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Ao minuto22.07.2025

Europa sem rumo em dia de resultados empresariais mistos. Lindt recua 7%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

wall street bolsa mercados traders
wall street bolsa mercados traders Richard Drew/AP
22 de Julho de 2025 às 17:59
22.07.2025

Europa sem rumo em dia de resultados empresariais mistos. Lindt recua 7%

Os principais índices europeus fecharam mais uma sessão sem rumo definido, com os investidores a avaliaram os resultados trimestrais de algumas cotadas do bloco enquanto esperam por mais desenvolvimento das negociações comerciais entre Bruxelas e Washington.

O índice que agrega as principais praças europeias, o Stoxx 600, caiu 0,41% para 544,34 pontos, pressionado sobretudo pelos setores automóvel e tecnológico, que registaram quedas perto de 1,5%. 

As empresas do bloco europeu mais expostas às tarifas dos EUA têm sofrido fortes quebras nos lucros desde março, quando os analistas começaram a avaliar o impacto de pelo menos 10% das taxas em todos os setores. Em contrapartida, as ações dos negócios orientados para o mercado interno registaram uma subida das estimativas nos últimos três meses. A Europa e os EUA ainda não conseguiram um avanço decisivo num acordo comercial, o que tem pesado no sentimento do mercado europeu.

"Se essa tarifa de 30% (dos EUA) for implementada, seguida por potenciais contramedidas da União Europeia, isto vai prejudicar significativamente as perspetivas de crescimento da Zona Euro, uma região onde o crescimento já está numa posição muito frágil", disse Fiona Cincotta, analista da City Index, em declarações à Reuters.

Assim, o foco voltou-se para a "earnings season". A Lindt & Spruengli cedeu cerca de 7%, depois de a empresa ter vendido menos nos seus mercados principais, na sequência de um aumento de preços para contrariar a subida dos custos do cacau. 

A Sartorius, uma empresa alemã que fabrica equipamentos farmacêuticos e de laboratório, caiu 5,36% apesar da subida de 6% nas vendas. No entanto, os analistas do Morgan Stanley referiram que a perspetiva das encomendas para o trimestre era “pouco clara”. 

O britânico Compass Group subiu mais de 5% depois de comprado a empresa europeia de serviços alimentícios Vermaat, num acordo de 1,5 mil milhões de euros. A empresa aumentou ainda a sua previsão de receitas para o resto do ano.

Os investidores irão reagir amanhã aos resultados da gigante alemã SAP, a mais valiosa do Velho Continente, cujas contas serão reveladas ao final do dia de hoje. 

 “No que diz respeito à época de resultados, é um pouco cedo para tirar conclusões”, disse Eric Bleines, gestor de fundos da Swisslife Gestion Privée, à Bloomberg. “A principal diferença entre os EUA e a Europa em termos de dinâmica é a tecnologia, que está a impulsionar o S&P e o Nasdaq”, explicou.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perdeu 1,1%, a maior queda diária em mais de dois meses. O italiano FTSEMIB fechou inalterado, enquanto o francês CAC-40 caiu 0,69% e o holandês AEX registou perdas de 0,8%. Em contraciclo, o britânico FTSE 100 subiu 0,12% e o espanhol IBEX 35 valorizou 0,07%.

22.07.2025

Investidores continuam a procurar obrigações e juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estenderam os alívios esta terça-feira, num dia em que a queda nas ações europeias impulsionou a procura por obrigações, um ativo de refúgio. 

Os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, caíram 2,3 pontos base para 2,588%, o valor mais baixo desde 4 de julho, depois de também ontem ter registado a maior descida desde janeiro na sessão anterior. Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cedeu 3 pontos para 3,261%. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, foram as que registaram o menor alívio, de 0,4 pontos base para 3,033%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento perdeu 1,2 pontos para 3,200%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e recuaram 3,3 pontos-base para 4,568%.

22.07.2025

Dólar volta a derrapar. Investidores aguardam clareza acerca das tarifas

dólar, notas

O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana face a um cabaz de pares rivais, recua 0,26% para 97,70 pontos, prolongando as perdas da sessão anterior, à medida que os investidores mantêm a cautela antes do prazo de 1 de agosto para a imposição de tarifas comerciais adicionais pelos EUA.

O euro sobe nos 1,1700 dólares, ganhando 0,10% face à libra para 0,8676 libras esterlinas. Já a libra desvaloriza 0,07% para 1,3483 dólares.

Noutros pares de câmbio, o dólar recua 0,67% face à divisa japonesa, para 146,44 ienes, após o alívio inicial com o resultado eleitoral no Japão. Também perde terreno frente ao franco suíço, com uma descida de 0,55% para 0,7935 francos. O euro desce 0,26% para 171,88 ienes e 0,18% para 0,9313 francos suíços.

22.07.2025

Ouro regressa aos ganhos com procura de ativos de refúgio

ouro

O preço do ouro recuperou esta terça-feira, depois de ter iniciado o dia em queda. A valorização atual reflete uma nova procura por ativos de refúgio num contexto internacional marcado por incertezas em torno das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia.

Durante a manhã, o metal precioso chegou a cair para os 3.386,71 dólares, segundo dados da Bloomberg. A pressão sobre o ouro decorreu de uma ligeira recuperação do dólar e de sinais de estabilidade nos mercados, à medida que investidores analisavam o progresso nas conversações comerciais antes do prazo de 1 de agosto, data em que o presidente norte-americano Donald Trump poderá aplicar tarifas de 30% sobre importações europeias. A esta hora, o ouro está a valorizar 0,87% para 3.427,81 dólares por onça. 

Henrique Valente, analista da ActivTrades Europe, observa que “os preços do ouro subiram cerca de 1,5% na segunda-feira, impulsionados pelas preocupações comerciais que aumentaram a procura por ativos de refúgio”. No entanto, “com o arranque da sessão europeia esta terça-feira, o preço do metal precioso recuou e mantém-se agora ligeiramente abaixo do importante limiar psicológico dos 3.400 dólares”.

Valente destaca que, embora o consenso aponte para um acordo básico que evite o agravamento das tarifas, subsiste o risco de um “cenário mais severo”, no qual os EUA avancem com todas as medidas tarifárias previstas e a . Tal cenário “deverá ganhar maior peso sobre as decisões dos investidores” nos próximos dias, podendo voltar a reforçar a procura por ouro como ativo de proteção.

Além do ouro, o mercado dos metais preciosos apresenta dinâmicas divergentes: a prata recua 0,32%, para 39,19 dólares por onça, enquanto a platina perde 0,26%, fixando-se nos 1.446,94 dólares.

Embora a reunião da Reserva Federal na próxima semana esteja a ser acompanhada de perto, os mercados não antecipam alterações na taxa de juro. No entanto, qualquer sinal de maior acomodação monetária poderá reforçar a atratividade do ouro, que continua a beneficiar de um ambiente global marcado pela incerteza e pela instabilidade geopolítica.

22.07.2025

Petróleo perde terreno com aproximar da entrada em vigor de tarifas recíprocas

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo negoceiam com perdas pelo terceiro dia consecutivo à medida que se aproxima a data de entrada em vigor das tarifas recíprocas da Administração norte-americana, apontada para 1 de agosto.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 1,58% para os 66,14 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 1,36% para os 68,27 dólares por barril.

O crude segue a perder terreno devido a preocupações de que a guerra comercial entre os EUA e alguns dos principais consumidores de petróleo, como a União Europeia, possa reduzir o crescimento da procura por combustível, caso se assista a uma contração da atividade económica por força da possível entrada em vigor de taxas aduaneiras recíprocas.

“Os preços do petróleo caíram pela terceira sessão consecutiva... à medida que a urgência aumenta nas negociações comerciais entre os EUA e os seus parceiros”, disse à Reuters Soojin Kim, analista do banco MUFG, numa nota.

Do lado da oferta, dados preliminares citados pela Reuters mostram que as existências de crude nos EUA terão caído em cerca de 600 mil barris na semana terminada a 18 de julho, sendo que os dados finais serão ainda divulgados durante o dia de hoje pela associação comercial American Petroleum Institute.

As margens de lucro mais fortes dos destilados, devido aos baixos stocks, estão a conter maiores perdas do “ouro negro” a esta hora.

“O movimento de perdas poderia ter tido mais impulso se não fosse o desempenho contínuo dos destilados, que continua a ser ajudado por 'stocks’ baixos”, disse à Reuters John Evans, da PVM Oil.

22.07.2025

Wall Street na linha d'água, mas perto de recordes. General Motors cede mais de 6%

Wall Street, NYSE

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão sem rumo definido, depois de ontem o S&P 500 e o Nasdaq Composite terem batido novos recordes. Esta terça-feira os investidores deverão estar mais cautelosos, enquanto avaliam os resultados empresariais das grandes cotadas do país e aguardam por novos desenvolvimentos na guerra comercial. 

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que planeia reunir-se com os homólogos chineses durante a próxima semana e o mercado acredita que será para discutir uma extensão do prazo de 12 de agosto estabelecido para as tarifas sobre a China. Falta pouco mais de uma semana para o prazo definido para a maioria dos parceiros comerciais (1 de agosto) e Bessent enfatizou que a Administração Trump estava a priorizar a qualidade dos acordos em detrimento da rapidez da assinatura. 

Um dia depois de ter fechado acima dos 6.300 pontos pela primeira vez, o S&P 500 perde 0,04% para os 6.303,31 pontos, o Nasdaq Composite cede 0,19% para 20.934,09 pontos e, em contraciclo, o Dow Jones sobe ligeiros 0,08% para 44.359,31 pontos.

"Os investidores digerem o que tem sido uma corrida monstruosa, especialmente em algumas das áreas mais especulativas do mercado”, disseram os estrategas do Bespoke Investment Group, citados pela Bloomberg. "Não se pode culpar os investidores por darem um passo atrás para recuperar o fôlego, à medida que a época de resultados avança e nos aproximamos dos prazos das tarifas", acrescentam.

O secretário do Tesouro defendeu ainda o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que tem sido pressionado por Donald Trump a abandonar o cargo. Bessent afirmou que não via razões para Powell renunciar.  "O seu mandato termina em maio. Se ele quiser ficar até ao fim, acho que deve. Se ele quiser sair mais cedo, acho que deve também", disse.

Os pesos-pesados de Wall Street estão a começar a sentir o impacto das tarifas. A General Motors viu o lucro do segundo trimestre cair 32% para três mil milhões de dólares, explicado pelos custos elevados das tarifas. A empresa disse ainda que as tarifas afetaram cerca de mil milhões de dólares dos lucros. As ações cedem 6,3%. Por contagio, a Ford cede 1,4%.

Já a Coca-Cola cede 1,3% mesmo depois de ter registado um crescimento nas vendas no segundo trimestre, que superou as expectativas de Wall Street. A empresa anunciou o .


22.07.2025

Taxa Euribor cai a três, a seis e a 12 meses

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira e no prazo mais curto manteve-se abaixo de 2%.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 1,944%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,032%) e a 12 meses (2,050%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,032%, menos 0,019 pontos que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,050%, menos 0,028 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, para 1,944%, menos 0,027 pontos do que na sessão anterior.

Esta semana, na quarta e na quinta-feira, realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.

Os investidores aguardam com expectativa a reunião de política monetária do BCE desta semana, que deverá manter as taxas, pelo que as atenções estarão centradas na possibilidade de a presidente da entidade, Christine Lagarde, dar alguma pista sobre os próximos passos.

Na última reunião de política monetária, nos dias 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o BCE desceu as taxas de juro em 0,25 pontos, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses.

Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%.

A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

22.07.2025

Europa pinta-se de vermelho. Resultados empresariais mistos e incerteza comercial pressionam

Os principais índices europeus negoceiam no vermelho, à medida que prossegue a apresentação de resultados das cotadas, com os investidores a aguardarem atentamente por resultados das negociações comerciais entre Bruxelas e Washington.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cede 0,57% para os 541,84 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 0,62%, o italiano FTSEMIB cede 0,14%, o francês CAC-40 cai 0,43%, o britânico FTSE 100 recua 0,04%, o holandês AEX regista perdas de 0,57% e o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,08%. A esta altura, .

O índice de referência europeu tem vindo a cair desde o final de maio e está atualmente a negociar cerca de 3% abaixo do seu recorde de março. Ainda assim, “no que diz respeito à época de resultados, é um pouco cedo para tirar conclusões”, disse à Bloomberg Eric Bleines, da Swisslife Gestion Privée. “A principal diferença entre os EUA e a Europa, em termos de dinâmica, são as grandes tecnológicas, que estão a fazer subir o S&P e o Nasdaq”, dois dos principais índices dos EUA, acrescentou o especialista.

Nesta linha, as empresas europeias expostas a tarifas têm sofrido reduções nos lucros desde março. Em contrapartida, as cotadas da região mais orientadas para o mercado interno registaram uma subida das estimativas de lucros nos últimos três meses, segundo a Bloomberg.

Durante o dia, a SAP, que tem alternado com a Novo Nordisk no lugar de cotada mais valiosa do Velho Continente, irá apresentar resultados. Para já, entre as que já divulgaram contas, a neerlandesa Akzo Nobel segue a perder mais de 2%, depois de ter reduzido o seu "guidance" para o ano, tendo alertado para a incerteza comercial em curso devido às tarifas da Administração norte-americana.

Já o britânico Compass Group, que opera no setor alimentar, valoriza cerca de 5%, depois de ter aumentado a sua previsão de receitas para o ano inteiro, além de ter concordado em comprar uma participação maioritária na Vermaat Groep numa transação que avalia este fornecedor neerlandês em cerca de 1,5 mil milhões de euros.

Quanto aos setores, o dos químicos (-1,43%) segue a registar a maior perda, seguindo-se o tecnológico (-0,82%). Por outro lado, com as maiores valorizações estão os setores das “utilities” (+0,58%) e dos recursos naturais (+0,52%).

22.07.2025

Juros agravam-se em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam agravamentos esta manhã, numa altura em que os principais índices bolsistas do Velho Continente negoceiam com perdas.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 2,2 pontos-base para 3,058%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 1,9 pontos para 3,231%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 1,7 pontos-base para 3,309%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 1,2 pontos para 2,622%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e avançam 3,6 pontos-base para 4,638%.

22.07.2025

Ouro cede com retirada de mais-valias e dólar mais forte

ouro

O ouro segue a negociar com perdas esta manhã, depois de ter atingido o seu valor mais alto em mais de um mês.

O ouro perde agora 0,34%, para os 3.385,630 dólares por onça.

A esta hora, o metal amarelo está a ser pressionado pela retirada de mais-valias e por uma ligeira recuperação do dólar, enquanto os "traders" seguem a analisar possíveis progressos nas negociações entre os EUA e alguns dos seus parceiros comerciais.

Também no radar dos “traders” estão encontros de política monetária que decorrem ainda durante este mês. Por cá, espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha as taxas de juro estáveis nos 2% no final da sua reunião de política monetária agendada para o dia 24 de julho. Segue-se a reunião dos governadores da Reserva Federal norte-americana na próxima semana.

Analistas estão agora a apostar numa probabilidade de 59% de uma flexibilização das taxas de juro da Reserva Federal em setembro, de acordo com o CME FedWatch, não se esperando cortes para este mês, o que pressiona o ouro, que por não render juros, tende a ter um melhor desempenho num ambiente de taxas mais baixas.

22.07.2025

Dólar ganha força com possível mexida do Fed no horizonte

Dólar ganha força com possível mexida do Fed no horizonte

O mundo da negociação cambial vai estar de olhos postos em Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), que vai falar nesta terça-feira sobre os pilares chave do quadro regulamentar em matéria de fundos próprios para grandes bancos. Os investidores vão procurar pistas sobre aquele que pode ser o caminho a seguir pelo banco central norte-americano no que às taxas de juro diz respeito.

Isto numa altura em que parecem existir "fendas" no próprio banco central, com o governador Christopher Waller a ter pedido recentemente uma descida das taxas da Fed.

O índice do dólar (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas, está a avançar 0,12% para 97,9700 pontos.

O euro segue a perder 0,06% para os 1,1684 dólares, estando a ganhar 0,09% para 0,8677 libras esterlinas. A libra perde 0,13% para 1,3472 dólares.

Noutros pares de câmbio, o dólar está com ganhos face à divisa japonesa (0,26% para 147,78 ienes) e perde ligeiramente face à suíça (- 0,01% para 0,7978 francos suíços). O euro também ganha 0,24% para 172,74 ienes.

22.07.2025

Petróleo pressionado por incerteza comercial

Os preços do petróleo seguem a negociar com perdas esta terça-feira, com preocupações de que a guerra comercial entre os EUA e alguns dos principais consumidores de petróleo, como a União Europeia, possa reduzir o crescimento da procura por combustível, caso se assista a uma contração da atividade económica por força da possível entrada em vigor de taxas aduaneiras recíprocas.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,89% para os 66,60 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,56% para os 68,82 dólares por barril.

“As preocupações com a procura continuam a aumentar no meio da escalada das tensões comerciais globais, especialmente à medida que os mercados observam as últimas ameaças tarifárias entre as principais economias e os potenciais anúncios de Trump antes do prazo de 1 de agosto”, disse à Reuters Priyanka Sachdeva, analista de mercados da Phillip Nova.

Já preocupações com a oferta têm sido em grande parte atenuadas pelo aumento da produção dos principais produtores de “ouro negro” e desde que um cessar-fogo a 24 de junho pôs fim ao conflito entre Israel e o Irão. Nesta linha, as exportações de petróleo bruto da Arábia Saudita – um dos maiores produtores de crude ao nível mundial - aumentaram em maio para o valor mais elevado dos últimos três meses.

Isto no dia em que a associação comercial American Petroleum Institute (API) na semana terminada a 19 de julho.

22.07.2025

Ásia fecha sem rumo definido com foco nas negociações comerciais. Futuros europeus cedem

Os índices asiáticos fecharam a sessão entre ganhos e perdas, com as preocupações relativas às tarifas a pesarem sobre o sentimento dos investidores, à medida que aguardam pelos resultados de algumas das “megacaps”, como a Tesla e a Alphabet, esta semana, para obterem pistas sobre a forma como as empresas estão a navegar entre as taxas aduaneiras da Administração Trump. Pela Europa, os futuros seguem a ceder cerca de 0,50%.

Os principais índices chineses terminaram a sessão com valorizações, com o Shanghai Composite a avançar 0,51% e o Hang Seng de Hong Kong a ganhar 0,37%. Pelo Japão, o Nikkei cedeu 0,22% e o Topix deslizou 0,0071%.

Os índices do Japão caíram juntamente com o iene, devido a preocupações com a despesa fiscal, depois de a coligação do primeiro-ministro Shigeru Ishiba ter sofrido um revés nas eleições deste fim de semana. Os mercados japoneses viveram uma sessão volátil, com os investidores a pesarem a incerteza política no pós-eleições, após a derrota histórica do Partido Liberal Democrata nas eleições de domingo.

No plano comercial, a crescente incerteza sobre as negociações antes do prazo limite de 1 de agosto, juntamente com preocupações crescentes sobre a resiliência das empresas face às tarifas em curso, está a colocar uma nova pressão sobre os mercados e a lançar dúvidas sobre a sustentabilidade da recente recuperação.

Ainda nesta linha e pela Ásia, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., é o mais recente líder estrangeiro ansioso por chegar a um acordo antes do prazo limite imposto pelos EUA, sendo que irá encontrar-se com Trump esta terça-feira na Casa Branca. Além disso, funcionários da Administração norte-americana deverão visitar a Índia na segunda quinzena de agosto para conversações sobre um possível acordo comercial bilateral, segundo informação divulgada pelo Financial Express.

De resto, os mercados vão estar atentos aos lucros da Alphabet e da Tesla, conhecidos ainda esta semana, antes de focarem a atenção na imposição das tarifas recíprocas, caso o prazo não volte a ser alterado.

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