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Europa no vermelho. Gás dispara e juros europeus aliviam

Acompanhe aqui minuto a minuto o desempenho dos mercados durante a sessão desta terça-feira.

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bolsas, subida, mercados, Europa Kai Pfaffenbach/Reuters
26 de Julho de 2022 às 17:49
Ásia em dia de ganhos. Europa mira no vermelho

As principais praças asiáticas registaram ganhos moderados, a recuperar das perdas desta segunda-feira. A obter maiores ganhos estiveram as tecnológicas chinesas depois de terem surgido notícias de que a Alibaba está considerar mudar a principal cotação para a bolsa de Hong Kong.

Os olhos estão agora postos na Reserva Federal norte-americana que inicia esta terça-feira um encontro de dois dias onde será decidido o aumento das taxas de juro. Analistas consultados pela Bloomberg indicam que uma subida em 75 pontos base é um "done deal".

Já a Europa está a apontar para uma negociação em terreno negativo. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 perdem 0,11%.

"Apesar de vários dados a apontarem para uma desaceleração económica, parece que os mercados estão a ficar habituados a este tipo de narrativa", explica Jun Rong Yeap, da IG Asia, à Bloomberg.

"Mas isto claramente vai ser testado a um maior nível, com uma série de resultados de tecnológicas, reunião da Fed, mas também a inflação nos Estados Unidos e dados sobre sentimento do consumidor", adiantou ainda.

Na Ásia, pela China, o tecnológico Hang Seng subiu 1,5% e Xangai ganhou 0,8%. No Japão, o Nikkei cedeu 0,15% e o Topix subiu 0,2% Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,3%.

Petróleo segue em alta com receios do lado da oferta
Petróleo segue em alta com receios do lado da oferta

O petróleo está a avançar pelo segundo dia consecutivo, em dias marcados por um aperto na oferta, à medida que aumentam receios de um recuo económico a nível global.

O West Texas Intermediate (WTI), referência para os EUA e com entrega prevista em setembro, perde 1,75% para 98,39 dólares. Já o Brent do Mar do Norte, "benchmark" para a Europa e com entrega prevista para o mesmo mês, ganha 1,68% para 106,92 dólares.

O banco norte-americano Morgan Stanley reduziu as previsões do preço de crude para o resto do ano e 2023, justificando com reduções na oferta.

"Há claros problemas com a oferta no mercado, o que vai manter um aperto no petróleo para o resto do ano", indica o analista Warren Patterson da ING Groep à Bloomberg.

Ouro ganha de olhos na Fed
Ouro ganha de olhos na Fed

O ouro está a valorizar, na aproximação de uma nova subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana. Segundo indicam os analistas, a subida será de 75 pontos base.

O aumento das taxas diretoras por parte da Fed pode estar a dar força ao ouro, que é visto com um ativo seguro por excelência. Ainda assim, nas últimas semanas o dólar tem ocupado esse lugar.

O metal amarelo ganha 0,45% para 1.727,59 dólares por onça. Já o paládio valoriza 0,32% para 2.016,62 dólares e platina sobe 0,61% para 888,43 dólares.

"O dólar norte-americano tem estado a registar ganhos e isso deve estar a ajudar a uma desvalorização do ouro", explica Nicholas Frappell, analista da ABC Refinery, à Bloomberg. "Até agora, 'rallies' do ouro não estão a convencer e os investidores estão a aguardar a reunião da Fed para mais indicações".

Dólar perde antes da Fed
Dólar perde antes da Fed

O dólar está a desvalorizar em relação ao euro, pelo quarto dia consecutivo, à medida que os investidores se preparam para uma subida das taxas de juro por parte da autoridade monetária norte-americana.

O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra um cabaz de dez divisas rivais - perde 0,01% para 106,475 pontos.

O euro ganha 0,13% em relação ao dólar e perde 0,04% em relação ao iene. Já face ao franco suíço a moeda única europeia valoriza 0,03%.

"Estamos a assistir a alguma venda do dólar através de várias moedas, mas os futuros estão relativamente inalterados, por isso não é claro que se estes são movimentações que estão ligadas" explica Mingze Wu, analista da Stonex Financial à Bloomberg. "Parece uma movimentação pura do dólar, potencialmente posicionamento por parte de alguma empresa maior."

Juros aliviam na Zona Euro e Estados Unidos

Os juros das dívidas da Zona Euro estão a aliviar ligeiramente.

A "yield" da dívida alemã a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – perde 1,9 pontos base para 0,993%.

Os juros da dívida espanhola são os que mais cedem e perdem 4,5 pontos base para 2,167%. Já a "yield" da dívida italiana a 10 anos alivia 1,5 pontos base para 3,258%.

Quanto aos juros das obrigações portuguesas no mesmo vencimento, estas são as segundas que mais aliviam e subtraem 4 pontos base para 2,087%.

Já nos Estados Unidos, no dia que marca o início de um encontro de dois dias por parte da Reserva Federal norte-americana os juros da dívida a dez anos aliviam 1,5 pontos base para 2,781%.

Europa mista. Retalho perde mais de 2% com Walmart
Europa mista. Retalho perde mais de 2% com Walmart

As principais praças da Europa ocidental estão a negociar de forma mista no início de sessão desta terça-feira.

O índice de referência, Stoxx 600, cede 0,23% para 425,28 pontos. A liderar as perdas está o setor do retalho (-2,41%), depois da multinacional Walmart ter anunciado um corte nas perspetivas de crescimento para o resto do ano, colocando em causa a resiliência das despesas dos consumidores num contexto de inflação e desaceleração económica. 

A registar os maiores ganhos está o setor do petróleo e gás (1,24%), isto depois da Gazprom ter anunciado esta segunda-feira que ia parar mais uma das turbinas na estação compressora de Portovaya, que serve o Nord Stream. Os fluxos de gás neste gasoduto ficam assim reduzidos a menos de 20% da capacidade normal.

"Mantemo-nos cautelosos em relação ao mercado acionista europeu, já que uma recessão na Zona Euro é mais provável do que nos Estados Unidos", esclarece Valentine Ainouz, analista da Amundi em declarações à Bloomberg.

"A dependência da Zona Euro do gás russo permanece uma grande ameaça para a economia europeia. A redução desta dependência vai também pesar na economia da região a médio prazo", adiantou.

Nos restantes índices do Velho Continente, em Amesterdão, o AEX ganha 0,44% e o britânico FTSE 100 soma 0,27%. Já o lisboeta PSI avança 0,33%.

A registar uma negociação negativa está o italiano FTSEMIB que perde 0,53%, o espanhol IBEX 35 cede 0,52% e o alemão DAX cede 0,44%.

"Mantemo-nos cautelosos em relação ao mercado acionista europeu, já que uma recessão na Zona Euro é mais provável do que nos Estados Unidos", esclarece Valentine Ainouz, analista da Amundi em declarações à Bloomberg.

"A dependência da Zona Euro do gás russo permanece uma grande ameaça para a economia europeia. A redução desta dependência vai também pesar na economia da região a médio prazo", adiantou.

Nos restantes índices do Velho Continente, em Amesterdão, o AEX ganha 0,44% e o britânico FTSE 100 soma 0,27%. Já o lisboeta PSI avança 0,33%.

Retalho pressiona Wall Street na abertura no dia em que arranca reunião da Fed
Retalho pressiona Wall Street na abertura no dia em que arranca reunião da Fed

Wall Street arrancou a sessão no vermelho, pressionada sobretudo pelo retalho, depois de o peso pesado do setor, a Walmart, ter reduzido as estimativas de lucro para este ano, à medida que a inflação continua a pesar sobre as despesas dos consumidores.

 

O industrial Dow Jones cai 0,32% para 31.891,07 pontos, o S&P 500 perdeu 0,63% para 3.943,15 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite derrapa 0,99% para 11.662,84 pontos.

 

As ações da Walmart seguem a cair 8,03%, sendo acompanhada pela Target que perde 3,47%. "Não é uma surpresa, por norma é comum que tal aconteça quando a inflação está alta", comentou Eugenio J. Alemán, economista-chefe da Raymond James, em declarações à Reuters. "As pessoas estão a reduzir as compras mediante as suas necessidades", acrescentou.

 

Entre os principais movimentos de mercado destaca-se ainda a queda de 3,46% dos títulos da Amazon, após a empresa liderada por Andy Jassy ter anunciado que vai aumentar os preços das entregas e dos serviços de "streaming" na Europa em até 43% este ano, para fazer frente à escalada dos custos. O aumento dos preços arranca em setembro.

 

Durante a sessão, os olhos dos investidores estão ainda virados para a reunião de política monetária de dois dias da Reserva-Federal norte-americana (Fed) que arranca esta terça-feira. Segundo a Bloomberg, o banco central liderado por Jerome Powell deve subir a taxa de fundos federais em 75 pontos base para um intervalo entre 2,25% e 2,5%.

 

O banco central dos EUA iniciou um ciclo de subida dos juros diretores em março passado, com um aumento de 25 pontos base. Na reunião seguinte, a de maio, procedeu a um incremento maior: 50 pontos base, e em junho a subida já foi de 75 pontos base para um intervalo entre 1,5% e 1,75%, onde está atualmente.

 

Os analistas, citados pela agência norte-americana, acreditam que além desta subida, a Fed evitará dar demasiados detalhes sobre os próximos passos a dar acerca da sua política monetária – o que em inglês é batizado de "forward guidance" - de forma a manter todas as opções em aberto, mediante os dados económicos que serão conhecidos até à próxima reunião em setembro.

"Esperamos que a Fed mantenha todas as opções em aberto e evite qualquer orientação mais forte", escreveram os analistas do Goldman Sachs a semana passada numa nota de "research", citada pela Bloomberg.

 

Ouro segue estável a recuperar atratividade

O ouro segue a negociar estável esta terça-feira. Sinais de uma tendência otimista a par de uma queda do dólar nos últimos dias face ao passado dia 13 de julho, quando a "nota verde" chegou a valer mais do que o euro, parecem estar a reavivar as qualidades do "metal amarelo" como ativo de refúgio, após um ano em que esta não tem sido a principal escolha dos investidores.

O metal precioso segue a desvalorizar 0,02% para 1.719,50 dólares por onça, ao passo que a platina cede 0,56% para 878,11 dólares e o paládio cai 0,17% para 2.006,70 dólares.

Os investidores estão com as atenções viradas para o encontro de dois dias da Reserva Federal, que arrancou esta terça-feira, e do qual deverá sair uma nova subida das taxas de juro, desta vez em 75 pontos base.

Euro derrapa mais de 1% perante crise de gás
Euro derrapa mais de 1% perante crise de gás

A moeda única europeia derrapa 1,01% para 1,0117 dólares, pressionado pela força do dólar e pelo acordo da UE para reduzir o consumo de energia no bloco, numa altura em que a possibilidade de um corte total do gás russo se torna cada vez mais real.

A reunião de política monetária da Fed arranca esta terça-feira e termina quarta-feira com as decisões dos decisores políticos.

 

O banco central dos EUA iniciou um ciclo de subida dos juros diretores em março passado, com um aumento de 25 pontos base. Na reunião seguinte, a de maio, procedeu a um incremento maior: 50 pontos base, e em junho a subida já foi de 75 pontos base para um intervalo entre 1,5% e 1,75%, onde está atualmente.

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 10 divisas rivais – soma 0,66% para 107,19 pontos, numa altura em que o mercado aposta em que a Reserva Federal norte-americana (Fed) suba a taxa de fundos federais em 75 pontos base.

 

Juros da dívida nacional renovam mínimos de maio. "Yields" das Bunds abaixo de 1%

Os juros aliviaram na Zona Euro, com destaque para a Península Ibérica, onde as yields das dívidas a dez anos assistiram a subtrações na ordem dos dois dígitos.

 

Os juros das Bunds alemãs – "benchmark" para o mercado europeu – aliviaram 9,3 pontos base para 0,919%, renovando mínimos do final de maio.

 

Por sua vez, a yield da dívida italiana cai 4,1 pontos base para 3,232%.

 

Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 10,8 pontos base para 2,018%, renovando mínimos de dois meses.

 

Por fim, em Espanha a yield das obrigações a dez anos subtraiu 11,6 pontos base para 2,097%.

Europa encerra com ligeiras quedas, pressionada por cenário de crise energética

As principais praças da Europa ocidental encerraram a sessão com ligeiras quedas. Isto numa altura em que os investidores assimilam a resistência das empresas, que já começaram a divulgar os resultados do segundo trimestre, e estão atentos aos riscos de uma crise energética provocada pela redução de gás proveniente da Rússia.

 

O Stoxx 600 caiu 0,03% para 426,13 pontos, com o setor da energia a sustentar pelo índice. Em sentido contrário esteve o setor do retalho, que registou uma queda de 4,22% após a Walmart ter reduzido as perspetivas de lucro.  

 

Nos restantes índices do Velho Continente, em Amesterdão, o AEX cedeu 0,11%, o italiano FTSEMIB caiu 1,04%, o espanhol IBEX recuou 0,20% e o alemão DAX perdeu 0,86%.

 

Os riscos de uma crise energética na Europa aumentaram após a estatal russa Gazprom ter anunciado uma redução do fornecimento de gás natural para menos de 20% da sua capacidade.

 

Paul Jackson, chefe global de alocação de ativos da Invesco, considera que o mercado acionista ainda não incorporou esta redução do fornecimento de gás. "Se o fornecimento for cortado abrutamente, isto significará uma grave recessão e acho que isso ainda não está a ser contabilizado", defendeu.

Os investidores estão esta terça-feira atentos ao encontro de dois dias da Fed, do qual deverá sair uma nova subida das taxas de juro.

Petróleo em queda. Gás renova máximos de março apesar de acordo da UE

O petróleo segue a desvalorizar, numa altura em que surge o receio de uma contração económica motivada pelo endurecimento da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

O West Texas Intermediate – referência para o mercado norte-americano – perde 1,70% para 95,06 dólares por barril. Além da Fed, o mercado está a ser pressionado pela divulgação dos dados relativos à confiança do consumidor em julho nos EUA que renovou mínimos de fevereiro do ano passado.

 

Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, derrapa 0,44% para 104,69 dólares.

 

No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – escala 14,74% para 202,45 euros por megawatt-hora, depois de durante a sessão ter alcançado o patamar dos 205 euros, renovando máximos de março.

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