Bolsas aguardam eleições intercalares. Petróleo cede há sete sessões

Os investidores estão cautelosos quanto ao resultados das eleições desta terça-feira nos Estados Unidos. Para já, as bolsas negoceiam em baixa assim como o dólar e o petróleo. Já os juros da dívida sobem tal como o ouro.
Wall Street mercados bolsas operadores
EPA
Tiago Varzim 06 de Novembro de 2018 às 09:30

Os mercados em números

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PSI-20 desce 0,57% para 4.959,39 pontos

Stoxx 600 desliza 0,09% para 363,19 pontos

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Nikkei valorizou 1,14% para 22.147,75 pontos

Yield 10 anos de Portugal recua 0,9 pontos base para 1,893%

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Euro avança 0,13% para 1,1422 dólares

Brent tropeça 0,59% para 72,74 dólares por barril

Bolsas em baixa aguardam eleições nos EUA

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As principais praças europeias estão em baixa nesta terça-feira, 6 de Novembro. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, caminha para uma sessão negativa ao tropeçar 0,09% para os 363,19 pontos, depois de ter valorizado nas sessões anteriores. Quase todos os sectores negoceiam no vermelho.

Esta desvalorização acontece entes das eleições intercalares nos Estados Unidos cujo resultado só se saberá após o fecho das bolsas. Esta eleição é vista como um exame à presidência de Donald Trump que, apesar de não ter o seu nome no boletim de voto, também encara estas eleições como uma prova de fogo após dois anos na Casa Branca. 

Na Europa, o PSI-20 é das praças que mais perde. O índice lisboeta cede 0,57% para os 4.959,39 pontos. 

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Juros italianos sobem após Eurogrupo

No dia seguinte ao Eurogrupo ter alinhado com a Comissão Europeia pedindo um novo orçamento italiano que o executivo se recusa a entregar, os juros da dívida pública de Itália sobem ligeiramente. No prazo a dez anos, os juros agravam-se 2,3 pontos base para os 3,348%.

Os juros portugueses no mesmo prazo sobem 0,9 pontos base para os 1,893% e os juros alemães avançam 0,1 pontos base para os 0,427%. 

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Dólar em baixa em dia de intercalares

O dólar está a cair hoje, num momento em que os investidores estão a ter uma abordagem cautelosa em relação às eleições intercalares dos Estados Unidos. A divisa norte-americana tem valorizado este ano graças à dinâmica da actividade económica nos EUA e ao aumento dos juros. 

Mas o resultado destas eleições pode criar uma disrupção no dólar, antecipam os analistas à Bloomberg. Caso os democratas vençam uma das câmaras do Congresso, isso irá diminuir a probabilidade de haver mais estímulos à economia, o que prejudicará o dólar. Para já, a divisa perde 0,05% contra um cabaz de várias moedas. 

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Já o euro está a negociar ligeiramente em alta ao valorizar 0,13% para 1,1422 dólares um dia depois do Eurogrupo ter dado apoio à estratégia da Comissão Europeia face à proposta do orçamento italiano. Roma tem até à próxima semana para submeter um esboço diferente. 

Petróleo desvaloriza há sete sessões

O ouro negro está a negociar no nível mais baixo dos últimos sete meses. Tal acontece devido ao aligeirar das preocupações do lado da oferta, depois de os EUA terem dado permissão a oito Estados para continuarem a comprar crude iraniano. Estas excepções às restrições são temporárias e incluem a China, Itália, Índia, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia. 

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Nas últimas seis sessões o petróleo já perdeu 6,6%. Esta terça-feira o Brent, negociado em Londres, está a perder 0,59% para os 72,74, negociando em mínimos de Agosto. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,4% para os 62,84 dólares, acumulando sete sessões de perdas e negociando em mínimos de Abril. 

Intercalares não vão reavivar o ouro

Vai ser preciso mais do que as eleições intercalares para que o ouro recomece o seu ciclo de ganhos. Pelo menos é essa a expectativa dos gestores de fundos, incluindo Stephen Land da Franklin Templeton Investments. À Bloomberg, o gestor considera que os aumentos dos juros por parte da Reserva Federal continuarão a ofuscar a procura pelo activo de refúgio por excelência. O mês de Outubro foi positivo, o que já não acontecia desde Março. O ouro está neste momento a valorizar 0,23% para 1.234,38 dólares por onça.

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