Europa pintada de verde à espera de corte de juros da Fed
Juros da dívida aliviam na Zona Euro. Mercado já tinha incoporado corte de "rating" de França
Fed prepara-se para cortar juros e pressiona dólar. Euro sobe
Ouro fixa-se perto de recorde impulsionado por dólar mais fraco
Petróleo sobe com novos ataques a refinarias russas e pressão de Trump sobre sanções
Nasdaq e S&P 500 fixam novos máximos. Esperado corte de juros impulsiona índices
Taxa Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses
Europa negoceia em alta com Fed no horizonte
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" francesa alivia apesar de corte no rating
Dólar mantém ganhos ligeiros antes da reunião da Fed
Retirada de mais-valias faz ouro ceder
Petróleo no verde com expectativa de novas sanções à Rússia
Economia chinesa perde força e deixa Ásia dividida. Europa aponta para o verde
Europa pintada de verde à espera de corte de juros da Fed
A semana arrancou no verde para as bolsas europeias, que terminam a primeira sessão com ganhos, numa altura em que os investidores antecipam totalmente um corte de taxas de juro pela Reserva Federal na reunião desta semana. O sentimento otimista ganhou ainda mais espaço depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter voltado a insistir numa descida "ainda maior" por Jerome Powell, que anuncia a decisão do banco central esta quarta-feira.
Os investidores antecipam um corte de 25 pontos-base, mas há mesmo quem espere um de 50 pontos-base, já que se têm levantado preocupações entre o mercado se Powell irá tarde demais para devolver saúde ao mercado de trabalho norte-americano, ao mesmo tempo que a inflação sobe ligeiramente nos EUA.
Com a perspetiva de alívio, as ações mundiais têm atingido sucessivos recordes e a esperança é de que o momento de alta continue após o anúncio da Fed.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, subiu 0,42% para 557,16 pontos, imuplsionado sobretudo pelas ações da banca e serviços financeiros, que valorizaram mais de 1%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,21%, o espanhol IBEX 35 somou 0,57%, o italiano FTSEMIB valorizou 1,14%, o neerlandês AEX ganhou 1,13% e o francês CAC-40 pulou 0,92%, depois de a Fitch ter revisto em baixa a classificação da dívida francesa na sexta-feira, justificado pelo aumento da dívida pública, o aumento da polarização política e as dúvidas quanto ao Orçamento do Estado. Em contraciclo, o britânico FTSE 100 perdeu 0,07%.
A J Sainsbury subiu 3,5% após ter encerrado as negociações para vender a sua unidade de negócio Argos à gigante chinesa de e-commerce JD.
Já a Orsted caiu 1,1% após anunciar um aumento de capital com forte desconto, numa tentativa de recuperar confiança dos investidores depois de perdas nos EUA.
Fed prepara-se para cortar juros e pressiona dólar. Euro sobe
O dólar norte-americano está a recuar face às principais divisas, numa semana decisiva para os mercados, em que a Reserva Federal (Fed) se prepara, ao que tudo aponta, para cortar as taxas de juro.
O Presidente dos EUA voltou também a pressionar o presidente do banco central, Jerome Powell, para aplicar um corte "ainda maior" do que aquele que se espera, de 25 pontos-base.
"O que estamos a assistir esta segunda-feira é apenas a uma falta de convicção generalizada. Os 'traders' estão bem em ficar de braços cruzados e esperar até que o resultado da reunião do FOMC de quarta-feira seja conhecido", disse Michael Brown, analista de mercado da Pepperstone, em declarações à Reuters, que explica ainda que os investidores estão a ajustar as suas carteiras para quarta-feira, dia do anúncio da Fed.
Neste contexto, o euro sobe 0,29% para 1,1768 dólares, enquanto a "nota verde" cai 0,24% para 147,32 ienes. Já a libra cresce 0,32% para 1,3601 dólares. O índice do dólar DXY cai 0,28% para 97,28 pontos.
Os investidores vão analisar as projeções dos responsáveis da entidade monetária para as taxas e as orientações de Jerome Powell para avaliar a se o banco vai voltar a cortar juros este ano e o ritmo dessa flexibilização.
O Goldman Sachs antecipa que as declarações da Fed "reconheçam a desaceleração do mercado de trabalho", mas não esperam uma mudança na orientação ou uma indicação de corte na reunião de outubro", segundo cita a Reuters.
O mercado estará esta semana atento às decisões de política monetária no Japão, Reino Unido, Canadá e Noruega. Espera-se que tanto o Banco de Inglaterra (BoE) como o Banco do Japão (BoJ) mantenham as taxas. Os analistas vão concentrar-se nos planos do BoE de desacelerar a redução de emissão de dívida soberana e nos comentários do BoJ para avaliar a probabilidade de um aumento nas taxas até ao final do ano.
O euro parece não ter sofrido grandes alterações após a Fitch ter cortado o "rating" de França, com os analistas da Reuters a explicarem que a descida já era esperada e tinha sido incorporada pelo mercado. Embora as preocupações com a dívida e o orçamento gaulês possam pressionar a moeda única, o mercado não prevê um declínio significativo no euro, já que a resiliência da moeda europeia tem sido sustentada pelas expectativas de flexibilização da política da Reserva Federal, juntamente com perspectivas cada vez menores de novos cortes nas taxas de juro pelo Banco Central Europeu.
Juros da dívida aliviam na Zona Euro. Mercado já tinha incoporado corte de "rating" de França
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta segunda-feira, após um dia marcado por uma procura maior de obrigações dos países do bloco. A procura por ativos-refúgio deu-se também em França, apesar do corte de "rating" pela Fitch na passada sexta-feira.
Numa altura em que o país se encontra mergulhado numa nova crise política, tendo perdido o terceiro primeiro-ministro em menos de um ano, a agência de notação financeira Fitch decidiu cortar o rating da dívida soberana para A+, a quinta categoria de investimento de qualidade, com "outlook" estável.
No entanto, a descida já era esperada pelo mercado, pelo que a "yield" da dívida francesa, com maturidade a dez anos, aliviou 2,8 pontos-base para 3,477%. No entanto, foi, entre os pares europeus, a segunda que registou o recuo menos acentuado.
Já os juros das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade, e que servem de referência para a região, recuaram 2,4 pontos para 2,689%. O "spread" entre as duas dívidas chegou a ultrapassar os 80 pontos no arranque da sessão, mas acabou o dia inalterado nos 79 pontos-base.
Em Itália, a "yield" da dívida a dez anos recuou 4,7 pontos base para 3,471%, enquanto os juros das obrigações espanholas caíram 4,4 pontos para 3,241% e os das portuguesas cederam 4 pontos para 3,080%. Na sexta-feira, a Fitch também avaliou a dívida portuguesa e, ao contrário do que aconteceu com França, a agência de notação financeira aumentou o rating do país.
Fora da Zona Euro, a tendência também foi de alívio, com os juros das "Gilts" britânicas a terem recuado 3,9 pontos base para 4,631%. Na quinta-feira, o Banco de Inglaterra reúne-se para mais uma decisão de política monetária e o mercado prevê que deixe as taxas inalteradas.
Ouro fixa-se perto de recorde impulsionado por dólar mais fraco
O ouro segue a ganhar terreno esta tarde e negoceia próximo de máximos históricos, influenciado pela queda do dólar - que torna o “metal amarelo” mais barato para detentores de outras divisas -, numa altura em que os “traders” esperam que a Reserva Federal dos EUA flexibilize as taxas diretoras pela primeira vez este ano na sua reunião desta semana.
O metal amarelo avança agora 0,47%, para os 3.660,430 dólares por onça.
Os mercados estão já a dar como praticamente certo que a Fed irá anunciar uma redução de 25 pontos-base na quarta-feira, com alguns analistas ainda a esperar uma redução maior de 50 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
“As expectativas de um corte de 25 pontos-base nas taxas estão praticamente garantidas neste momento”, disse à Reuters Peter Grant, da Zaner Metals, acrescentando que poderá haver mais um ou dois cortes nas taxas antes do final do ano. O ouro, que não rende juros e é frequentemente considerado um ativo refúgio em tempos de incerteza, tende a ter um bom desempenho num ambiente de taxas de juros baixas.
O especialista acrescenta que a próxima marca a atingir no curto prazo será a dos 3.700 dólares por onça.
Dados da semana passada mostraram que os preços no consumidor nos EUA subiram em agosto ao ritmo mais rápido dos últimos sete meses, enquanto números recentes do mercado laboral apontaram para um enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano, mantendo a Fed no caminho para flexibilizar as taxas diretoras.
Petróleo sobe com novos ataques a refinarias russas e pressão de Trump sobre sanções
O petróleo continua a negociar em alta esta segunda-feira, sustentado pelos riscos de novas interrupções no abastecimento russo e pela retórica de Donald Trump a favor de sanções adicionais ao crude de Moscovo.
A esta hora, o Brent, referência europeia, avança 0,70% para 67,46 dólares e o West Texas Intermediate, referência norte-americana, soma 0,91% para 63,26 dólares.
O movimento segue-se a uma semana positiva, em que ambas as referências ganharam mais de 1%, depois da Ucrânia ter intensificado os ataques a infraestruturas energéticas russas, incluindo o terminal de exportação de Primorsk e a refinaria de Kirishi, com capacidade para processar 355 mil barris por dia, equivalente a 6,4% da produção russa.
Também Donald Trump voltou a instar os países da NATO a deixarem de comprar crude russo, reiterando que os EUA estão preparados para impor sanções mais duras caso os aliados adotem medidas semelhantes.
Apesar das tensões geopolíticas, os preços continuam limitados a uma banda entre 65 e 70 dólares desde agosto, refletindo a pressão descendente das previsões de excedente no próximo ano, depois da OPEP+ ter antecipado a retoma de parte da produção.
Nasdaq e S&P 500 fixam novos máximos. Esperado corte de juros impulsiona índices
Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam com ganhos a esta hora, impulsionados pela expectativa de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderá avançar com o primeiro corte de juros de 2025 na sua reunião desta semana, que se realiza nos dias 16 e 17 de setembro. No plano empresarial, a Tesla segue a ganhar terreno, depois de Elon Musk ter investido mil milhões de dólares para reforçar a sua posição na fabricante de carros elétricos.
O S&P 500 avança 0,37% para os 6.608,85, ultrapassando a barreira dos 6.600 pontos pela primeira vez. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,53% para os 22.257,73 - um novo recorde - e o Dow Jones sobe 0,10% para 45.880,22 pontos.
A questão principal desta semana é se a Fed irá contrariar as apostas do mercado, que preveem já uma série de cortes nas taxas diretoras que se estenderão até ao próximo ano. Analistas citados pela Bloomberg estão a apostar, na sua maioria, em reduções das taxas diretoras em cada uma das próximas três reuniões do decisor de política monetária, numa altura em que acreditam que a Fed irá procurar apoiar um mercado de trabalho em abrandamento, mesmo que a inflação permaneça acima da meta.
A decisão do banco central dos EUA não será a única em destaque esta semana. As decisões do Banco do Canadá na quarta-feira, do Banco da Inglaterra na quinta-feira e do Banco do Japão no final da semana também serão seguidas de perto. Nesta linha, os “holofotes” também estarão voltados para os próximos dados do mercado laboral norte-americano, que poderão influenciar a agressividade da flexibilização dos juros diretores por parte da Fed.
“A semana que se avizinha poderá ser agitada em termos de risco, especialmente se a Reserva Federal transmitir uma mensagem mais 'hawkish’”, disse à Bloomberg Michael Brown, do Pepperstone Group. Ainda assim, o especialista refere que continua “a ver o caminho de menor resistência como sendo o de uma subida [dos índices], com um crescimento económico e dos lucros empresariais sólido, um tom mais calmo a prevalecer no comércio e uma postura monetária mais flexível a ajudar a impulsionar [os ativos de risco]”.
Emtre os movimentos do mercado, a Tesla segue a subir mais de 7%, depois de Elon Musk ter reforçado a sua participação na fabricante de veículos elétricos, ao comprar 2,5 milhões de títulos da empresa no valor de mil milhões de dólares, de acordo com um comunicado enviado ao regulador norte-americano. O magnata fez a aquisição através de um fundo privado e detém agora mais de 413 milhões de ações da empresa – cerca de 18% do seu capital.
Já a Nvidia segue a perder terreno e recua mais de 1% esta tarde, após os reguladores chineses terem dito que a fabricante de chips violou as leis antimonopólio do país. O anúncio foi feito numa altura em que autoridades norte-americanas e chinesas se juntam para o segundo dia de negociações comerciais em Madrid.
Entre as restantes “big tech”, a Alphabet pula 2,42%, a Microsoft avança 0,034%, a Meta sobe 0,33%, a Apple ganha 1,46% e a Amazon valoriza 1,59%.
Taxa Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses
A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a sexta-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,033%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,101%) e a 12 meses (2,183%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu, ao ser fixada em 2,101%, menos 0,007 pontos do que na sexta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu, ao ser fixada em 2,183%, mais 0,016 pontos.
A Euribor a três meses também avançou, para 2,033%, mais 0,033 pontos.
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) manteve, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença em Itália.
Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.
A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa negoceia em alta com Fed no horizonte
As bolsas europeias seguem esta segunda-feira em terreno positivo, à medida que os investidores aguardam a reunião da Reserva Federal (Fed) marcada para esta semana. O índice Stoxx 600, referência para a Europa, sobe 0,35% para 556,76 pontos, apoiado sobretudo pelos setores de consumo e banca, enquanto o setor da saúde mostra sinais de fraqueza.
Entre os principais índices, o alemão DAX valoriza 0,38% para 23.788,64 pontos, o francês CAC-40 avança 0,83% para 7.890,47 pontos e o italiano FTSEMIB soma 0,61% para 42.826,24 pontos. Em Madrid, o IBEX sobe 0,20% para 15.336,80 pontos, enquanto em Londres o FTSE perde 0,08% para 9.276,09 pontos. Já em Amesterdão, o AEX acrescenta 0,31% para 911,73 pontos.
As ações europeias têm recuperado este mês apoiadas pelo otimismo de que a Fed reduza custos de financiamento a tempo de evitar uma recessão. “O otimismo cauteloso prevalece antes de uma semana crucial de decisões de bancos centrais, que deverá ver a Fed iniciar um novo ciclo de flexibilização”, comentou Geoff Yu, estratega do BNY, citado pela Bloomberg.
O CAC-40 segue em alta apesar de a Fitch ter cortado o “rating” da dívida francesa na sexta-feira, com destaque para os ganhos da banca doméstica: Société Générale soma 1,3%, enquanto BNP Paribas e Crédit Agricole avançam cerca de 0,9% cada. Entre os destaques do dia, a francesa Rubis dispara 6,7% após notícias de potenciais ofertas da CVC Capital Partners e da Trafigura, colocando a empresa no topo do Stoxx 600. Já a dinamarquesa Orsted recua até 7,6% após anunciar um aumento de capital com forte desconto, numa tentativa de recuperar confiança dos investidores depois de perdas nos EUA.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" francesa alivia apesar de corte no rating
Os juros das dívidas da Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira, com os países da Península Ibérica a registar as maiores quedas. A "yield" francesa até arrancou a sessão a agravar-se, depois de a agência de notação financeira Fitch ter reduzido o rating da dívida gaulesa, mas rapidamente passou a aliviar - embora seja, entre os pares europeus, a que regista o recuo menos acentuado.
Os juros das obrigações gaulesas a dez anos, maturidade de referência, cedem 1 ponto base para 3,494%, enquanto os da dívida alemã também a dez anos, e que servem de referência para a região, recuam 1,6 pontos para 2,697%. O "spread" entre as duas dívidas chegou a ultrapassar os 80 pontos no arranque da sessão, mas cifra-se agora nos 79,5 pontos.
Em Itália, a "yield" da dívida a dez anos alivia 2,1 pontos base para 3,496%, enquanto os juros das obrigações espanholas caem 2,4 pontos para 3,260% e os das portuguesas cedem 2,3 pontos para 3,097%. Na sexta-feira, a Fitch também avaliou a dívida portuguesa e, ao contrário do que aconteceu com França, a agência de notação financeira aumentou o rating do país.
Fora da Zona Euro, a tendência também é de alívio, com os juros das "Gilts" britânicas a recuarem 1,7 pontos base para 4,654%.
Dólar mantém ganhos ligeiros antes da reunião da Fed
O dólar avança esta segunda-feira, numa semana dominada por decisões de bancos centrais que podem marcar o rumo dos mercados. A esta hora, o Dollar Index Spot, que compara a moeda com um cabaz de divisas, sobe 0,04% para 97,59 pontos.
Segundo a Reuters, a expectativa de um corte de 25 pontos-base por parte da Reserva Federal na quarta-feira tem pesado sobre o dólar nas últimas semanas, mas os investidores aguardam também as projeções do “dot plot” e as palavras de Jerome Powell para avaliar a dimensão e o ritmo de futuros cortes. “Prevemos um corte de 25 pontos-base nesta reunião, já totalmente precificado pelo mercado”, afirmou Carol Kong, estratega cambial do Commonwealth Bank da Austrália.
No mercado cambial, o euro avança 0,07% para 1,1742 dólares, depois de a Fitch ter reduzido o “rating” de França, uma decisão que acabou por ter pouco impacto na divisa. O iene valoriza 0,19%, com o dólar a cair para 147,40 ienes, antes da reunião do Banco do Japão. Apesar de não se esperar mudanças imediatas na taxa, os analistas sublinham que apenas sinais de uma subida já no próximo mês poderiam inverter a tendência de fraqueza recente da moeda nipónica.
A libra esterlina soma 0,27% para 1,3593 dólares, enquanto o dólar perde 0,06% face ao franco suíço, para 0,7961 francos.
Retirada de mais-valias faz ouro ceder
O ouro está a negociar com ligeiras perdas esta manhã, com os investidores a aproveitarem os mais recentes máximos históricos para procederem com a retirada de mais-valias, numa semana que pode ser bastante benéfica para o metal precioso caso a Reserva Federal (Fed) retome a política de alívio monetário - interrompida desde o final de 2024.
A esta hora, o ouro recua 0,19% para 3.636,35 dólares por onça, afastando-se um pouco dos valores recorde atingidos na quinta-feira passada, quando tocou nos 3.673,95 dólares. "A perspetiva otimista permanece. No entanto, um período de consolidação ou uma pequena retração seria, sem dúvida, um resultado saudável que apoiaria as ambições do ouro de atingir níveis mais elevados no futuro", explica Tim Waterer, analista de mercados da KCM Trade, à Reuters.
Waterer considera que "o risco para o ouro esta semana passa pela Fed não ser muito clara em relação a quando novos cortes podem chegar", para além do alívio de 25 pontos base já incorporado pelo mercado. Apesar de a inflação ter atingido máximos de sete meses em agosto, o aumento já era esperado pelos analistas, que continuam a olhar para a vitalidade do mercado laboral norte-americano para fazerem as suas apostas em relação a uma redução nas taxas de juro por parte do banco central.
A reunião da Fed acontece ainda num contexto de braço de ferro com a administração Trump. O Presidente dos EUA está determinado em remover Lisa Cook da sua posição de governadora do banco central e continua a atacar Jerome Powell por estar a ser, na sua opinião, demasiado lento no alívio da política monetária.
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