam a esta hora 0,40% e apontam para uma abertura com ganhos.

Pelo Japão, o Nikkei caiu 0,14% e o Topix valorizou 0,13%. Também o sul-coreano Kospi registou ganhos e pulou 0,81%. Na China, o Hang Seng de Hong Kong avançou ligeiros 0,076% e o Shanghai Composite perdeu 0,39%.

O sentimento dos investidores enfraqueceu depois de o Wall Street Journal ter noticiado que, embora a China vá acelerar a aprovação da exportação de terras raras para a maioria das empresas, excluirá as que têm ligações às forças armadas dos EUA.

A notícia “sugeriu uma potencial lacuna no compromisso entre os EUA e a China sobre os controlos de exportação da China e criou um certo grau de incerteza sobre a durabilidade do cessar-fogo comercial por um ano”, disse à Bloomberg Homin Lee, da Lombard Odier Singapore.

Isto depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter negociado um acordo com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, que prevê a redução das tarifas sobre os produtos chineses importados pelos EUA em troca da remoção, por Pequim, das restrições às exportações de minerais críticos.

Entre os movimentos do mercado, a Xpeng disparou mais de 18% e chegou a tocar máximos de oito meses. Já a Sony subiu mais de 5%, após ter elevado o seu “outlook”. Por sua vez, o SoftBank Group pulou quase 2%, depois de ter reportado um aumento dos lucros trimestrais, com uma recuperação do setor de tecnologia a ajudar a impulsionar o valor das participações detidas em empresas como a Nvidia e a Intel. Esta manhã, a multinacional japonesa indicou que vendeu todas as suas participações na Nvidia, por um valor de cerca de 5,8 mil milhões de dólares.

Do lado de lá do Atlântico, o “shutdown” do Governo Federal dos EUA, que bateu o recorde de 41 dias, está prestes a terminar esta quarta-feira, depois de o Senado ter aprovado uma medida de financiamento temporário apoiada por um grupo de oito democratas.

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