"Suspensão" da crise catalã suporta bolsas e juros da Ibéria. Euro sobe
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,56% para 5.439,32 pontos
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Stoxx 600 ficou estável em 390,15 pontos
S&P 500 estável em 2.550,62 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 5,5 pontos-base para 2,337%
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Euro sobe 0,31% para 1,1845 dólares
Petróleo cai 0,62% para 56,26 dólares por barril, em Londres
Bolsas mistas antes das minutas
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As principais praças europeias terminaram a sessão desta quarta-feira mistas. Num dia de fortes ganhos em Madrid, o índice europeu Stoxx 600 encerrou estável, com os investidores a aguardarem a divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal dos EUA. O documento é relativo ao encontro em que o banco central norte-americano anunciou o início da redução do balanço, a partir de Outubro, e poderá deixar novas indicações sobre uma nova mexida nos juros.
Entre as bolsas europeias, a praça de Madrid esteve em destaque. O Ibex-35 subiu 1,34%, depois das autoridades catalãs terem aberto a porta ao diálogo com Madrid. O presidente do governo autonómico da Catalunha confirmou, esta terça-feira, que será aprovada uma declaração unilateral de independência, mas pediu ao parlamento catalão para suspender os efeitos da mesma para permitir diálogo com Madrid. Um anúncio que trouxe algum alívio para as acções da região. Já as bolsas britânica e francesa fecharam em queda ligeira, enquanto o alemão Dax somou 0,17%.
Em Lisboa, o PSI-20 ganhou 0,56%, suportado pela valorização do BCP. O banco liderado por Nuno Amado somou 2,07% para 0,2465 euros, a acompanhar a tendência positiva da banca espanhola. Em destaque esteve a Pharol. A empresa disparou mais de 7%, no dia em que se espera que a Pharol anuncie o plano para reduzir dívida com aumento de capital.
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Juros corrigem em dia de leilão
Os juros da República Portuguesa estiveram a aliviar esta quarta-feira, 11 de Outubro. A taxa de referência a dez anos caiu 5,5 pontos base para 2,337%, a seguir a descida das "yields" europeias, após os últimos desenvolvimentos na Catalunha. Esta correcção ocorre no dia em Portugal foi ao mercado com uma dupla emissão de dívida de longo prazo.
O IGCP, o instituto que gere a dívida portuguesa, colocou 500 milhões de euros em obrigações a cinco anos com uma ‘yield’ de 0,916%, que compara com a emissão de Junho, em que a taxa foi de 1,198%. Na emissão a dez anos, o IGCP colocou 750 milhões de euros com um juro de 2,327%. Esta yield é inferior aos 2,785% da anterior emissão comparável (Setembro), sendo a mais baixa, neste prazo, desde Fevereiro de 2015, altura em que Portugal pagou juros de 2,041% para se financiar a dez anos. Na emissão a cinco anos a procura superou a oferta em 2,65 vezes e na operação a dez anos a procura foi 1,96 vezes superior.
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Euribor estáveis
As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis, nove e 12 meses em relação a terça-feira. A Euribor a três meses manteve-se pela sexta sessão consecutiva em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. A taxa Euribor a seis meses também se manteve, ao ser fixada em -0,274%. A nove meses, a Euribor foi fixada de novo em -0,221%, contra o novo mínimo de sempre, de -0,222%, verificado em 09 de Outubro. No prazo de 12 meses, a taxa permaneceu em -0,181%.
Euro ganha terreno antes das minutas
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Num momento em que os investidores aguardam a divulgação das minutas da Fed, relativas à reunião de Setembro, o euro segue a valorizar face ao dólar. A moeda única europeia valoriza 0,31% para 1,1845 dólares, com a divisa a beneficiar com o atenuar da tensão na Catalunha, depois dolíder do Governo catalão (Generalitat) ter suspendido por algumas semanas a independência, de forma a abrir espaço ao diálogo com Madrid.
OPEP não segura o petróleo
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar nos mercados internacionais, apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter melhorado as suas estimativas para a procura de crude. O WTI, negociado em Nova Iorque, desce 0,39% para 50,72 dólares por barril, enquanto o Brent, em Lndres, cai 0,62% para 56,26 dólares.
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No seu relatório mensal, o cartel adiantou que o mercado petrolífero pode ser suportado no inverno pelos baixos níveis de stock de produtos destilados e prevê que o tempo frio impulsione a procura por energia para aquecimento. A organização prevê, assim, um aumento da procura e refere que o corte de produção acordado pela OPEP já está a ter efeitos na oferta.
Ouro corrige de máximos de duas semanas
Os preços do metal precioso seguem a desvalorizar. Depois de na sessão anterior os preços terem estado a negociar no valor mais elevado em duas semanas, o ouro desliza 0,1% para 1.292,20 dólares por onça, perante a expectativa que as minutas da Fed possam apontar para mais uma subida de juros em 2017.
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