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Bolsas com fortes subidas e petróleo em máximos com férias de verão no horizonte

Acompanhe aqui o dia dos mercados.

Reuters
02 de Fevereiro de 2021 às 17:36
Bolsas animadas com esperanças em estímulos e nas vacinas

Os futuros da Europa e dos Estados Unidos avançam, seguindo a mesma tendência das bolsas asiáticas. Esperanças renovadas quanto aos estímulos estão a ajudar, assim como o progresso nos planos de vacinação, ao mesmo tempo que os receios acerca dos "ataques" de investidores amadores recuam.

A convicção quanto ao avanço de um pacote de estímulos nos Estados Unidos foi renovada depois de um dos seus porta-vozes ter confirmado que o presidente vai continuar a esforçar-se para que a sua proposta seja aprovada. Momentos antes, um senador republicano havia acabado de considerar que teve uma reunião "muito produtiva" acerca deste assunto.

Ao mesmo tempo, já há mais norte-americanos que tomaram a primeira dose de uma vacina do que aqueles que estão infetados pelo vírus. Na Alemanha, a chanceler, Ângela Merkel, comprometeu-se a distribuir vacinas por todos os cidadãos até ao fim de setembro.   

Na Ásia, o japonês Topix subiu 0,9% e o Compósito de Xangai avançou 0,8%, tendo sido ultrapassados pelo ânimo do Hang Seng de Hong Kong, que valorizou 1,4% e do sul-coreano Kospi, que ganhou 1,3%.

Petróleo confiante na procura

As cotações do petróleo sobem pela terceira sessão consecutiva, com os investidores a mostrarem-se mais confiantes acerca do futuro da procura, uma esperança sustentada pelo avanço nos planos de vacinação e pela renovada perspetiva de estímulos, depois do o presidente norte-americano, Joe Biden, ter sublinhado que vai continuar a insistir na sua proposta.

Ao mesmo tempo, uma quebra no dólar está a ajudar a matéria-prima, já que esta é denominada na moeda norte-americana.

O barril de Brent soma 0,83% para os 56,83 dólares, a par com o West Texas Intermediate, que avança 0,97% para os 54,07 dólares em Nova Iorque.

Febre da prata arrefece

As cotações da prata estão a descer 3,37% para os 28,0727 dólares, mas já estiveram a perder quase 5%, depois de três dias de ganhos intensos que levaram este metal precioso da fasquia dos 25 dólares por onça até aos 30 dólares por onça.

A prata valorizou cerca de 20% nos últimos 3 dias depois de se ter tornado o mais recente alvo dos investidores amadores do Reddit, que se concertaram para investir em massa neste metal.

Europa soma mais de 1% pela segunda sessão com estímulos e vacinas a animar

As principais praças europeias prolongam a tendência positiva com a qual começaram esta semana.

O otimismo ganha depois de um porta-voz de Joe Biden ter sublinhado que o presidente não vai desistir do seu pacote de estímulos. Pouco antes, um senador republicano afirmou que a última reunião com Biden tinha sido muito produtiva. Ao mesmo tempo, os planos de vacinação continuam a avançar e a alimentar o ânimo.

O índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, o Stoxx 600, soma 1% para os 404,90 pontos, contando a segunda sessão no verde com ganhos desta ordem. Também acima da fasquia de 1% impõem-se a bolsa alemã e a francesa. Amesterdão, Madrid e Londres avançam convictos mas mais modestos, acima de 0,5%, enquanto Lisboa se mostra menos aguerrida.

Hoje é revelado o PIB de Itália e o Eurostat anuncia o da Zona Euro – que depois da subida de 12,4% no terceiro trimestre deverá ter voltado a contrair no quarto. Por outro lado, sabe-se já que a queda em 2020 na Alemanha foi de 5%, em França de 8,3% e em Espanha de 11%.

Otimismo nos mercados derruba dólar

A nota verde, que normalmente é utilizada como refúgio quando os investidores estão mais receosos, sai a perder da onda de otimismo que inunda os mercados desde ontem. O dólar perde contra a maioria das moedas do cabaz G-10, levando o Bloomberg Dollar Spot Index a cair 0,3%.

A moeda única europeia ilustra a tendência de vitórias contra o dólar, ao somar 0,17% para os 1,2081 dólares.

Dívida agrava em Portugal e lá fora

Os juros da dívida a dez anos de Portugal estão a agravar 1 ponto base para os 0,40%.

Na Alemanha, a referência do mercado obrigacionista europeu, a tendência é equivalente, com as subidas a repetirem-se pela quarta sessão consecutiva. Esta terça-feira o avanço é de 1,6 pontos base para os -0,501%.

Os agravamentos multiplicam-se no mercado de dívida numa altura em que o otimismo regressa às bolsas de valores, o que afasta as atenções de ativos mais seguros, como a dívida.

Wall Street em alta enquanto alvos do Reddit afundam

A bolsa nova-iorquina volta a somar com convicção, em mais um dia que marca a distância para com as preocupações causadas em Wall Street pelos "ataques" dos investidores amadores. Paralelamente, estímulos económicos e um plano de vacinação a fluir voltam a estar na mira.

O generalista S&P500 soma 1,14% para os 3.816,75 pontos, o industrial Dow Jones avança 1,15% para os 30.558,94 pontos e o tecnológico Nasdaq ganha 1,30% para os 13.577,36 pontos.

Os principais índices mostram assim a sua força, enquanto os seus maiores motivos de preocupação deslizam no sentido contrário. A GameStop, uma das cotadas que foi alvo de investimento concertado por parte de amadores está a mergulhar 50% para os 112,50 dólares, uma queda livre acompanhada pela AMC Entertainment, que perde 39,79% para os 8,07 dólares.

A sustentar o restante mercado estão os dados que indicam que o número de infetados nos Estados Unidos está em trajetória decrescente à medida que a vacinação avança, com os norte-americanos a distribuírem as vacinas ao ritmo diário mais rápido do mundo, de acordo com a Bloomberg. Além disto, os investidores aplaudem os sinais deixados pelos democratas de que o pacote de estímulos está a avançar nas negociações para a respetiva aprovação.

Petróleo em máximos de um ano a olhar para pós-pandemia
Petróleo em máximos de um ano a olhar para pós-pandemia

Os preços do petróleo subiram para máximos de um ano à boleia de um "rally" suportado pelas perspetivas de uma recuperação da atual pandemia que tem afetado a procura pela matéria-prima.

O Brent - que serve de referência para Portugal - ganha 2,48% para os 57,75 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) sobe 2,56% para os 54,91 dólares por barril.

O petróleo tem subido continuamente desde o final do ano passado, à medida que as vacinas contra o coronavírus e o fornecimento dos produtores reduzem as expectativas de um mercado mais apertado.

Um painel da OPEP+ prevê que os inventários de petróleo caiam abaixo de sua média dos últimos cinco anos no segundo trimestre.

Euro e libra perdem novamente força para o dólar

O euro e a libra estão a perder novamente força para o rival dólar norte-americano, que ganha força à boleia ainda do plano de estímulos de 1,9 biliões de dólares desenhado por Joe Biden.

A moeda única da União Europeia (UE) perde 0,27% para os 1,2028 dólares, enquanto que a libra esterlina cai 0,26% para os 1,3228 dólares.

A dar força ao dólar está também a diminuição do ímpeto dos investidores amadores que se organizam no Reddit, acalmando os receios de uma possível crise mais prolongada nos mercados financeiros.

Juros de Portugal a 30 anos em máximos de três meses após anúncio de leilão

Os juros de Portugal a 30 anos estão a negociar em máximos desde novembro do ano passado, depois de a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) ter mandatado um conjunto de bancos de investimento para preparar o lançamento de uma emissão de obrigações a 30 anos.

De acordo com a Bloomberg, o IGCP vai emitir títulos com maturidade em abril de 2052 (ou seja, mais de 31 anos). Portugal aproveita assim o atual contexto de taxas de juro em mínimos históricos para se financiar em prazos muito longos.

 

A emissão deverá chegar ao mercado esta quarta-feira, um dia depois do INE anunciar que o PIB de Portugal registou um crescimento em cadeia de 0,3% no quarto trimestre, quando os economistas estimavam uma quebra.

A subir estão também os juros a dez anos (+2,4 pontos base) que negoceiam agora nos 0,55%.

No resto da Europa, os juros da dívida alemã sobem 3,4 pontos base para os -0,484%, enquanto que os de Itália sobem 3 pontos base para os 0,649%.

Ouro cede com valorização do dólar e prata com afastamento de pequenos investidores
Ouro cede com valorização do dólar e prata com afastamento de pequenos investidores

O metal amarelo está a negociar em baixa, pressionado sobretudo pela firmeza da nota verde.

 

O ouro a pronto (spot) cede 1,24% para 1.837,11 dólares por onça no mercado londrino de metais (LME).

 

Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro recuam também 1,24% para 1.837,70 dólares por onça.

 

A expectativa dos estímulos à economia nos EUA tem reforçado a atratividade do ouro enquanto cobertura contra a provável inflação daí decorrente, mas hoje a firmeza do dólar está a pesar mais na tendência, tendo levado o ouro para terreno negativo.

 

O ouro é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.

 

Já a prata cai 7,5% no mercado spot, para 26,82 dólares por onça, com os investidores a procederem à tomada de mais-valias depois de o metal precioso ter ontem atingido níveis próximos de um máximo de oito anos, estimulado pelas compras em força por parte de pequenos investidores que concertaram a sua estratégia.

 

Na segunda-feira a prata escalou 7,3%, para 30,3 dólares/onça, o valor mais alto desde fevereiro de 2013, mas entretanto a Bolsa de Mercadorias de Chicago aumentou em 17,9% as margens dos futuros sobre a prata, de 14.000 para 16.500 dólares por contrato, o que também afastou os pequenos investidores que tinham desviado o seu "ataque" para este metal precioso depois de terem estado centrados em cotadas onde os "hedge funds" tinham maiores apostas na queda do preço, como a GameStop e a AMC.

Bolsas europeias no verde e a acreditarem no turismo de verão

As principais bolsas do velho continente negociaram em terreno positivo pelo segundo dia, com o índice de referência europeu Stoxx600 a somar 1,28% para 405,92 pontos, apoiado em especial nas valorizações obtidas pelos setores do turismo, banca e indústria.

A acompanhar os ganhos nas praças europeias, ainda que de forma mais moderada, o índice lisboeta PSI-20 ganhou 0,26%, impulsionado pelas valorizações da Galp Energia e do BCP. Na Europa foram registadas subidas expressivas, com os índices francês CAC40 e o espanhol Ibex próximos de valorizações de 2%, o alemão DAX a crescer ligeiramente acima dos 1,5% e a praça italiana de Milão a somar mais de 1%.

O surgimento de notícias positivas quanto ao desenvolvimento e produção de vacinas contra a covid-19 contribuiu para reforçar o otimismo dos investidores, que assim apostaram com maior ênfase no mercado acionista.

Por outro lado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar "otimista" quanto à possibilidade de este ano, e apesar da atual deterioração da situação pandémica na generalidade dos países, os britânicos poderem usufruir de férias de verão.

Esta afirmação levou ao reforço da expectativa de que o pior da pandemia terá já sido ultrapassado quando chegar o verão, o que permitiu ao setor do retalho atenuar as perdas acumuladas devido à convicção de que a atividade comercial seria fortemente penalizada, e por um período de tempo duradouro, devido à terceira vaga pandémica.

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