Europa perde com aversão ao risco. Stoxx 600 cai mais de 1% na semana
Rússia gera receios de maior aperto no mercado. Petróleo valoriza
Ouro recupera de mínimos de duas semanas
Dólar em alta. Iene perde após decisão de política monetária do BoJ
Juros aliviam na Zona Euro
Europa abre no vermelho. Cautela domina
Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos e desce a 12 meses
Wall Street volta a arrancar com ganhos após tombo de mais de 1%
Ouro valoriza com dólar ligeiramente mais fraco
Euro na linha d'água face ao dólar
Petróleo sobe com bloqueio da Rússia a alimentar perspetiva de défice da oferta
Juros agravam-se na Zona Euro
Europa perde com fuga dos investidores ao risco. Stoxx 600 caiu mais de 1% na semana
- Europa aponta novamente para perdas. Ásia mista
- Rússia gera receios de maior aperto no mercado. Petróleo valoriza
- Ouro recupera de mínimos de duas semanas
- Dólar em alta. Iene perde após decisão de política monetária do BoJ
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa abre no vermelho. Cautela domina
- Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos e desce a 12 meses
- Wall Street volta a arrancar com ganhos após tombo de mais de 1%
- Ouro valoriza com dólar ligeiramente mais fraco
- Euro na linha d'água face ao dólar
- Petróleo sobe com bloqueio da Rússia a alimentar perspetiva de défice da oferta
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa perde com fuga dos investidores ao risco. Stoxx 600 caiu mais de 1% na semana
Os principais índices europeus estão novamente a apontar perdas esta sexta-feira, numa altura em que os investidores centrados na possibilidade de as taxas de juro de referência permanecerem em terreno restritivo durante mais tempo do que o esperado.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,2%.
Na Ásia, a sessão fez-se sem tendência definida, com a maioria dos índices a caminho da sua pior em semana em cinco, com a decisão de manter os juros inalterados, entendida como "hawkish", a pesar no sentimento dos investidores.
O mercado está ainda a avaliar a decisão do Banco de Japão de manter os juros inalterados e dar continuidade à sua política monetária "ultra-loose". Tal prejudicou o iene e levou a perdas nas cotadas nipónicas.
Na China, o dia foi de ganhos, num movimento de correção face às perdas dos últimos e com o mercado à espera de novos estímulos económicos de Pequim.
Nas praças indianas, o setor da banca e finanças valorizou depois de o JP Morgan ter revelado que ia adicionar as obrigações do país ao seu índice de referência de mercados emergentes a partir finais de junho de 2024.
Pela Ásia, na China, Xangai sobe 1,4% e em Hong Kong o Hang Seng soma 1,6%. No Japão, o Topix perde 0,3% e o Nikkei desce 0,52%. Na Coreia do Sul, o Kospi cai 0,4%.
O petróleo está a valorizar esta sexta-feira, com a negociação a ser marcada por uma decisão da Rússia de banir a exportação de gasolina e gasóleo, com o objetivo de estabilizar o mercado doméstico. Tal decisão poderá gerar ainda maior aperto no mercado, numa altura em que o mercado se tem centrado na possibilidade de uma redução na procura com o impacto da política monetária a chegar à economia. O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,58% para 90,15 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,41% para 93,68 dólares. Ambos os índices caminham para uma queda semanal, depois de terem registado um ganho de 10% nas últimas três semanas. "Daqui para a frente os investidores vão se focar na correta implementação dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e no impacto da subida das taxas de juro na procura por esta matéria-prima", previu à Bloomberg o analista Toshitaka Tazawa da Fujitomi Securities.
Tal decisão poderá gerar ainda maior aperto no mercado, numa altura em que o mercado se tem centrado na possibilidade de uma redução na procura com o impacto da política monetária a chegar à economia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,58% para 90,15 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,41% para 93,68 dólares.
Ambos os índices caminham para uma queda semanal, depois de terem registado um ganho de 10% nas últimas três semanas.
O ouro está a valorizar, depois de ter registado a maior queda em duas semanas na quinta-feira, num dia em que o mercado esteve a avaliar a decisão, entendida como "hawkish" da Reserva Federal, uma vez que taxas de juro mais altas durante mais tempo penalizam o metal que não rende juros.
O ouro sobe 0,39% para 1.927,42 dólares por onça.
O metal vai assim recuperando das perdas dos últimos dias em que foi penalizado pela possibilidade de uma nova subida de juros pela Fed ainda este ano, segundo o que indica o "dot plot" da reunião desta quarta-feira.
O dólar está a negociar em alta, com a cautela no mercado a levar os investidores para este ativo-refúgio, e caminha para a nona semana de ganhos em dez.
A divisa norte-americana soma 0,12% para 0,9391 euros, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a dez divisas rivais, avança 0,18% nos 105,5520 pontos.
Já o iene registou perdas contra o grupo de dez moedas rivais, depois de o Banco do Japão ter decidido manter a sua política monetária "ultra-loose" inalterada. Ainda assim, o BoJ afirmou que há um elevado nível de incertezas sobre os preços e a economia.
Os juros estão a aliviar esta sexta-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores nas obrigações, numa altura em que o foco se vira para os índices dos gestores de compras (PMI) na Zona Euro, relativos a setembro.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aliviam 1,7 pontos base para 3,426%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, recua 2,3 pontos base para 2,710%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo vencimento deslizam 2,1 pontos base para 4,514% e os juros da dívida espanhola cedem 1,9 pontos base para 3,773%, ao passo que os juros da dívida francesa recuam 2 pontos base para 3,253%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos alivia 2,9 pontos base para 4,263%, depois de o Banco de Inglaterra ter optado por manter as taxas de juro inalteradas na reunião desta quarta-feira.
Os principais índices europeus estão a negociar no vermelho, numa altura em que os investidores vão fugindo ao risco e optando por outro tipo de ativos como as obrigações. O foco permanece na política monetária levada a cabo pelos bancos centrais e na estimativa de que as taxas de juro irão permanecer elevadas por mais tempo do que o esperado.
O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, desce 0,37% para 452,98 pontos, com quase todos os setores no vermelho. O setor automóvel e as telecomunicações são dos que mais perdem, quase 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a empresa de classificados do eBay Adevinta sobe mais de 14%, depois de ter anunciado que recebeu uma proposta de compra de um consórcio que junta a Blackstone e a Permira.
"As ações têm negociado dentro de um patamar este ano e não vemos catalisadores daqui para a frente, dado que a economia está a resistir, mas ainda há muita falta de dinamismo que poderia levar a um maior crescimento das empresas", disse à Bloomberg o analista Francisco Simón, do Santander Asset Manager.
"A questão-chave para os mercados é durante quanto tempo vão as taxas de juro ficar mais elevada e esperamos que os bancos centrais permaneçam cautelosos", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recua 0,43%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,98%, o italiano FTSEMIB perde 0,41%, e o espanhol IBEX 35 cai 0,41%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,64%.
Em sentido contrário, o britânico FTSE 100 avança 0,1%.
A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008 e desceu a 12 meses, depois de ter atingido um novo máximo na quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,213%, menos 0,011 pontos do que na quinta-feira, dia em que subiu para 4,224%, um máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje para 4,082%, mais 0,010 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,958%, mais 0,003 pontos e um novo máximo também desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, retomando os ganhos depois de duas sessões consecutivas de perdas. Wall Street tombou depois de a Fed ter mostrado uma posição mais dura, com os decisores de política monetária a anteverem que as taxas de juro deverão manter-se elevadas durante mais tempo.
O S&P 500 sobe 0,28% para 4.342,13 pontos, depois de na quinta-feira ter caído para os níveis mais baixos desde meados de junho. O industrial Dow Jones valoriza 0,08% para 34.097,43 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,51% para 13.291,99 pontos.
Entre as principais movimentações, a Apple sobe 0,25% para 174,37 dólares no dia em que os novos modelos de iPhone e de relógios chegou às bancas. As empresas chinesas cotadas nos Estados Unidos, como a Alibaba e a Baidu, também abriram a valorizar, impulsionadas pelas notícias de que Washington e Pequim estão a constituir grupos de trabalho para debater assuntos económicos e financeiros.
Matt Maley, analista da Miller Tabak + Co, acredita que o mercado acionista "poderá ver algum alívio antes do fim-de-semana", mas, em declarações à Bloomberg, alertou que "com a 'yield" das obrigações em máximos de 15 anos, será difícil que a recuperação ganhe fôlego a partir deste momento".
O ouro está a valorizar depois de, na quinta-feira, ter registado a maior queda em duas semanas, pressionado por uma posição mais dura da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O banco central sinalizou que deverá voltar a subir os juros mais uma vez este ano e que o próximo ano trará menos cortes do que o previsto em junho.
O metal amarelo está a beneficiar de um dólar ligeiramente mais fraco, estando a somar 0,4% para 1.927,67 dólares por onça. Ainda assim, o ouro está a caminho de terminar a semana com uma perda ligeira. Já o paládio cede 0,07% para 1.266,40 dólares e a platina sobe 1,48% para 935,63 dólares.
O euro está a negociar na linha d'água face à divisa norte-americana, num dia em que foi conhecido que a atividade da Zona Euro contraiu em setembro pelo quarto mês consecutivo. Ainda assim, o indicador melhorou ligeiramente face a agosto.
A moeda única europeia perde 0,01% para 1,0660 dólares.
Também o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a dez divisas rivais, negoceia na linha d'água, estando a subir 0,04% para 105,406 pontos. O dólar perdeu alguma força esta sexta-feira, depois de nos últimos dias ter subido à boleia das perspetivas de que a política monetária irá manter-se restrita durante mais tempo.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, ainda a serem sustentados pelo bloqueio da Rússia à venda de combustível – o que ofusca os receios de uma menor procura devido à subida dos juros diretores por parte dos bancos centrais.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,03% para 90,55 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,73% para 93,98 dólares.
A Rússia proibiu ontem, temporariamente, as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora do círculo de quatro ex-Estados soviéticos, com efeito imediato, de modo a estabilizar o mercado doméstico. A decisão desviou as atenções dos reveses económicos no Ocidente – que voltaram a focar-se na menor oferta de crude até ao final de 2023.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, num dia em que também as principais bolsas europeias fecharam com perdas. O agravamento dos juros significa uma menor aposta dos investidores na dívida soberana, o que indica que estes estão a priveligiar outros ativos.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos anos agravaram-se 1,5 pontos base para 3,459%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo subiram 0,3 pontos base para 2,735%.
A rendibilidade dos juros da dívida soberana italiana aumentou 4,5 pontos base para 4,580%, os juros da dívida francesa subiram 1 ponto base para 3,283% e os juros da dívida espanhola agravaram-se 1,3 pontos base para 3,805%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 5,2 pontos base para 4,240%, um dia depois de o Banco de Inglaterra ter optado por manter as taxas de juro inalteradas pela primeira vez em quase dois anos. O banco central britânico manteve as taxas de juro de referência inalteradas em 5,25%.
Uma maior aversão ao risco ditou perdas nas principais bolsas europeias esta sexta-feira, tendo apenas o britânico FTSE 100 e o índice lisboeta fechado com ganhos. A penalizar o apetite dos investidores pelo risco estão as perspetivas da Reserva Federal (Fed) dos EUA de que os juros irão permanecer em níveis elevados durante mais tempo do que o anteriormente previsto.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, perdeu 0,31% para 453,26 pontos e rematou a semana com uma queda de 1,88%. Trata-se da desvalorização mais expressiva desde finais de agosto.
Dos 20 setores que compõem o índice, o das utilities (água, luz e gás) foi o que mais deslizou (0,91%), enquanto o da tecnologia foi o que mais valorizou (0,75%).
Entre as principais movimentações, o ING Groep e o ABN AMRO perderam durante a sessão depois de a maioria do parlamento neerlandês ter aprovado a proposta para aumentas os impostos sobre os bancos. A proposta tem ainda de receber luz verde do Senado, mas foi o suficiente para colocar algumas das principais instituições do país a desvalorizar. O ING Groep deslizou 6,35% para 12,332 euros e o ABN AMRO recuou 4,47% para 13,05 euros.
Já a norueguesa Adevinta valorizou 26,53% depois de ter revelado que recebeu uma proposta de aquisição por parte de um consórcio que inclui a gestora de ativos Blackstone e a Permira.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 cedeu 0,09%, o francês CAC-40 recuou 0,4%, o italiano FTSE Mib perdeu 0,46%, o espanhol Ibex 35 caiu 0,49% e o AEX, em Amesterdão, deslizou 0,22%.
Já o britânico FTSE 100 somou 0,07%, num dia em que a libra teve um pior desempenho e em que a AstraZeneca deu um contributo positivo ao índice, após ter sido conhecido que um dos seus medicamentos experimentais retardou o avanço de um dos mais comuns cancros da mama num dos últimos ensaios clínicos.
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