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Europa no verde com esperança de moderação nas taxas de juro

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

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24 de Novembro de 2022 às 17:48
Europa à procura de tendência. Ásia fecha maioritariamente a verde

A negociação de futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanece quase inalterada nas primeiras horas desta quinta-feira, o alemão DAX sobe 0,1% e o FTSE britânico cai 0,1%.

A sessão promete ser marcada pela reação à divulgação das atas da Reserva Federal norte-americana (Fed), num dia em que também vão ser divulgados os relatos do último encontro do BCE.

 

As atas da Fed revelam que a maioria dos responsáveis da autoridade monetária concorda que poderá justificar-se um abrandamento na dimensão das subidas das taxas de juro diretoras, uma vez que a inflação já dá sinais de recuo.

 

Os investidores antecipam agora que a próxima subida das taxas de juro seja de 50 pontos base. A concretizar-se, será um aumento mais leve do que os últimos quatro consecutivos, que foram de 75 pontos base.

 

Na Ásia, pela China, Xangai caiu 0,3% enquanto em Hong Kong o Hang Seng somou 0,6%. Pelo Japão, o Topix cresceu 1,2% e o Nikkei valorizou 0,95%. Pela Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,02%.

 

Pequim anunciou esta quarta-feira que o Banco Popular da China vai recorrer às ferramentas monetárias "de maneira oportuna e adequada" de forma a manter a liquidez. Para tal as autoridades disponibilizaram-se a cortar na quantidade exigida de reservas que os bancos devem salvaguardar, em nome do financiamento da economia. 

Petróleo e gás deslizam de olhos postos na reunião da UE

O petróleo desliza, numa altura em que os investidores avaliam a onda de novos casos covid-19 na China – com potencial para reduzir a procura do maior importador do mundo – assim como os riscos de recessão nos EUA. O mercado continua também a acompanhar as discussões em Bruxelas sobre o limite a impor às compras de petróleo russo.

 

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – cai 0,56% para 77,50 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desliza 0,64% para 84,86 dólares por barril.

 

Esta quarta-feira, os ministros da Energia dos 27 Estados-membros da UE estiveram reunidos em Bruxelas para discutir a fixação de um preço máximo a impor ao petróleo russo. O valor apresentado, entre os 65 e os 70 dólares por barril, gerou discórdia entre os países, com os representantes a reunirem-se novamente esta quinta-feira.

 

No mercado do gás, o TTF – negociado em Amesterdão e que serve de referência para a Europa – cai 1,3% para 128 euros por megawatt-hora.

Ouro sobe pelo terceiro dia, impulsionado pelas atas da Fed

O ouro valoriza pelo terceiro dia, depois das atas da Fed, divulgadas esta quarta-feira, darem sinais da possibilidade de um abrandamento do ritmo das subidas das taxas de juro diretoras.

 

O metal amarelo sobe 0,21% para para 1.753,41 dólares a onça. Por sua vez, a prata – que durante a sessão asiática acompanhou os ganhos do ouro, tendo estado a valorizar também pelo terceiro dia, - cai 0,11% para 21,49 dólares a onça.

 

O ouro tem sido pressionado desde o início do ciclo do aumento da taxa de juro de referência nos EUA, que tem dado força ao dólar, tornando as matérias-primas denominadas na nota verde menos atrativas para quem negoceia com outras moedas.

Desde o pico de março, o metal amarelo já registou uma queda de cerca de 15%.

Euro na linha d' água. Iene ganha com terceiro dia de perdas do dólar

O dólar cai pelo terceiro dia, desta vez devido aos sinais dados pelas atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) sobre um possível abrandamento do ritmo das taxas de juro. A queda da nota verde acabou por fortalecer outras moedas, como o euro ou o iene.

 

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – recua 0,14% para 105,931 pontos. As atas "são a afirmação que os mercados esperavam, ou seja, que os aumentos das taxas de juro devem moderar em breve", considera Mingze Wu, operador de câmbio da StoneX, em declarações à Bloomberg.

 

"O abrandamento do ritmo [da subida dos juros diretores] seria negativo para o dólar", observa o especialista.

 

Já o euro negoceia na linha d’ água (-0,04%) para 1,0409 dólares, horas antes de serem divulgados os relatos da última reunião de política monetária do BCE e depois de os analistas do JPMorgan anteciparem que este par alcance uma média de 0,95 dólares no primeiro trimestre do próximo ano, abaixo da cotação atual.

 

Já o iene aproveita a fraqueza do dólar e ganha pelo terceiro dia contra a nota verde, estando a valorizar 0,28%.

Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" nacional cai para mínimos de dois meses e meio
Juros aliviam na Zona Euro. 'Yield' nacional cai para mínimos de dois meses e meio

Os juros da dívida a dez anos aliviam de forma expressiva na Zona Euro, numa sessão marcada pelo intervalo entre a divulgação das atas da Fed - que sinalizam um possível abrandamento futuro do ritmo da subida da taxa de juro de referência nos Estados Unidos - e a publicação dos relatos da última reunião de política monetária do BCE.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – subtrai 8,6 pontos base para 1,837%, renovando mínimos de 4 de outubro.

 

Em Itália, os juros da dívida a dez anos caem também 7,6 pontos base para 3,718%.

 

Por sua vez, na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos desce para mínimos de 14 de setembro deste ano, ao aliviar 8,3 pontos base para 2,740%.

 

Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade descem 7,1 pontos base, mantendo-se ainda assim acima da "yield" nacional, mais concretamente em 2,811%.

Europa negoceia com ganhos ligeiros atenta a Bruxelas e Frankfurt
Europa negoceia com ganhos ligeiros atenta a Bruxelas e Frankfurt

A Europa negoceia com ganhos modestos, no dia marcado pela reação à divulgação das atas da Fed e pela publicação dos relatos do último encontro de política monetária do BCE.

 

O Stoxx 600 – que reúne as 600 principais cotadas do bloco europeu – soma 0,27% para 440,02 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", imobiliário lidera o ganhos, enquanto as energéticas comandam as perdas.

 

Nas principais praças europeias, Madrid avança 0,27%, Frankfurt ganha 0,74% e Paris valoriza 0,59%. Amesterdão cresce 0,41% e Milão soma 0,32%. Já Londres negoceia na linha d’ água (0,01%). Por cá, Lisboa acompanha a tendência e sobe 0,18%.

 

Entre os principais movimentos de mercado, o grupo de luxo Kering desliza 0,36%, depois do diretor criativo Alessandro Michele abandonar a Gucci. Já a retalhista Kingfisher cai 1,34% depois de ter cortado nas previsões dos resultados para este ano.

Durante a sessão, os investidores vão estar atentos à continuação da reunião dos 27 Estados membros da UE sobre a crise energética. Pode haver ainda um menor volume de negociação, já que é feriado de Ação de Graças nos EUA. 

Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses para novos máximos de mais de 13 anos

As taxas Euribor subiram hoje para novos máximos desde o início de 2009 a três, a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,368%, mais 0,008 pontos, um máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 1,908%, mais 0,010 pontos, um novo máximo desde fevereiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,879%, mais 0,025 pontos do que na quarta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Fed empurra dólar para perdas e ouro para ganhos, ambos pelo terceiro dia consecutivo

O ouro está a valorizar pelo terceiro dia consecutivo, depois das atas da reunião de novembro da Reserva Federal norte-americana terem sinalizado que será possível um abrandamento do ritmo da subida dos juros diretores.

O dólar, do lado contrário regista perdas pelo terceiro dia consecutivo, uma vez que esta moeda não beneficia do abrandamento da política monetária.

O ouro, que é negociado em dólares sobe assim 0,35% para 1.755,88 dólares por onça, ao passo que a nota verde recua 0,15% para 0,9604 euros.

Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – cede 0,31% para 105,743 pontos.

Para o ouro, as minutas da Fed foram "positivas dado o impacto (negativo) nas yields e nos juros", aponta o analista Ole Hansen, do Saxo Bank, à Bloomberg.

"Sem sinais ainda de um aumento da procura por parte de investidores a longo-prazo de fundos cambiais, uma extensão [dos ganhos deste metal] vai requerer maiores perdas tanto nas yields como do dólar", resumiu.

Tecto de preço ao crude importado da Rússia pode não limitar oferta. Petróleo cai
Tecto de preço ao crude importado da Rússia pode não limitar oferta. Petróleo cai

Os preços do "ouro negro" seguem em baixa, a rondarem mínimos de dois meses, dado que o tecto no preço para o crude importado da Rússia suscita dúvidas sobre se isso irá limitar a oferta – sendo provável que não.

 

O Grupo dos Sete (G7) está a analisar o tecto de preços a colocar ao crude russo e está a pensar num preço máximo de 65 a 70 dólares por barril. Esse nível de preços, se for o fixado, estará acima do atual valor de transação.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a perder 0,80% para 84,73 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,38% para 77,64 dólares por barril.

 

Esta quarta-feira, os ministros da Energia dos 27 Estados-membros da UE estiveram reunidos em Bruxelas também para discutir a fixação de um preço máximo a impor ao petróleo russo. O valor apresentado, entre os 65 e os 70 dólares por barril, gerou discórdia entre os países, com os representantes a reunirem-se novamente esta quinta-feira.

Europa continua em alta, com esperança de moderação nas taxas de juro

As bolsas europeias fecharam a sessão no verde, continuando a tendência positiva que viu o Stoxx 50 entrar num "bull market" técnico, com os investidores a analisarem a possibilidade de os bancos centrais moderarem a subida das taxas de juro.

O Stoxx 600 - referência para a região - fechou a valorizar 0,46%, o valor mais alto desde 16 de agosto, com o setor imobiliário e químico a registar o melhor desempenho. A tecnologia foi o único setor a desvalorizar.

De acordo com a Bloomberg, o volume de negociação foi mais reduzido devido ao encerramento dos mercados americanos, devido ao feriado de Ação de Graças.

Nos restantes índices europeus, o alemão Dax ganhou 0,78%, o francês CAC-40 avançou 0,42%, o britânico FTSE 100 valorizou 0,02% e o Aex, em Amesterdão, pulou 0,18%, ao passo que o espanhol Ibex subiu 0,68% e o italiano FTSE Mib somou 0,61%.

O Stoxx 600 - referência para a região - fechou a valorizar 0,46%, o valor mais alto desde 16 de agosto, com o setor imobiliário e químico a registar o melhor desempenho. A tecnologia foi o único setor a desvalorizar.

Atas do BCE aliviam juros. Portugal termina em mínimos de setembro

Os juros estiveram esta quinta-feira a aliviar de forma expressiva na Zona Euro, após ter sido divulgado o relato da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu, onde "alguns membros manifestaram preferência por aumentar as taxas de juro do BCE em 50 pontos base".

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – perdeu 7,9 pontos base para 1,844%.

Em Itália, os juros da dívida a dez anos subtraíram 13,9 pontos base para 3,655%.

Por sua vez, na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos desceu para mínimos de 12 de setembro deste ano, ao aliviar 10,4 pontos base para 2,719%.

Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade recuaram 9,9 pontos base para 2,783%.

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