Bolsas sobem para máximos de mais um ano. Petróleo cede com recuos nas vacinas
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
- Futuros da Europa sorriem antes de encontro da Fed
- Petróleo cai pelo terceiro dia com dólar forte a penalizar
- Europa ignora suspensão de vacinas da AstraZeneca e aposta na recuperação económica
- Juros da Zona Euro continuam a cair ainda sob o efeito BCE
- Dólar continua a ganhar força face ao euro, mas perde com a libra
- Ouro estável a aguardar por desenvolvimentos da Fed
- Bolsas dos Estados Unidos em alta à espera da Fed
- Petróleo recua com reveses da vacina da AstraZeneca
- Alemanha escapa à subida dos juros na Zona Euro
- Dólar sobe pelo terceiro dia
- Ouro sobe ligeiramente com alívio dos juros e à espera da Fed
- Stoxx600 avança para máximos de mais de um ano
Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a negociar de forma positiva na pré-abertura de sessão desta terça-feira, depois de o otimismo acerca da recuperação económica ter levado os índices de Wall Street a máximos históricos.
As atenções continuam voltadas para a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, com os investidores focados tanto nas previsões macroeconómicas, como nas decisões que serão tomadas para tentar conter a judia dos juros do Tesouro que ontem tocaram novamente em máximos de mais de um ano.
Por esta altura, os futuros do Stoxx 50 - índice que reúne as 50 maiores cotadas da região - avançam 0,3%, enquanto que os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 0,1%, depois de o índice ter renovado novos máximos ontem.
Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática fez-se também de forma positiva com os ganhos a registarem-se no Japão (0,7%), na China (0,8%) e em Hong Kong (0,6%).
No mercado de dívida, os juros do Tesouro nos Estados Unidos aliviaram depois de terem tocado em máximos de mais de um ano ontem, levando a "yield" da Austrália também para uma queda.
Os preços do petróleo estão a cair pela terceira sessão consecutiva penalizados pela recente apreciação do dólar norte-americano.
O Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - está hoje a perder 0,81% para os 68,37 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) desliza 0,8% para os 64,87 dólares.
O dólar mais forte está a pressionar os preço desta matéria-prima, uma vez que a torna mais cara para regiões regidas por outras moedas menos valiosas.
Apesar do recente recuo, os preços do petróleo continuam a caminho do seu quarto ganho trimestral consecutivo, numa altura em que o plano de vacinação e as projeções de recuperação económica aumentam a procura pela matéria-prima.
As ações europeias estão a negociar em alta com os investidores a ultrapassarem a questão da suspensão das vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca, focando-se na recuperação económica que se augura para a região.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa - está a ganhar 0,48% para os 425,12 pontos, com os setores da banca e automóvel a liderarem os ganhos, seguidos de perto pelas empresas de tecnologia.
Ontem, o Governo alemão informou que suspendia a administração da vacina para a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, na sequência de novos relatos de coágulos perigosos na corrente sanguínea relacionados com a vacina. Pouco depois, seguiram-se as mesmas confirmações da parte de França e Itália. A última, chegou da parte de Espanha. As atenções continuam voltadas para a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, com os investidores focados tanto nas previsões macroeconómicas, como nas decisões que serão tomadas para tentar conter a judia dos juros do Tesouro que ontem tocaram novamente em máximos de mais de um ano.
Pouco depois, seguiram-se as mesmas confirmações da parte de França e Itália. A última, chegou da parte de Espanha.
As atenções continuam voltadas para a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, com os investidores focados tanto nas previsões macroeconómicas, como nas decisões que serão tomadas para tentar conter a judia dos juros do Tesouro que ontem tocaram novamente em máximos de mais de um ano.
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão hoje novamente em queda, à exceção de Itália, com o número crescente de casos de covid-19 em alguns países da região e ainda sob o efeito da reunião do Banco Central Europeu na semana passada.
A "yield" do Bund alemão está a recuar 0,7 pontos base para os -0,343%, enquanto que os juros de Portugal e Espanha seguem a mesma tendência ao perderem 0,5 pontos base para os 0,169% e 0,287%, respetivamente.
As possíveis consequências com o aumento de casos de covid-19 e a suspensão da vacinação com o antídoto da farmacêutica AstraZeneca podem apresentar-se como um problema para a recuperação económica, levando alguns investidores a refugiarem-se no mercado de dívida, considerado mais seguro do que o de ações.
Em Itália, os juros da dívida assumem uma postura contrária aos pares da região e sobem 0,7 pontos base para os 0,603%.
O euro está a perder novamente força face ao dólar dos Estados Unidos, com o desenrolar do plano de vacinação contra a covid-19 a ser mais prejudicial para as moedas do "velho contienente", de acordo com analistas.
Há vantagem para o dólar nesta "dinâmica da vacinação", uma vez que défice comercial dos EUA não vai aumentar tão rapidamente quanto previsto, com outros países a serem relativamente mais lentos a abrir totalmente as suas economias no pós-pandemia, disse Rishi Mishra, analista da Futures First, citada pela Bloomberg.
Por esta altura, o euro perde 0,2% para os 1,1927 dólares e a libra esterlina avança 0,6% para os 1,3817 dólares.
O ouro segue a negociar de forma estável pelo segundo dia, com os investidores a aguardarem pela reunião de dois dias da Reserva Federal, que deverá reafirmar a sua postura "dovish".
O presidente da Fed, Jerome Powell, terá de defender a sua perspetiva acomodatícia de política monetária, a meio da recuperação económica que tem ganhado força e acelerado os receios de uma subida espontânea na inflação.
O ouro está por esta altura a negociar de forma inalterada nos 1.731,75 dólares por onça.
Os principais índices dos Estados Unidos abriram em alta, prolongando os ganhos da sessão europeia, numa altura em que o optimismo dos investidores em relação à recuperação da economia se sobrepõe aos contratempos com a vacina da AstraZeneca e aos atrasos nas campanhas de vacinação.
O índice tecnológico Nasdaq sobe 0,43% para 13.517,43 pontos enquanto o S&P500 avança 0,08% para 3.971,08 pontos. Já o Dow Jones contraria a tendência com uma queda ligeira de 0,04% para 32.933,42 pontos.
Esta evolução positiva acontece apesar dos dados dececionantes sobre as vendas a retalho no país. De acordo com os dados divulgados antes da abertura do mercado, as vendas a retalho desceram 2,2% em fevereiro, face ao mês anterior, quando as estimativas apontavam para um decréscimo mais ligeiro, de apenas 0,3%.
A atenção dos investidores vira-se agora para a comunicação da Reserva Federal dos Estados Unidos, na quarta-feira, que incluirá novas projeções económicas e para os juros.
"Fundamentalmente, o foco estará na recuperação do crescimento nos próximos meses e se a macropolítica - tanto orçamental como monetária - continuará a apoiar", disse Cecilia Chan, diretora de investimentos para Ásia-Pacífico do HSBC Asset Management, em declarações à Bloomberg TV .

O "ouro negro" segue a ceder terreno, pela terceira sessão consecutiva, desta vez pressionado sobretudo pelo facto de vários países terem decidido suspender a administração da vacina da AstraZeneca.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em abril cede 1,38% para 64,49 dólares.
Já o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,83% para 68,31 dólares.
Portugal, Alemanha, França, Espanha, Itália, Dinamarca, Irlanda, Holanda, Noruega e outros países europeus e do resto do mundo (como a Tailândia e o Congo) anunciaram a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford contra a covid-19, o que ameaça a retoma da procura por combustível, uma vez que haverá atrasos nos processos de vacinação e, consequentemente, na reabertura total das economias.
A suspensão da administração da vacina deve-se a potenciais efeitos secundários perigosos, depois dos relatos de surgimento de coágulos sanguíneos após a sua toma.
Os juros da dívida soberana dos países do euro estão a subir, à exceção da Alemanha, que regista uma queda ligeira de 0,3 pontos na yield a dez anos, para -0,339%.
Em Portugal, os juros a dez anos avançam 1,9 pontos para 0,192% enquanto em Itália, no mesmo prazo, a subida é de 2,7 pontos para 0,623%.
O dólar está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que os investidores aguardam pela conclusão da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, estra quarta-feira. O banco central divulgará novas projeções económicas e para as taxas de juro, indicações fundamentais para o mercado, quando se especula que o crescimento irá acelerar a inflação e, consequentemente, a subida das taxas.
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres valoriza 0,09%.

Os preços do metal amarelo estão a negociar em ligeira alta, numa altura em que os juros da dívida pública nos EUA voltaram a desagravar e enquanto os investidores aguardam com expectativa o desfecho da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana, que começou hoje.
O ouro a pronto (spot) segue a somar 0,2% para 1.735,44 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam também 0,2%, para 1.732,90 dólares por onça.
O metal precioso segue assim em terreno positivo, mas com subidas muito ligeiras, enquanto os investidores esperam por pistas que possam sair, amanhã, da reunião de dois dias da Fed.
O ouro está a encontrar algum suporte no ligeiro alívio dos juros da dívida pública nos EUA (que na passada sexta-feira dispararam para máximos de 6 fevereiro do ano passado, nos 1,641% [maturidade a 10 anos]).
As "yields" das obrigações do Tesouro nos EUA têm estado a subir devido aos receios de que um eventual aumento da inflação possa levar a Fed a subir os juros diretores mais cedo do que se espera, pelo que as indicações do banco central esta semana são aguardadas com expectativa.
Embora o ouro seja considerado uma boa cobertura contra a inflação (que se antevê com os novos estímulos à economia nos EUA, aprovados na semana passada), a subida dos juros da dívida tem ameaçado esse estatuto, dado que aumenta o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.
"A fraca recuperação do ouro nos últimos dias enfrenta um novo desafio com a reunião de amanhã da Fed. Os investidores não estão à procura da decisão da taxa atual, o que parece óbvio, mas sim de quaisquer previsões de política monetária, de forma a antecipar em que nível estarão as taxas de juro em 2022 e 2023", sublinha Carlo Alberto de Casa, analista chefe da ActivTrades, na sua análise diária.
"Estas expectativas provavelmente vão ter um impacto significativo no ouro, enquanto os investidores tentam entender quão real é o risco de inflação e qual será a provável reação da Fed. Como resultado, o ouro está num modo de ‘esperar para ver’", acrescenta.
Segundo Carlo Alberto de Casa, "um movimento claro acima dos $1.740 forneceria o primeiro sinal positivo, enquanto uma nova queda abaixo dos $1.700 posicionaria o ouro novamente na zona de perigo. Dito isto, temos visto até agora que, assim que o preço cai abaixo desse limite principal, os compradores ganham vida e fornecem suporte ao preço do ouro".
Edward Moya, analista de mercados da Oanda, comentou à Reuters que o ouro poderá já ter atingido o fundo, mas que o grande risco é a Fed. "Se a Fed não fizer recuar os juros da dívida, poderemos voltar a ver um movimento de vendas de pânico no ouro", considera.
Espera-se que a Fed reitere o seu compromisso de manter os juros diretores em torno de zero até que a economia atinja o pleno emprego.
O índice de referência europeu ganhou 0,88% para 426,82 pontos num dia em que avançou para a cotação mais alta desde 21 de fevereiro do ano passado. O Stoxx600 liderou os ganhos no continente europeu, sendo só suplantado pela valorização superior a 1% conseguida pela bolsa grega de Atenas.
As subidas dos setores automóvel e imobiliários foram as que mais impulsionaram a negociação bolsista na Europa, mas também os setores tecnológico, industrial e do retalho contribuíram para as subidas generalizadas observadas no velho continente. Já a queda do setor petrolífero travou maiores ganhos na Europa.
O índice lisboeta PSI-20 transacionou em linha com as principais congéneres europeias e fechou a apreciar 0,36% para 4.835,17 ponto, sobretudo apoiado pelas subidas da Nos (+3,37%) e da EDP e EDP Renováveis, ambas com subidas em torno de 1,70%.
Apesar do maior pessimismo decorrente dos atrasos nos processos de vacinação europeus, sobretudo agora que países como França e Alemanha, assim como Portugal, suspenderam a administração das vacinas da AstraZeneca, os investidores optaram por centrar o foco nas agora melhores perspetiva de uma retoma económica robusta na Zona Euro.
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