pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Alemão DAX apaga perdas desde o "dia da libertação" e atinge recorde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

bolsa alemã, frankfurt, dax
bolsa alemã, frankfurt, dax Reuters
09 de Maio de 2025 às 17:57
Bolsas asiáticas avançam antes de EUA e China se reunirem
Bolsas asiáticas avançam antes de EUA e China se reunirem

As bolsas asiáticas terminaram a última sessão da semana com ganhos, com o sentimento otimista a tomar conta dos mercados, antes de se iniciarem as negociações entre as duas maiores economias do mundo: os EUA e a China, agendadas para este fim de semana, na Suíça.

Os mercados procuram algum "conforto" neste acordo, depois de ontem o Presidente norte-americano ter anunciado as medidas de um outro acordo comercial com o Reino Unido - o primeiro de Trump. As tarifas aplicadas por Washington sobre o setor automóvel britânico são reduzidas imediatamente de 27,5% para 10%, enquanto as taxas de 25% sobre o aço e alumínio são eliminadas. 

Donald Trump disse que acreditava que as negociações com a China poderiam resultar em progressos tangíveis. Os investidores e analistas antecipam já que as tarifas aplicadas mutuamente desçam até aos 60%. No entanto, se o otimismo continuar a este nível e depois não se refletir nas negociações deste fim de semana, os especialistas preveem uma queda abrupta nas ações.

"Se as primeiras conversações entre a China e os EUA não derem indícios de um abrandamento das tarifas elevadíssimas, é provável que o dólar retome a sua descida. É pouco provável que os EUA e a China consigam satisfazer as expectativas do mercado de um desanuviamento tão facilmente como o Reino Unido", afirmou Eugenia Fabon Victorino, do Skandinaviska Enskilda Banken, à Bloomberg.

Na China, as exportações aumentaram mais do que o previsto, mesmo que as vendas para os EUA tenham caído de forma acentuada. O Shangai Composite perdeu 0,2% e o Hang Seng, em Hong Kong, ganhou 0,23%.

No Japão o sentimento é bem mais otimista, após o país ter afirmado que está a tentar chegar a um acordo "o mais rápido possível" com a Washington. O Topix subiu 1,4% e o Nikkei ganhou 1,56%.

O sentimento deverá ser semelhante na Europa, com os futuros do Euro Stoxx a subirem 0,2%. Esta quinta-feira, a Comissão Europeia afirmou que planeia avançar com tarifas adicionais aos produtos dos Estados Unidos, potencialmente abrangendo 95 mil milhões de euros em exportações norte-americanas. Este é o plano B europeu, caso as negociações com a Casa Branca falhem.

Esperança por "progressos tangíveis" entre Washignton e Pequim dão força ao crude
Esperança por 'progressos tangíveis' entre Washignton e Pequim dão força ao crude

O petróleo está a estender os ganhos ontem registados, enquanto a atenção do mercado se vira para as negociações entre os EUA e a China - o maior importador de "ouro negro" do mundo -, numa tentativa de aliviar a tensão comercial, com foco nas tarifas.

Donald Trump tem esperanças de que as negociações com a China resultem em "progressos tangíveis", embora Pequim tenha reiterado o apelo para que os EUA cancelem as tarifas antes das conversações.

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho sobe 0,7%, para os 60,33 dólares por barril. Já os contratos de julho do londrino Brent, referência para as importações portuguesas, avançam 0,7%, negociando nos 63,28 dólares por barril, depois de esta quinta-feira ter já valorizado 2,8%.

Embora o Presidente dos Estados Unidos tenha saudado o pacto com o Reino Unido como "histórico", os pormenores revelados ficaram aquém do acordo "completo e abrangente" que tinha prometido. "É possível que seja prematuro assumir que o acordo com o Reino Unido abra caminho para negociações mais complexas com a China", disse Charu Chanana, do Saxo Markets, à Bloomberg. 

Ainda assim, o acordo com Londres está a dar algum alento e esperança aos investidores que da conversa entre as duas maiores economias do mundo resulte outra descida significativa das tarifas, que ultrapassam os 100% entre os dois países.

Acordo com Reino Unido fica aquém das expectativas e dá impulso ao ouro

O ouro está a subir esta sexta-feira, depois de uma semana bastante volátil: o metal saltou quase 6% nas duas primeiras sessões da semana, seguido de uma queda significativa nos restantes dias, enquanto o mercado antecipava as negociações entre a China e os EUA. Caso haja avanços no alívio da tensão comercial gerada por Donald Trump, o ouro pode perder força como ativo-refúgio. 

A onça do metal amarelo sobe 0,58% para 3.325,04 dólares e deverá terminar a semana com uma valorização de 3%.

Washington chegou também a acordo com Londres, que ficou, ao contrário do que se esperava, aquém do acordo "completo e abrangente" que Donald Trump tinha prometido. A escassez de detalhes no documento dá pistas aos investidores de que poderá ser difícil reavivar a agenda económica de Trump ou mesmo acalmar os receios de um abrandamento acentuado do crescimento global, o que poderá estar a dar algum impulso ao ouro.

O ouro esteve a recuar nas últimas duas sessões e, ao ficar mais barato, abre a porta a maiores compras nos dias seguintes. "Comprar ouro em queda ainda está na moda e está a limitar quebras maiores, apesar de a procura por ativos-refúgio ter diminuído devido ao acordo comercial entre EUA e Reino Unido", explicou Tim Waterer, da KCM Trade, à Reuters.

Juros da Zona Euro registam agravamento significativo

Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro estão registar agravamentos esta sexta-feira, num momento em que o apetite dos investidores foge para os ativos de risco, como as ações - as principais praças europeias estão a negociar no verde. 

A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve referência para a Zona Euro, sobem 4,2 pontos base para 2,573%, o mesmo aumento registado nos juros das obrigações francesas, que negoceiam nos 3,278%. Em Itália, o agravamento é de 5 pontos base para 3,630%.

Por cá, a tendência manteve-se, com os juros das obrigações portuguesas a registarem um acréscimo de 4,4 pontos base para 3,086%. No país vizinho, a "yield" da dívida avança 4,7 pontos para 3,218%.

Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas estão a crescer 4,6 pontos para 4,589%, isto depois de o Reino Unido ter chegado a um acordo comercial com os Estados Unidos, que, contudo, não correspondeu às expetativas que Donald Trump criou no mercado dias antes. 

Dólar desvaloriza em semana de ganhos

O dólar está a desvalorizar esta sexta-feira, num momento em que se aguardam as negociações entre os Estados Unidos e a China. 

O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a seis principais concorrentes, recua 0,245% para 100,395 pontos. 

Já a moeda única europeia valoriza 0,23% face ao dólar, com cada euro a valer agora 1,125 dólares. O dólar também perde valor face à libra britânica, ao dólar australiano ou ao iene japonês.

Ainda assim, a "nota verde" caminha para ganhos semanais de 0,39% face aos principais concorrentes, depois de o acordo entre os Estados Unidos e o Reino Unido ter alimentado expectativas de entendimento nas negociações com a China que começam este fim-de-semana, em Genebra, na Suíça. 

"A reação dos mercados de compra de dólares acaba por refletir maior otimismo na concretização de acordos comerciais", disse Steve Englander, especialista em câmbio da Standard Chartered, numa nota citada pela Reuters. 

"O sentimento positivo quanto ao risco que resultou do acordo entre os Estados Unidos e o Reino Unido poderá ser um teste à realidade este fim-de-semana", diz Eugenia Fabon Victorino, analista do banco sueco Skandinaviska Enskilda Banken, citada pela Bloomberg. "Se as primeiras negociações entre a China e os Estados Unidos não derem pistas sobre o afastamento de tarifas exorbitantes é provável que o dólar volte às quebras", acrescenta.   

Por outro lado, a Reserva Federal norte-americana indicou esta semana que não tem pressa num novo corte de juros.  

Negociações comerciais dão força à Europa. Alemão Dax atinge recorde
Negociações comerciais dão força à Europa. Alemão Dax atinge recorde

As bolsas europeias seguem esta sexta-feira no verde, com o mercado otimista quanto às negociações entre os Estados Unidos e a China, que arrancam esta sexta-feira, na Suíça. Os investidores e analistas antecipam um alívio nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo e, sobretudo, uma descida mútua das tarifas entre os dois países.

Washington prepara-se para lançar dezenas de acordos comerciais no próximo mês, mas, as tarifas de 10% impostas à maioria dos países deverá continuar em vigor, disse o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, à CNBC, depois de os EUA anunciarem um acordo comercial bilateral com o Reino Unido.

"A razão pela qual as ações estão a registar ganhos é apenas a esperança de que essa atualização entre EUA e China no fim de semana na Suíça seja alguma coisa", disse à Reuters Benjamin Ford, estratega da Macro Hive.

O índice pan-europeu, o Stoxx 600, segue a valorizar 0,42% para 537,88 euros, com a maior subida a registar-se no setor do petróleo e gás (1,78%) e nos recursos básicos (0,9%). O destaque vai para a praça alemã, o Dax, que atingiu esta manhã novos máximos históricos, ao subir 0,8% para 23.528,88 pontos, à boleia das esperanças por acordos mais fortes.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valoriza 0,4%, o italiano FTSEMIB ganha 0,71% e o britânico FTSE sobe 0,44%. Já o espanhol IBEX 35 soma 0,3% e, em Amesterdão, o AEX valoriza 0,35%. 

O "benchmark" europeu caminha para a quarta semana consecutiva de ganhos, ao valorizar cerca de 13,7% em relação aos mínimos do início de abril, na esperança de que os EUA fechem acordos para evitar uma guerra comercial. Os resultados trimestrais das grandes cotadas também foram bastante otimistas.

Commerzbank conseguiu recuperar da queda inicial e soma agora mais de 1% depois de o credor alemão ter divulgado um crescimento surpreendente nos lucros no primeiro trimestre.

Já a suíça Sonova salta quase 6% após ter revisto em alta o número de vendas e lucros para o ano fiscal de 2025/26.

Nas tecnológicas, a dinamarquesa Bavarian Nordic salta 12% para o nível mais alto desde o final de fevereiro, isto depois de a receita do primeiro trimestre ter superado as expectativas do mercado.

Euribor desce e a três meses para um novo mínimo desde dezembro de 2022

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde dezembro de 2022.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,124%, ficou acima da taxa a seis meses (2,111%) e da taxa a 12 meses (2,024%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 2,111%, menos 0,023 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,024%, menos 0,012 pontos do que na quinta-feira.

A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, também desceu hoje, para 2,124%, menos 0,014 pontos e um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mas mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

Wall Street no verde com investidores atentos às negociações EUA-China
Wall Street no verde com investidores atentos às negociações EUA-China

Os principais índices norte-americanos arrancaram a derradeira sessão da semana com nota positiva, numa altura em que os EUA e a China começam a dar os primeiros passos para aliviar as tensões comerciais espoletadas pelo anúncio das tarifas "recíprocas" de Donald Trump. As delegações dos dois países vão encontrar-se durante o fim de semana para iniciar negociações, mas o Presidente norte-americano já deu a entender que pretende diminuir a magnitude das taxas alfandegárias para 80%.  

"Quem pensar que a diminuição nas tarifas vai-se ficar apenas pelos 80% não está a ver as coisas com clareza. Com o tempo, [os EUA e a China] vão chegar a um valor mais razoável, este é apenas um passo na direção certa", explica Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital, à Reuters.  

Neste contexto, o S&P 500 acelera 0,31% para 5.681,73 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 0,12% para 41.417,62 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,56% para 18.029,03 pontos. Na sessão anterior, os três principais índices norte-americanos já tinham encerrado em alta, com os investidores a celebrar um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido – o primeiro desde que Trump adotou uma postura agressiva com as suas tarifas.  

Ainda no campo comercial, a Reuters noticiou que a Índia está pronta para reduzir as taxas alfandegárias que os produtos norte-americanos enfrentam quando chegam ao país. Neste momento, as tarifas às exportações dos EUA cifram-se nos 13%, mas as autoridades indianas estão dispostas a baixar este valor para menos de 4%, de acordo com fontes citadas pela agência de notícias.  

No meio deste turbilhão comercial, as empresas continuam a apresentar resultados e, neste trimestre, 75% das empresas do S&P 500 que já revelaram as suas contas conseguiram ficar acima das expectativas do mercado. No entanto, uma boa parte decidiu suspender as suas previsões para o resto do ano, citando toda a incerteza que se vive com as tarifas.  

Entre as empresas que apresentaram resultados esta sexta-feira, a Lyft dispara 18,46% para 15,40 dólares, depois de ter visto as suas contas passarem do vermelho para o verde no primeiro trimestre do ano. A plataforma TVDE registou lucros de 2,6 milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, quando no período homólogo tinha observado prejuízos de 31,5 milhões.  

Já a Pinterest cresce 10,69% para 30,85 dólares, depois de a rede social ter revisto em alta as suas perspetivas de lucro para o atual trimestre, acalmando o nervosismo dos investidores em relação ao futuro da empresa.  

Petróleo avança e prepara-se para fechar semana com ganhos de 4%
Petróleo avança e prepara-se para fechar semana com ganhos de 4%

O barril de petróleo está a negociar em alta, numa altura em que os investidores estão otimistas em relação a um possível acordo entre os EUA e a China. Depois de, na quinta-feira, o Presidente norte-americano e o primeiro-ministro britânico terem chegado a um entendimento comercial, este fim de semana, é a vez de Washington começar a negociar com Pequim.  

Com um alívio das tensões comerciais no horizonte, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho sobe 1,25%, para os 60,66 dólares por barril. Já os contratos de julho do londrino Brent, referência para as importações portuguesas, avançam 1,26%, negociando nos 63,63 dólares por barril, depois de esta quinta-feira ter já valorizado 2,8%. 

Os dois "benchmarks" de referência encaminha-se para encerrar a semana com ganhos de 4%. 

Depois de ter atingido um pico em meados de janeiro, o barril de petróleo tem enfrentado grande turbulência nos preços. A guerra comercial em curso, que pode vir a ter consequências nefastas na economia global e, por conseguinte, no consumo desta matéria-prima, levou os preços do "ouro negro" a afundarem no mercado internacional.  

O cenário foi exacerbado com a abertura das "torneiras" por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). O cartel anunciou que vai colocar mais 411 mil barris por dia no mercado a partir de junho, o que se segue a um aumento na mesma magnitude já realizado em março. Com um cenário de maior oferta e uma procura em queda, os preços do crude chegaram a tocar mínimos de quatro anos.  

Ouro segue em alta com guerra comercial ainda em foco
Ouro segue em alta com guerra comercial ainda em foco

O ouro está a negociar em território positivo esta sexta-feira, encaminhando-se para encerrar a semana com ganhos de 3%. Apesar dos investidores esperarem um alívio das tensões comerciais, com EUA e China a iniciarem negociações este fim de semana, o metal precioso continua a beneficiar do contexto de incerteza que se vive a nível global.  

A esta hora, o metal precioso avança 1,06% para 3.340,50 dólares por onça, numa altura em que o dólar continua a mostrar sinais de fraqueza. Desde o início do ano, e beneficiando da sua posição com ativo de refúgio, o ouro já valorizou mais de 27%.  

"Obviamente, a contínua incerteza em torno das tarifas continua a ser o principal motor do ouro", começa por explicar David Meger, diretor de negociação de metais da High Ridge Futures. No entanto, o analista prevê que este "rally" do ouro não tenha pernas para andar no curto-prazo, ao esperar um "período de consolidação ou até mesmo de retração".  

Mesmo com Donald Trump a chegar a anunciar possíveis entendimentos com outros países, levando a uma redução das tarifas sobre certos setores ou produtos, o seu impacto continua a ser avaliado pelos investidores e pelos membros da Reserva Federal norte-americana. Michael Barr prevê que as novas taxas aduaneiras levem a um aumento da inflação, tendo ainda um impacto negativo no crescimento e no desemprego. 

Na frente geopolítica, o ouro está a beneficiar das tensões entre a Índia e o Paquistão. O conflito continua, com ambas as partes a acusarem-se mutuamente de novos ataques militares pelo terceiro dia consecutivo. Este é já o pior conflito entre os dois vizinhos do subcontinente indiano, munidos de armas nucleares, em mais de três décadas.  

Dólar corrige mas mantém saldo semanal positivo. Bitcoin continua acima dos 100 mil dólares
Dólar corrige mas mantém saldo semanal positivo. Bitcoin continua acima dos 100 mil dólares

O dólar prepara-se para encerrar a semana com ganhos, apesar de estar a registar perdas ligeiras contra os seus principais concorrentes esta sexta-feira. O acordo comercial entre EUA e o Reino Unido, bem como o otimismo em torno das negociações com a China, deram força à "nota verde" esta semana, numa altura em que a moeda tem vindo a recuperar das grandes perdas registadas no início de abril. 

A esta hora, o dólar corrige dos ganhos da sessão anterior face às suas principais rivais, como o euro, a libra e o iene. A moeda comum europeia avança 0,32% para 1,1264 dólares, enquanto a divisa britânica cresce 0,43% para 1,3308 dólares e a "nota verde" cede 0,43% para 145,24 ienes.  

"Há um grande otimismo no mercado em torno de possíveis avanços nas negociações entre os EUA e a China", começa por explicar Matthew Weller, diretor de "research" da StoneX. "A administração Trump parece estar a estender a mão a uma série de países e é possível que o pior desta guerra comercial já esteja para trás. É isto que o mercado está a começar a incorporar", conclui.  

Em contraste com as moedas das maiores economias do mundo, o dólar está a viver uma semana negra contra a maioria das divisas asiáticas, principalmente em relação ao dólar taiwanês. Após sessões bastante voláteis, a divisa da ilha deve fechar a semana com ganhos de mais de 6%.

 

Nos criptoativos, a bitcoin mantém-se acima dos 100 mil dólares. A esta hora, a criptomoeda sobe 1,36% para 102.700 dólares - próxima dos máximos históricos de 109 mil dólares atingidos em janeiro de 2025. 

Juros agravam-se na Zona Euro. Portugal regista maior subida

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro voltaram a agravar-se esta sexta-feira, depois de já terem registado uma sessão de ganhos no dia anterior. Os investidores mostram-se mais otimistas em relação a um alívio das tensões comerciais, numa altura em que os EUA dão os primeiros passos para chegar a acordos com os seus principais parceiros. 

Assim, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, e que servem de referência para a região, avançaram 2,9 pontos base para 2,559%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade cresceu 2,6 pontos para 3,262%. 

Nos países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa ganharam 3,6 pontos para 3,078%, enquanto os da dívida espanhola subiram 3,2 pontos para 3,203%. Por sua vez, na Itália, a "yield" das obrigações a dez anos aumentou 2,6 pontos para 3,607%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas agravaram-se em 2,2 pontos para 4,565%, enquanto as "Tresuries" norte-americanas negoceiam em contraciclo e recuam 2 pontos para 4,359%. 

Alemão DAX apaga perdas desde o "dia da libertação" e atinge máximos recorde
Alemão DAX apaga perdas desde o 'dia da libertação' e atinge máximos recorde

Os principais índices europeus encerraram a derradeira sessão da semana com nota positiva, com o DAX a atingir novos máximos históricos. Frankfurt torna-se, assim, a primeira praça a ultrapassar os picos registados em março, depois de o "dia da libertação" norte-americano, quando Donald Trump anunciou uma série de tarifas "recíprocas", afundando os mercados financeiros. 

O índice alemão fechou a sessão com uma valorização de 0,63% para 23.499,32 pontos - o valor de fecho mais elevado de sempre. Por sua vez, o Stoxx 600 - índice de referência europeu - avançou 0,44% para 537,96 pontos, com o setor do petróleo & gás a registar o melhor desempenho (+1,98%). 

O alemão DAX chegou a afundar 16% no rescaldo da apresentação da nova política comercial dos EUA. A rápida recuperação deve-se, em parte, a uma posição menos agressiva de Washington, mas também ao otimismo em torno do novo Governo do país e da sua política orçamental. Espera-se um "boom" económico na Alemanha, com as autoridades a prepararem um aumento substancial nos investimentos em defesa e infraestruturas. 

"É de relembrar que os mais recentes dados económicos, sobretudo na Alemanha, têm sido bastante favoráveis", começa por explicar Claudia Panseri, CIO da unidade francesa do UBS Wealth Management. "São boas notícias, numa altura em que o Banco Central Europeu dá sinais que pode vir a cortar nas taxas de juro a um ritmo superior ao esperado pelos analistas", conclui. 

Entre as principais movimentações de mercado, a BP disparou 4,73% para 3,72 libras, depois de o Financial Times ter noticiado que uma série das suas principais rivais estão a considerar comprar a empresa. Já se sabia que a Shell estava interessada em adquirir a BP, mas o jornal britânico revela agora que também a Chevron, a Exxon Mobil, a TotalEnergies e a ADNOC estão na corrida. 

Por sua vez, o Commerzbank avançou 4,36% para 25,36 euros, depois de ter visto os seus lucros aumentarem em quase 12% para 834 milhões de euros nos primeiros três meses do ano - um valor bastante superior ao esperado pelos analistas. 

Entre as restantes principais praças europeias, Madrid ganhou 0,48%, Paris cresceu 0,64%, Londres subiu 0,27%, enquanto Amesterdão aumentou 0,43% e Milão valorizou 1,02%.  

Ver comentários
Publicidade
C•Studio