Bolsas prolongam ganhos em dia de recordes nos EUA. Juros em queda
Os mercados em números
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PSI-20 subiu 0,07% para 4.441,67 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,23% para 341,02 pontos
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S&P 500 desce 0,10% para 2.196,07 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 8,3 pontos base para 3,628%
Euro desce 0,15% para 1,0613 dólares
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Petróleo cai 0,31% para 48,75 dólares por barril, em Londres
Mineiras dão energia às bolsas
As principais praças europeias marcaram mais uma sessão de ganhos, com o índice europeu a subir para máximos de um mês, enquanto os índices norte-americanos continuam a negociar em recordes. O Stoxx 600 avançou 0,23% para 341,02 pontos, num dia em que as acções do sector mineiro e da energia se destacaram. As mineiras Anglo American e BHP Billiton registaram valorizações superiores a 4%, sustentadas pela subida dos preços das matérias-primas. Também em alta estiveram as acções das petrolíferas, com ganhos superiores a 1%, perante o optimismo em torno de uma possível acordo para cortar produção na próxima semana.
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O índice PSI-20 acompanhou os ganhos das congéneres europeias, ainda que tenha subido menos. Valorizou 0,07%, numa sessão marcada pelos ganhos das papeleiras. A Altri subiu 3,16% para 3,456 euros, enquanto a Navigator ganhou 1,89% para 2,748 euros e a Semapa, empresa que controla a papeleira, ganhou 3,12% para 12,225 euros. A sustentar os ganhos do sector continua a subida do dólar, um movimento que beneficia as receitas das empresas, uma vez que são em dólares.
Euribor renovam mínimos históricos
As taxas Euribor desceram hoje a três, seis, nove e 12 meses para novos mínimos de sempre em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, desceu hoje para -0,313%, menos pontos base do que na segunda-feira e actual mínimo histórico registado pela primeira vez em 19 de Outubro. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,220%, menos pontos base do que na segunda-feira e um novo mínimo de sempre. A taxa a seis meses desceu pela quarta sessão, estando a ser pressionada pela renovada expectativa de reforço e prolongamento dos estímulos de política monetária por parte do Banco Central Europeu.
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Juros corrigem em véspera de leilão
A taxa de juro a dez anos de Portugal esteve a recuar pela segunda sessão consecutiva. A "yield" baixou 8,3 pontos base para 3,628%, com os juros a corrigirem em todos os prazos, depois de várias sessões marcadas pelo agravamento do prémio de risco do país. O "spread" face à dívida alemã caiu para 340, 7 pontos. Esta correcção ocorre na véspera do Tesouro português ir ao mercado para colocar dívida a cinco anos, naquele que será o último leilão de dívida do ano.
A marcar a negociação esta terça-feira, 22 de Novembro, está ainda o anúncio inesperado do reembolso ao Fundo Monetário Internacional. Portugal pagou dois mil milhões de euros da verba recebida no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. Tendo em consideração que as taxas de juro associadas a estas verbas rondam os 4%, "estamos a poupar cerca de 80 milhões de euros por ano", em juros, em termos brutos, adiantou o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Mourinho Félix.
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Dólar prolonga ganhos
Depois de na última sessão ter interrompido a maior série de quedas de sempre face ao dólar, o euro está de regresso às quedas. A moeda única cede 0,15% para 1,0613 dólares, na véspera de ser divulgado as minutas relativas à última reunião da Reserva Federal dos EUA. O documento deverá reiterar a intenção da instituição subir juros em Dezembro, uma probabilidade que já está a ser descontada pelos mercados.
Petróleo não segura ganhos
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Os preços do petróleo continuam a oscilar ao sabor da especulação em torno de um acordo para cortar produção. O ouro negro chegou a aproximar-se da barreira dos 50 dólares por barril pela primeira vez em um mês, mas acabou por inverter para terreno negativo. A matéria-prima segue a 1,02% para 47,75 dólares por barril, no mercado nova-iorquino, enquanto o Brent cai 0,31% para 48,75 dólares em Londres. Vários responsáveis de países exportadores têm realizado declarações em que se mostram optimistas em relação à capacidade para alcançar um entendimento para implementar o acordo fechado na reunião de Setembro. No entanto, os investidores mostram-se desconfiados.
Trumpnomics coloca cobre em máximos de 16 meses
Os preços dos metais seguem a somar ganhos nos mercados, com o cobre a negociar em máximos de 16 meses, sustentados pela expectativa que o programa de Donald Trump promova um maior investimento em infra-estruturas. O metal industrial avança 0,7% para 2,5460 dólares por libra-peso, no mercado de Nova Iorque. A animar a negociação está ainda uma nota de investimento do Goldman Sachs, onde o gigante norte-americano recomenda pela primeira vez em quatro anos a aposta em matérias-primas.
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