Ao minutoAtualizado há 9 min10h43

Bolsas europeias em queda de olho no "shutdown" dos EUA

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.
Juros da Zona Euro entre avanços e recuos. Ouro toca nos 3.867 dólares por onça
Michael Probst/AP
Negócios 10:43
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há 10 min.10h42

Bolsas europeias em queda penalizadas pela energia e saúde

Luca Bruno/AP

As principais bolsas europeias recuam esta terça-feira, pressionadas pelas perdas nos setores da energia e da saúde, enquanto os investidores acompanham os desenvolvimentos em Washington, onde a ameaça de uma continua a pesar no sentimento dos mercados.

O índice Stoxx 600 desce 0,19% para 554,50 pontos, segundo dados da Bloomberg, interrompendo o balanço positivo de setembro, que ainda assim foi o melhor desde 2019.

Em Madrid, o IBEX soma 0,06% para 15.325,70 pontos, contrariando a tendência, enquanto em Frankfurt o DAX cede 0,02% para 23.739,71 pontos. Paris acompanha as quedas, com o CAC-40 a recuar 0,34% para 7.853,74 pontos. Já Londres vê o FTSE 100 descer 0,22% para 9.279,73 pontos. Amesterdão cai 0,29% para 939,01 pontos e Milão também desvaloriza, com um recuo de 0,22% para 42.461,37 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 perde 0,21% para 7.964,85 pontos, alinhado com o tom negativo.

Segundo a Reuters, as ações da energia e da saúde estão entre as mais penalizadas, com a BP e a TotalEnergies a cederem mais de 1%, enquanto a Novo Nordisk e a AstraZeneca deslizam em torno de 1%. A esta hora, o setor do petróleo e gás recua 0,99%, seguida pelas químicas (-0,76%) e setor automóvel (-0,55%). Os únicos ganhos são da banca (+0,21%), da tecnológicas (+0,11%) e dos media (+0,11%).

A Bloomberg destaca ainda a queda de 2,7% da BHP, após notícias de que a China terá ordenado a suspensão das compras de minério de ferro à empresa. Já a britânica ASOS afunda mais de 8% depois de ter alertado que os resultados anuais ficarão no limite inferior das previsões.

Apesar da correção, o Stoxx 600 continua a caminho do terceiro mês consecutivo de ganhos, com um avanço superior a 2% no trimestre. Roland Kaloyan, estratega-chefe do Société Générale, alerta, contudo, que “o crescimento de lucros de dois dígitos esperado para o próximo ano não deverá materializar-se, razão pela qual mantenho a minha meta de final de ano nos 530 pontos”.

há 45 min.10h08

Juros da Zona Euro entre avanços e recuos. Polónia volta a preocupar

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro e do Reino Unido registam esta terça-feira movimentos mistos, com maior destaque para as descidas em Portugal e Espanha.

As obrigações alemãs a dez anos, consideradas a referência do mercado europeu, sobem ligeiros 0,2 pontos-base para 2,707%. Em França, os juros mantém-se estáveis em 3,530%, enquanto em Itália recuam 0,2 pontos para 3,528%.

Na Península Ibérica, o alívio é mais visível: a “yield” da dívida portuguesa a dez anos desce 0,8 pontos-base para 3,109%, acompanhada por Espanha, que recua 0,7 pontos para 3,253%. Já no Reino Unido, as taxas seguem em sentido contrário, com uma subida de 0,3 pontos para 4,702%.

Segundo a Bloomberg, a atenção volta-se também para a Polónia, onde o governo prevê que a dívida pública ultrapasse os 55% do PIB em 2028, um limiar que, de acordo com a legislação do país, desencadearia medidas automáticas de austeridade. Apesar dessa perspetiva, a “yield”  polaca a dez anos recua cinco pontos-base para 5,46%. “A Polónia precisa de mudar o seu modelo económico para continuar a crescer e suportar os elevados gastos com defesa”, afirmou Rafal Benecki, economista-chefe do ING Bank Slaski, citado pela agência.

09h49

Dólar recua antes de possível "shutdown" nos EUA. Iene e franco suíço ganham terreno

Tatan Syuflana / AP

O dólar está a recuar esta terça-feira, penalizado pela incerteza política em Washington com o risco de um shutdown do governo norte-americano. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda face a um conjunto de divisas, desce 0,16% para 97,743 pontos.

Os investidores temem que uma paralisação governamental atrase a divulgação de dados cruciais como o relatório de emprego de setembro, marcado para sexta-feira, deixando a Reserva Federal “a voar às cegas” na avaliação da economia. “Se o shutdown for breve, a Fed irá ignorá-lo. Mas um prolongamento superior a duas semanas aumenta o risco de desaceleração e reforça a probabilidade de uma postura mais acomodatícia”, comentou Elias Haddad, estratega do Brown Brothers Harriman, citado pela Bloomberg.

Entre as principais divisas, o euro avança 0,20% para 1,1750 dólares, enquanto a libra esterlina sobe 0,15% para 1,3449 dólares. O dólar a cair 0,48% para 147,87 ienes, depois da ata da última reunião do Banco do Japão revelar um debate sobre uma subida de juros ainda este ano. “O dólar sofreu com o aumento do risco de shutdown e com a queda do petróleo, enquanto o iene emergiu como o grande beneficiário”, explicou Francesco Pesole, analista do ING.

O dólar cai ainda 0,29% para 0,7954 francos suíços, embora a moeda helvética se mantivesse estável face ao euro.

09h32

Ouro toca nos 3.867 dólares por onça perante risco de "shutdown" nos EUA

Mike Groll/AP

O ouro atingiu esta terça-feira novos máximos históricos, apoiado pela procura de ativos de refúgio perante a incerteza política nos Estados Unidos e pela expectativa de novos cortes de juros da Reserva Federal. A esta hora a cotação do metal sobe 0,54%, para 3.854,41 dólares por onça. Já a prata recua 0,41% para 46,83 dólares e a platina cede 0,27% para 1.599,10 dólares.

O ouro está em vias de registar o melhor mês em quase 16 anos, acumulando uma valorização de 12,3% só em setembro. “O risco de shutdown cria uma névoa de incerteza sobre o mercado, que tem acelerado os ganhos do ouro”, afirmou Tim Waterer, analista da KCM Trade. O especialista acrescentou que a fasquia dos “4.000 dólares já parece um objetivo viável até ao final do ano”, apoiada num cenário de juros mais baixos e de tensões geopolíticas persistentes.

Segundo dados da Bloomberg, o metal chegou a tocar os 3.867,25 dólares por onça nesta madrugada, superando o máximo da véspera, num movimento alimentado pelo . “O ouro não costuma reagir a negociações de última hora sobre shutdowns, mas também não estava num rally tão intenso como agora”, sublinhou Nicky Shiels, estratega da MKS PAMP SA.

Os investidores acompanham também os sinais da política monetária da Fed. Segundo a Reuters, os mercados atribuem cerca de 89% de probabilidade a um corte de 25 pontos-base já em outubro. O presidente da Fed de St. Louis, Alberto Musalem, admitiu estar aberto a reduções adicionais, mas alertou para a necessidade de cautela para não descurar a inflação.

Ao mesmo tempo, os fundos cotados em ouro registaram novos fluxos. O SPDR Gold Trust, o maior ETF mundial suportado em ouro, aumentou as suas reservas para o nível mais alto desde julho de 2022.

08h57

Petróleo cai com receios de excesso de oferta e negociações para fim da guerra em Gaza

Jeff McIntosh/AP

Os preços do petróleo recuam esta terça-feira, prolongando as perdas da véspera, pressionados pelas perspetivas de maior oferta da OPEP+ e pela retoma das exportações do curdistão iraquiano. O WTI desce 0,60%, para 63,07 dólares por barril, enquanto o Brent cede 0,65%, para 67,53 dólares.

Os mercados reagiram às indicações de que a OPEP+ deverá , depois de já ter elevado a oferta em outubro. A agência recorda que o crude começou a fluir novamente do curdistão iraquiano para a Turquia, após mais de dois anos e meio de paragem, o que reforçou as preocupações com excesso de barris disponíveis. “Embora [a OPEP+] esteja abaixo da sua quota, o mercado continua a não gostar da perspetiva de mais petróleo a chegar”, comentou o analista Ed Meir, da Marex, citado pela agência Reuters.

O Brent caiu abaixo dos 68 dólares, depois de uma descida de 3,1% na segunda-feira, a maior em quase dois meses. Para além do fator de oferta, os investidores avaliam também o impacto de um possível , promovido pelos EUA e Israel, que poderá retirar parte do prémio de risco associado ao conflito.

Apesar da recente correção, os analistas alertam para desequilíbrios mais prolongados. A Agência Internacional de Energia estima que a reposição de barris pela OPEP+ e o aumento da produção de países fora do cartel possam conduzir a um “excedente recorde” já em 2026. Já os analistas do ING sublinham: “A nossa folha de balanço sugere claramente que não é necessária mais produção. Esperamos que o mercado entre num grande excedente no quarto trimestre e permaneça em excedente até 2026”.

07h55

Ásia fecha sexto mês consecutivo com ganhos. Futuros europeus deslizam

Os índices asiáticos registaram uma maioria de ganhos na sessão desta terça-feira e fecharam pelo sexto mês consecutivo com valorizações, a maior sequência de avanços mensais para os mercados acionistas da região desde 2018. Pela Europa, os futuros do Eurostoxx 50 seguem a ceder cerca de 0,10% a esta hora.

Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite subiu 0,55%. Já o Hang Seng de Hong Kong pulou 0,37%. Pelo Japão, o Nikkei desvalorizou 0,17% e o Topix avançou 0,25%. Já o sul-coreano Kospi perdeu 0,17%.

Entretanto, a atividade industrial da China prolongou o seu declínio pelo sexto mês consecutivo, o maior recuo desde 2019, à medida que a economia entrou em desaceleração após uma fase de crescimento no início do ano. Ainda assim, as ações do país estão prestes a registar o seu melhor desempenho mensal em sete anos.

A Semana Dourada vai fechar as bolsas chinesas de 1 a 8 de outubro para assinalar o Dia Nacional da China - é o período mais longo de encerramento dos mercados a nível global.

Entre os movimentos, as ações da Zijin Gold, filial internacional da mineradora chinesa Zijin Mining, chegaram a disparar mais de 66% na sua, no valor de 2,73 mil milhões de euros. A recente escalada do ouro deu renovado ímpeto à nova cotada.

E numa altura em que se os investidores não parecem estar com pressa para reduzir a sua exposição aos ativos de risco, após vários episódios de ameaças de paralisação nos Estados Unidos (EUA).

“Por um lado, a experiência proporciona algum consolo por ter evitado por pouco paralisações ou, pelo menos, desastres em episódios anteriores”, escreveu à Bloomberg Vishnu Varathan, da Mizuho Securities. “Fundamentalmente, os mercados esperam que a dinâmica bipartidária disfuncional acentue necessariamente a política de risco”, acrescentou o especialista.

Nesta linha, os legisladores terão de chegar a um entendimento até ao final do dia de hoje para evitar uma paralisação. De acordo com as diretrizes mais recentes, o Departamento de Estatísticas Laborais norte-americanas — responsável por uma série de divulgações de dados económicas de referência nos EUA — interromperia as operações e provavelmente atrasaria o relatório dos pedidos de subsídio de desemprego de sexta-feira em caso de paralisação - dados de extrema importância para as perspetivas de política monetária no país e para os investidores.

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