Europa fecha em alta com expectativas de acordo comercial entre UE e EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
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Europa fecha em alta com expectativas de acordo comercial entre UE e EUA
Os principais índices europeus fecharam a semana em alta, impulsionados pelo otimismo de que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) poderão chegar a algum tipo de acordo comercial nas próximas semanas.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganhou 1,14% para os 543,63 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avançou 1,62%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,11%, o italiano FTSEMIB somou 0,99%, o francês CAC-40 pulou 1,78%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,72% e o holandês AEX subiu 1,04%.
No plano comercial, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse perante os líderes da UE reunidos no Conselho Europeu que acredita num entendimento entre o bloco dos 27 e os EUA antes do prazo de 9 de julho, avançou a Bloomberg.
Além disso, também os comentários do secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que afirmou que os EUA e a China tinham finalizado um acordo comercial, serviu de catalisador para os mercados bolsistas.
A apenas uma sessão de terminar o primeiro semestre, o principal índice europeu avançou cerca de 7% até agora, superando os pares norte-americanos. E à medida que a primeira metade do ano se aproxima do fim, os investidores irão estar à procura de novos catalisadores para prolongar a recente recuperação dos índices.
Um resultado positivo nas negociações comerciais com os EUA poderá oferecer isso mesmo, embora Von der Leyen tenha dito que a UE está pronta para qualquer cenário, incluindo um eventual fracasso nas negociações.
Entretanto, dados preliminares mostraram que a inflação acelerou em França e em Espanha, mas o aumento registado não deverá ser suficiente para preocupar os responsáveis do Banco Central Europeu, que se mantêm otimistas quanto à meta de 2% de inflação para este ano.
Entre os setores, o automóvel (+4,10%) registou a maior subida – beneficiando de um potencial acordo comercial entre a UE e os EUA -, seguido do setor da construção (+1,94%). A destoar deste cenário estiveram as “utilities” (água,luz, gás), o único setor que perdeu terreno, tendo desvalorizado 0,18%.
Quanto aos movimentos do mercado, a Knorr-Bremse - fabricante alemã de sistemas de travagem para veículos - caiu mais de 2% depois de o Citigroup e o JPMorgan terem baixado a classificação da empresa. Já a Schneider Electric disparou mais de 6% depois de ter reiterado o “guidance” para o conjunto do ano.
Juros agravam-se em toda a linha na Zona Euro com investidores a apostarem em ativos de risco
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta sexta-feira, num dia em que os investidores reforçaram as apostas em ativos de risco, com os índices do Velho Continente a ser impulsionados por esperanças de um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 0,9 pontos-base, para 3,031%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 1,4 pontos, para 3,221%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 1,7 pontos-base para 3,262%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 2,1 pontos para 2,587%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e agravaram-se em 3,2 pontos-base para 4,502%.
Dólar negoceia de forma volátil. Euro continua em máximos de mais de 3 anos
O dólar segue a reduzir ligeiramente as perdas registadas durante esta manhã. Ainda assim, continua a prolongar as perdas face ao euro, continuando a negociar em mínimos de cerca de três anos e meio. Os investidores reforçam apostas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana irá reduzir as taxas mais vezes e possivelmente mais cedo do que o esperado anteriormente, à medida que dados dos EUA apontam para um enfraquecimento da economia.
Um relatório conhecido esta sexta-feira mostrou que os gastos dos consumidores da maior economia mundial caíram inesperadamente em maio, enquanto os aumentos mensais da inflação permaneceram moderados.
O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – avança a esta hora 0,14% para os 97,284 pontos.
Um relatório semanal sobre o emprego, publicado na quinta-feira, mostrou que os pedidos de subsídio de desemprego continuaram a subir para o nível mais elevado desde novembro de 2021, enquanto os valores do PIB para o primeiro trimestre refletiram uma descida acentuada dos gastos dos consumidores.
“Alguns dos dados que recebemos não foram particularmente bons nos últimos dias”, disse à Reuters Lou Brien, da DRW Trading.
O testemunho do presidente da Fed, Jerome Powell, ao Congresso dos EUA esta semana foi interpretado como “dovish” depois de o presidente do banco central norte-americano ter dito que os cortes nas taxas são prováveis se a inflação não aumentar neste verão devido à política comercial norte-americana.
A esta hora, a divisa nipónica segue a recuar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” valoriza 0,25% para os 144,780 ienes.
Por cá, o euro segue a ganhar terreno, depois de dados preliminares terem mostrado que a inflação em França subiu mais do que o esperado em junho, enquanto a taxa de inflação anual harmonizada da UE em Espanha subiu de 2% em maio para 2,2% em junho de 2025, segundo estimativas preliminares.
Por cá, a “moeda única” ganha 0,14% para 1,172 dólares, enquanto a libra negoceia com perdas de 0,11% para os 1,372 dólares.
Petróleo volta às perdas e caminha para pior semana desde março de 2023
Os preços do petróleo voltaram ao vermelho esta sexta-feira depois da recente recuperação, acumulando ainda perdas significativas na semana, com o West Texas Intermediate (WTI) a recuar 0,03% para 65,22 dólares por barril e o Brent a descer 0,24% para 67,57 dólares.
A trégua entre o Irão e Israel continua a pressionar os preços, com o mercado a eliminar praticamente todo o prémio de risco associado ao conflito. “Voltámos a um mercado movido por fundamentos”, afirma Janiv Shah, analista da Rystad Energy, sublinhando que os investidores estão agora focados na reunião da OPEP+, a 6 de julho, onde é esperado um novo aumento de produção de 411 mil barris por dia.
O petróleo registou uma queda semanal que ronda os 12%, a maior desde março de 2023. No entanto, os preços encontram algum suporte nas descidas dos inventários de destilados médios e nos dados da Administração de Informação de Energia dos EUA, que apontaram para uma queda nas reservas e aumento da procura.
Outro fator relevante é o aumento das importações chinesas de petróleo iraniano, que atingiram um recorde de 1,8 milhões de barris por dia nas primeiras três semanas de junho, impulsionadas pela procura das refinarias independentes.
Em Portugal, os preços dos combustíveis vão refletir esta queda do crude, com descidas já previstas para a próxima semana: o gasóleo deverá recuar cerca de quatro cêntimos por litro e a gasolina cerca de três cêntimos. Ainda assim, estas reduções não anulam os aumentos acumulados nas últimas semanas.
Ouro em queda para mínimos de junho com redução da procura por ativos de refúgio
O ouro continua a desvalorizar e atinge os valores mais baixos em um mês. Esta sexta-feira, o metal precioso regista uma descida de 1,56% para 3.276,02 dólares a onça. A pressão sobre o metal ouro tem vindo a intensificar-se com o apaziguamento das tensões geopolíticas no Médio Oriente e o avanço das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Desde o início da semana, que “este clima de maior apetite pelo risco impulsionou os principais índices bolsistas para máximos históricos, ao mesmo tempo que reduziu a procura por ativos de refúgio, como o ouro”, comenta Ricardo Evangelista, diretor-executivo da ActivTrades Europe.
A expectativa em torno dos dados do Índice de Despesas com o Consumo Pessoal nos EUA, que serão divulgados ainda hoje, também pesa nas decisões dos investidores. O indicador é a métrica de inflação “preferida da Reserva Federal”, e qualquer surpresa significativa poderá reconfigurar as previsões sobre a trajetória dos juros, com impacto direto no dólar e, por arrasto, nos preços do ouro, dada a correlação inversa entre os dois ativos.
Na quinta-feira, o mercado registou uma preferência pela platina e pelo paládio, que atingiram os valores mais altos em quase onze anos e desde outubro de 2024, respetivamente. Contudo, a esta hora, a platina regista uma descida de 5,30% para 1.346,69 dólares por onça e o paládio desce 0,83% para 1.126,65 dólares a onça.
Wall Street negoceia em máximos. Nike dispara mais de 15%
Os principais índices norte-americanos negoceiam a esta hora em alta, suportados por sinais de que a inflação nos EUA permanece moderada, o que reforça a aposta de novos cortes nas taxas de referência da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Além disso, os avanços dos índices para perto de máximos históricos dão-se na esperança de que os EUA estejam a aproximar-se de acordos definitivos com os seus principais parceiros comerciais, no que toca às tarifas.
O S&P 500 avança 0,27% para os 6.157,42 pontos, superando o último recorde de 19 de fevereiro e atingindo um novo máximo histórico. Também o Nasdaq Composite segue a superar máximos históricos e soma 0,35% para 20.238,16 pontos. Já o Dow Jones ganha 0,38% para 43.553,13 pontos, negociando ainda abaixo do seu último recorde.
Os mercados continuam a projetar pelo menos dois cortes nas taxas diretoras até ao final deste ano. As apostas numa terceira redução poderão ganhar força caso o relatório do emprego revelado na próxima quinta-feira for fraco.
Dados económicos do lado de lá do Atlântico revelaram que as despesas de consumo dos EUA registaram no mês de maio o maior declínio desde o início do ano. Embora o índice subjacente das despesas de consumo pessoal (core PCE, na sigla em inglês) tenha aumentado 0,2% - ligeiramente mais do que o esperado - os dados já conhecidos deverão permitir à Fed retomar a flexibilização das taxas no segundo semestre deste ano.
“Juntamente com a desaceleração dos rendimentos e dos gastos das famílias, a inflação PCE de maio permaneceu perto o suficiente da meta de 2% da Fed para manter vivas as esperanças de um corte precoce das taxas”, disse à Bloomberg Gary Schlossberg, do Wells Fargo Investment Institute.
Schlossberg observou ainda que é mais provável que uma “janela de oportunidade” se abra numa das três últimas reuniões de política monetária do ano, quando o impacto dos aumentos tarifários na inflação se tornar mais claro.
No plano comercial, a administração Trump poderá “assinar” cerca de uma dúzia de acordos comerciais e “fechar” o capítulo das tarifas recíprocas até ao dia 1 de setembro, disse o Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, à Fox Business. Nesta linha, e para além do acordo já assinado com a China, o Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que um acordo comercial “muito grande” poderia ser assinado em breve, abrindo o mercado indiano às empresas norte-americanas.
Entre os movimentos do mercado, a Nike dispara a esta hora mais de 15%, depois de a empresa de vestuário desportivo ter dito que o declínio das vendas ao longo do ano está a começar a diminuir, o que sugere que as medidas estratégicas do novo diretor executivo Elliott Hill estão a dar frutos.
Quanto às “big tech”, a Nvidia sobe 0,87%, negociando em novos máximos acima dos 156 dólares por ação. Já a Alphabet sobe 0,30%, a Amazon valoriza 1,47%, a Microsoft cede 0,056%, a Meta soma 0,59% e a Apple avança 0,51%.
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, mas manteve-se acima de 2% nos dois prazos mais longos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 1,939%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,062%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,036%, menos 0,001 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou, ao ser fixada em 2,062%, menos 0,011 pontos do que na quinta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, baixou hoje, para 1,939%, menos 0,041 pontos que na quinta-feira e um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.
Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).
A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa animada com acordo comercial na mira
As bolsas europeias seguem em alta na última sessão da semana, animadas pelas declarações do secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, de que Washington tem planos para fechar acordos com dez dos principais parceiros comerciais. As palavras de Lutnick, e a assinatura do acordo entre EUA e China, estão a gerar otimismo entre os investidores no Velho Continente.
O Stoxx600, índice pan-europeu, avança 0,9%, para os 542,34 pontos, com todos os setores em alta.
A maior subida entre as principais praças da Europa Ocidental pertence a Paris, onde o CAC-40 ganha 1,19%. O alemão DAX30 sobe 0,95%, enquantro em Amesterdão o AEX valoriza 0,78%.
O londrino FTSE100 avança 0,44%, o espanhol IBEX-35 sobe 0,67% e o italiano FTSEMib valoriza 0,33%. Por cá, o PSI ganha 0,52%, para os 7.469,97 pontos.
Entre os principais movimentos do mercado, a Adidas e a Puma sobem 3,77% e 4,48%, respetivamente, depois de ontem a rival norte-americana Nike ter apresentado receitas trimestrais acima do esperado.
A aceleração da inflação este mês em Espanha e França não é vista como suficiente para que possa preocupar o Banco Central Europeu (BCE) e levar a uma mudança nos planos da instituição liderada por Christine Lagarde no que toca às taxas de juro de referência.
Juros das dívidas soberanas sobem na Zona Euro com investidores atentos a política monetária
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam esta sexta-feira um agravamento em toda a linha, refletindo a reavaliação das expectativas dos investidores face à trajetória da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e à evolução da economia global.
Em Portugal, a taxa de juro das obrigações a dez anos avança 1,8 pontos base para 3,040%. Em Espanha, a rendibilidade sobe 1,4 pontos-base, para 3,221%. França regista um aumento de 1,2 pontos-base, fixando a taxa nos 3,258%, enquanto em Itália os juros sobem 1,7 pontos-base para 3,466%. Já na Alemanha, os juros das “bunds” avançam um ponto base, para 2,576%.
Fora da Zona Euro, também se verifica um ligeiro agravamento. No Reino Unido, os juros da dívida a dez anos sobem 0,2 pontos base, para 4,472%.
Euro avança e mercado já aponta a fasquia de 1,2 dólares
A moeda única europeia continua a ganhar terreno perante a rival do outro lado do Atlântico e as opções de futuros do par aponta para que cada vez mais traders já apostem que o euro atinja a fasquia dos 1,2 dólares.
A convição crescente de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA irá cortar as taxas diretoras, reforçada após ontem a quebra do PIB norte-americano no primeiro trimestre ter sido revista de 0,2% para 0,5%, está a enfraquecer a nota verde.
O euro valoriza 0,13%, para os 1,1716 dólares, mantendo-se próximo dos máximos de mais de três anos registados ontem.
A moeda única europeia avança igualmente perante a contraparte nipónica, com uma subida de 0,18% até aos 169,2900 ienes, e sobe ligeiramente (0,04%) em relação à divisa britânica, negociando nas 0,8526 libras esterlinas.
Petróleo a caminho da maior queda semanal em dois anos apesar de ligeira recuperação
Os preços do petróleo mantêm uma recuperação ligeira esta sexta-feira, mas caminham para a maior queda semanal desde março de 2023, à medida que desaparece o prémio de risco associado ao conflito entre o Irão e Israel.
O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, avança 0,72% para 65,71 dólares por barril, enquanto o Brent, referência na Europa, sobe igualmente 0,72%, para 68,22 dólares.
De acordo com a Reuters, ambos os contratos acumulam uma perda semanal próxima dos 12%, voltando aos níveis registados antes dos ataques israelitas, a 13 de junho. Após o cessar-fogo, anunciado na terça-feira por Donald Trump, os receios de disrupções no fornecimento foram aliviados, num mercado já considerado sobreabastecido.
A ligeira valorização no final da semana foi apoiada por dados oficiais norte-americanos, que revelaram uma redução inesperada nos inventários de crude e derivados na última semana, acompanhada por um aumento na atividade de refinação e na procura interna. “O mercado começa a digerir o facto de que os inventários estão, de repente, bastante apertados”, comentou Phil Flynn, analista sénior da Price Futures Group.
A atenção dos investidores vira-se agora para as negociações comerciais entre os EUA e a China, depois do secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, ter revelado um entendimento, assinado esta semana, que inclui entregas de terras raras por parte de Pequim. Também em foco está a próxima reunião da OPEP+, agendada para 6 de julho, que poderá decidir um novo aumento das quotas de produção.
Ouro enfraquece com acordo entre EUA e China
A esta hora, o ouro cede 1,23% para 3.287,03 dólares a onça. Esta é a segunda perda semanal consecutiva do metal precioso, que tem vindo a perder tração desde o início do cessar-fogo entre Israel e o Irão. Agora, com o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, a procura por ativos seguros volta a enfraquecer.
De acordo com Soni Kumari, estratega de "commodities" do ANZ, “o mercado está bastante otimista em relação aos ativos de risco, o que pesa sobre os preços do ouro”. A estabilização da situação geopolítica e o acordo comercial assinado entre os EUA e a China diminuíram a incerteza do mercado, o que faz com que os preços caiam ainda mais, comentou Kumari.
Na quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram que chegaram a acordo com a China. De acordo com o secretário do Comércio, o acordo prevê a entrega pelos chineses de terras raras aos EUA, retirando várias das contramedidas impostas.
A platina, que no dia de ontem atingiu o seu valor mais alto em quase onze anos, perde 2,34% para 1.388,90 dólares a onça. A esta hora, o paládio sobe 0,69% para 1.143,96 dólares a onça, o maior valor desde outubro de 2024.
Acordo entre EUA e China anima Japão e Europa. Queda nos lucros empresariais penaliza China
As bolsas asiáticas terminaram a última sessão da semana em terreno misto, com as ações chinesas a derrapar. A subida registada nas praças japonesas foi suficiente para que o índice MSCI Ásia-Pacífico, que agrega as principais praças do mundo, tenha tocado máximos de setembro de 2021, ao subir 0,7% para 204,45 pontos.
A razão para o otimismo controlado está no acordo comercial entre os EUA e a China, que foi assinado esta quinta-feira pelas duas partes, anunciou o secretário do comércio norte-americano, Howard Lutnick. Além disso, o Tesouro firmou um acordo com os aliados do G7 em que excluirá as empresas norte-americanas de alguns impostos aplicados por outros países, em troca da eliminação da proposta de “imposto de vingança” da lei fiscal do Presidente Donald Trump.
Os dados da economia norte-americana aumentaram a crença do mercado de que a Reserva Federal dos EUA deverá cortar as taxas de juro. Os analistas falam de uma longa lista de notícias positivas para os mercados financeiros, que se aliam "ao tema da inteligência artificial, que recuperou o ímpeto. Assim, as ações parecem estar a escalar o muro das preocupações", disse Chetan Seth, estratega da Nomura, à Bloomberg. Também hoje os investidores estarão atentos ao índice de preços das despesas pessoais de consumo (PCE) – conhecido como o indicador de inflação preferido da Fed e decisivo para a definição do rumo da política monetária e das taxas de juro.
Esta sexta-feira, o iene flutuou depois de a inflação em Tóquio ter abrandado pela primeira vez em quatro meses. Na China, as empresas industriais viram os seus lucros cair acentuadamente em maio, ilustrando a fraqueza de uma economia pressionada pelo aumento das tarifas dos EUA e a pressão deflacionária persistente.
As ações da Xiaomi chegaram a disparar 8% para máximos históricos depois de ter revelado um elevado número de encomendas do seu segundo automóvel elétrico.
Assim, na China, o Shanghai Composite cedeu 0,7% e o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 0,4%. No Japão, o Topix saltou 1,2% e o Nikkei saltou 1,4%.
Os futuros das ações europeias apontaram para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a subir 0,5%. Hoje a Comissão Europeia divulga os dados da confiança das empresas e famílias referentes a junho. Em maio, os indicadores recuperaram, com uma subida de um ponto depois de dois meses de quedas, embora tenham continuado abaixo da média de longo prazo.
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