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Juros da dívida portuguesa em máximos desde 2018. Guterres vai reunir com Lavrov e Putin

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
22 de Abril de 2022 às 18:50
Trigo com a maior série de perdas desde novembro

A invasão russa à Ucrânia, um dos principais países da Europa para a produção agrícola, voltou a fazer mossa na negociação de matérias-primas, mais especificamente nos cereais.

 

Os futuros sobre o trigo, negociados no mercado de Chicago, caíram até 0,9% durante a madrugada desta sexta-feira, para o quarto dia de perdas, a mais longa sequência de dias no vermelho desde novembro do ano passado, de acordo com a informação recolhida pela Bloomberg.

 

Desde o início do ano, os cereais já ficaram cerca de 40% mais caros, segundo os dados da Bloomberg, o que tem levantado preocupações sobre a próxima época de colheita.

Powell aponta Europa para o vermelho
Powell aponta Europa para o vermelho

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell (na foto), voltou a soltar o "falcão" no banco central, anunciando a possibilidade cada vez mais firme de uma política monetária restritiva mais agressiva, o levou a negociação de futuros na Europa a apontar para um arranque de sessão manchado de vermelho.

 

Os futuros sobre o Stoxx 50 estão a cair 1,6%, depois de durante esta madrugada terem chegado a sofrer uma queda de 2,6%.

 

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na quinta-feira que o banco central está comprometido em elevar as taxas de juro "rapidamente" para reduzir a inflação, admitindo a possibilidade de aumentar as taxas de juro em 50 pontos base já em maio. "É absolutamente essencial restaurar a estabilidade dos preços", observou o presidente do banco central.

 

As declarações de Powell também afetaram o fim da sessão nos mercados asiáticos. O japonês Nikkei liderou as perdas entre os principais mercados da região, ao cair 1,79%, pressionado sobretudo pelas ações do SoftBank Group que tombaram 3,08%. O Topix recuou 1,29%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2%.  Xangai derrapou 0,75%.

 

As palavras de Powell sobrepuseram-se às boas notícias do Banco Central da China, que pela boca do seu governador Yi Gang anunciou durante um fórum anual, que apesar de continuar a manter uma política monetária prudente, irá tomar medidas para apoiar a economia do país.

EUA ameaçam China com sanções
EUA ameaçam China com sanções

Os EUA voltaram a ameaçar a China com sanções, se Pequim continuar a apoiar militarmente a Rússia, ao mesmo tempo que asseguraram que vão ajudar a Índia a acabar com a sua dependência face às armas russas.

 

O anúncio foi feito pela vice-secretária de Estado de Joe Biden, Wendy Sherman, que acusou Pequim de ampliar a campanha de desinformação russa.

Durante um evento em Bruxelas, a número dois de Antony Blinken afirmou que espera que "a China tenha aprendido as lições certas com a guerra na Rússia", mais concretamente se não se deve separar dos EUA e dos seus aliados.

 

Ainda dentro da administração Biden, a secretária do Comércio, Gina Raimondo, anunciou que as sanções impostas pelo Ocidente resultaram numa queda de mais de 50% das importações por parte da Rússia de elementos tecnológicos, colocando em xeque a indústria do país.

 

"Os militares russos estão a lutar para encontrar peças de substituição para tanques, satélites e sistemas de lançamento", assegurou Raimondo durante uma conferência de imprensa em Washington.

Petróleo a caminho de fechar terceira semana de perdas
Petróleo a caminho de fechar terceira semana de perdas

O petróleo caminha para a terceira perda semanal, motivada pelos confinamentos na China que têm levado a uma diminuição da procura pelo maior importador de ouro negro do mundo.

Este mercado está ainda a sofrer um choque provocado pelas declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, que admitiu a possibilidade de subir as taxas de juro em 50 pontos base já em maio.

 

O West Texas Intermediate, em Nova Iorque, está a cair 0,59% para 103,18 dólares por barril, depois de ter desvalorizado mais de 1% durante a manhã desta sexta-feira, para 103,18 dólares o barril, tendo mergulhado mais de 4% esta semana, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, regista uma queda de 0,57% para 107,71 dólares por barril.

 

O petróleo já subiu 35% desde o início do ano, tendo o desequilíbrio entre procura e oferta sido agravado pela invasão russa à Ucrânia.

O futuro parece ser incerto, já que por um lado continuam os confinamentos em alguns centros financeiros da China, como Xangai, aliviando assim o mercado pelo lado da procura, enquanto por outro os EUA pressionam Bruxelas para bloquear as importações de petróleo russo.

 

"É um mercado instável", resume Gao Mingyu, analista da SDIC Essence Futures, citado pela Bloomberg.

Ouro regista perda semanal de 1,5%. Dólar em alta e euro em queda
Ouro regista perda semanal de 1,5%. Dólar em alta e euro em queda

O ouro segue a negociar na linha de água, com um ganho ligeiro de 0,04% para 1.952,08 dólares a onça, depois de ter caído cerca de 0,3% durante esta quinta-feira, devido ao choque provocado pelo presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) que admitiu a possibilidade da taxa de fundos federais subir 50 pontos base já em maio. Desde o início da semana, o metal amarelo já perdeu 1,5%.

 

Ainda assim, a guerra na Ucrânia continua a motivar o investimento em ETF correlacionados com o ouro, que seguem para um quinto dia consecutivo de ganhos, registando o nível mais alto, como não era visto há um ano, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

 

Em contraciclo, os juros da dívida soberana norte-americana a dez anos e o dólar ampliaram os ganhos, retirando as atenções do ouro que não remunera juros.

 

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 16 divisas rivais – está a somar 0,27% para 100,84 pontos, enquanto o euro  cai 0,18% para 1,0814 dólares.

Stoxx 600 a caminho da maior perda semanal desde o início de março
Stoxx 600 a caminho da maior perda semanal desde o início de março

Um mar vermelho invadiu a Europa no arranque de sessão desta sexta-feira, devido aos maus resultados de algumas empresas durante esta "earnings season" e às declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, sobre a possibilidade de uma subida das taxas de juro em 50 pontos base já em maio.

 

O Stoxx 600 segue a cair 1,02% para 456,87 pontos, caminhando para a maior perda semanal, desde o início de março. Dos 20 setores que compõe o índice, retalho e tecnologia comandam as perdas.

 

Entre os principais movimentos do mercado, são de destacar as ações da Kering que estão a tombar 5,03%, depois de as vendas da Gucci do primeiro trimestre terem ficado abaixo das expectativas, devido aos confinamentos que estão a assolar a China, um dos maiores consumidores da marca. Também a empresa alemã de software SAP desce 0,51%, depois de os lucros dos primeiros três meses do ano terem ficado abaixo das estimativas.

 

Apesar de tudo, a época de resultados europeia tem sido tranquilizadora, com os ganhos por ação acima da média tanto na Europa como nos EUA, de acordo com o analista do Barclays, Emmanuel Cau, citado pela Bloomberg.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX derrapa 0,47%, o alemão DAX desliza 1,35% e o francês CAC-40 regista uma queda de 1,01%. Londres cai 0,49%, acompanhada por Amesterdão (-0,86%) e Milão (-1,27%). Por cá, o PSI segue a tendência, estando a desvalorizar 0,74%.

 

Os ativos de risco estão sob pressão, depois de Jerome Powell ter admitido a possibilidade de uma subida das taxas de juro em 50 pontos base já em maio.

Os investidores europeus estão também a preparar-se para a segunda volta das eleições presidenciais francesas entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen. Os "equity funds" do país registaram perdas pela 10.ª semana consecutiva com um prejuízo de 2,9 mil milhões de dólares, de acordo com os dados do Bank of America e EPFR citados pela Bloomberg.

 

O sentimento dos investidores está ainda a ser influenciados pelos números das vendas a retalho no Reino Unido que caíram mais do que o previsto em março, enquanto o indicador de confiança dos consumidores mergulhou como não era visto desde 2008.

Juros aliviam na Zona Euro e agravam nos EUA
Juros aliviam na Zona Euro e agravam nos EUA

Os juros estão a aliviar na Zona Euro, mas a agravar nos EUA, depois das declarações desta quinta-feira proferidas pelo presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) e horas antes do discurso de Christine Lagarde, líder do Banco Central Europeu (BCE) nas reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

A yield sobre as bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu –estão a aliviar 1,2 pontos base para 0,931%. Desde esta quinta-feira que os juros das obrigações germânicas com esta maturidade estão acima de 0,9% e desde o dia 31 de janeiro que estão em território positivo.

 

Por sua vez, os juros das obrigações italianas a dez anos descem 2,0 pontos base para 2,582%, enquanto a yield da dívida soberana francesa com a mesma maturidade aliviam 2,1 pontos base para 1,378%.

 

Na Península ibérica, os juros da dívida portuguesa e da dívida espanhola a dez anos aliviam 0,8 pontos base cada, para 1,933% e 1,886% respetivamente. Desde o dia 7 de fevereiro que os juros da dívida nacional a dez anos estão acima de 1%, sendo que desde o início desta semana estão acima da linha psicológica de 1,9%, como não era visto desde novembro de 2018.

 

Já nos EUA, a tendência é contrária, os juros da dívida norte-americana a dez anos continuam a renovar máximos de 2018, estando perto de 3%, mais concretamente a agravar 2,6 pontos base para 2,963%.

Kremlin avisa que calendário para pagamentos de gás em rublos mantém-se inalterado

O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov deixou claro, esta sexta-feira, que não houve qualquer alteração ao plano ou ao calendário definido por Moscovo relativamente ao pagamento de gás russo em rublos por parte de empresas estrangeiras.

A mensagem chegou depois de o Reino Unido ter decidido garantir à Gazprombank licença para pagamentos de gás até ao final de maio.

Dmitry Peskov afirmou que o cronograma para os pagamentos foi definido por decreto presidencial de Vladimir Putin no final de março e que os pagamentos devem ser levados a cabo em conformidade. 

Na segunda-feira Dmitry Peskov tinha dito que os chamados países "hostis" ainda tinham tempo para mudarem para rublos os pagamentos do gás, que vencem em maio.

Russos querem controlar sul da Ucrânia, diz major-general russo
Russos querem controlar sul da Ucrânia, diz major-general russo

O major-general do exército russo, Rustam Minnekayev, afirmou que o Kremlin pretende dominar todo o sul da Ucrânia, assim como o Donbass, segundo as informações avançadas pelas agências russas Tass e Ria Novosti e citadas pela Bloomberg.

A agência norte-americana salienta, no entanto, que ainda não está claro que estas declarações do membro da nata militar russa correspondem à visão oficial do Kremlin.

 

Rustam Minnekayev explicou ainda que Moscovo pretende ter uma passagem terrestre para a Crimeia e influenciar pontos-chave da economia ucraniana, através do controlo dos principais portos do país banhados pelo Mar Negro.

O Kremlin pretende assim ter acesso à disputada região separatista pró-russa da Transnístria, uma região anteriormente detida pela Moldávia a noroeste de Odessa e que declarou a independência em 1990 com a ajuda do exército russo.

Iraque prevê encaixar 25 mil milhões de receitas com petróleo em seis meses devido a subida dos preços

O Iraque espera ganhar receitas com as exportações de petróleo de 25 mil milhões de dólares num intervalo de seis meses devido ao aumento dos preços do crude, afirmou o ministro das Finanças, citado, esta sexta-feira, pela agência estatal INA.

O governo federal iraquiano tem ainda a receber receitas ou fundos resultantes das exportações de petróleo da região curda do norte do país ainda que esta seja obrigada a pagá-las, indicou Ali Abdul Ameer Allawi. 

Já foram encontrados 1.084 cadáveres na região de Kiev
Já foram encontrados 1.084 cadáveres na região de Kiev

O número de civis mortos continua a aumentar na região de Kiev, à medida que continuam a ser descobertos mais cadáveres.

 

Até ao momento já foram confirmadas 1.084 mortes na região, um aumento expressivo face às 900 vítimas contabilizadas na semana anterior.

 

A maioria dos corpos apresenta marcas de morte por ferimentos provocados por balas, de acordo com as declarações de Andriy Niebytov, chefe da polícia regional a uma televisão local.

Scholz promete enviar mais munições a Kiev mas volta a bater o pé contra embargo do "oil" russo
Scholz promete enviar mais munições a Kiev mas volta a bater o pé contra embargo do 'oil' russo

O chanceler alemão, Olaf Scholz prometeu continuar a enviar armas para a Ucrânia, mas insistiu na necessidade de evitar a todo o custo um conflito direto com a Rússia.

 

"Precisamos de fazer de tudo para evitar um confronto militar direto entre a NATO e uma potência nuclear como a Rússia", sublinhou Scholz em entrevista à revista alemã Der Spiegel.

"Farei de tudo para que não haja uma terceira guerra mundial, uma guerra nuclear", acrescentou.

 

O chanceler alemão voltou ainda a bater o pé contra o corte das importações europeias de petróleo de origem russa, argumentando que tal não acabaria com a guerra e que ainda criaria "uma crise económica dramática" que levaria a milhões o número de desempregados na União Europeia.

Bundesbank avisa que embargo ao gás russo pode custar 180 mil milhões à Alemanha
Bundesbank avisa que embargo ao gás russo pode custar 180 mil milhões à Alemanha

O Bundesbank, o banco central da Alemanha, alerta que caso a União Europeia avance para um embargo às importações de gás da Rússia, isso poderia custar à maior economia da Zona Euro cerca de 180 mil milhões de euros em produção perdida este ano, nota o Financial Times.

A informação consta do boletim mensal do banco central alemão, que aponta ainda que um embargo ao gás russo tiraria até 5% ao produto interno bruto (PIB) alemão em 2022. O banco alerta que isso elevaria os preços da energia ainda mais e encaminharia a economia alemã para uma situação de recessão. 

A Alemanha tem demonstrado relutância em apoiar a proposta da União Europeia para um embargo mais rápido às importações de gás da Rússia. O setor empresarial alemão também tem pressionado nesta questão, nomeadamente através de declarações públicas onde alertam que sem gás russo algumas empresas precisarão de fechar portas. 

Leia a notícia completa aqui.  

Wall Street arranca sessão no vermelho a pesar palavras de Powell
Wall Street arranca sessão no vermelho a pesar palavras de Powell

Os três índices norte-americanos arrancam a última sessão da semana em terreno negativo, com os investidores a pesar as palavras do líder da Fed sobre uma subida mais agressiva dos juros. 

Numa intervenção feita nos encontros do FMI, Powell admitiu que uma subida dos juros na ordem de 50 pontos base está em cima da mesa, possivelmente já na reunião de maio.

Assim, o industrial Dow Jones recuava 0,64% no arranque, para 34.569,09 pontos, o Nasdaq Composite negociava na "linha de água", a recuar 0,07% para 13.165,49 pontos e o S&P recuava 0,48% para 4.372,66 pontos. 

A época de resultados continua a decorrer. As contas feitas pela Bloomberg apontam que, das 98 empresas do S&P 500 que já apresentaram resultados, 79% bateram as estimativas dos analistas relativamente a lucros e 65% ultrapassaram as previsões de vendas.

Holandeses querem largar combustíveis fósseis da Rússia até ao fim do ano

Os Países Baixos planeiam parar de utilizar combustíveis fósseis da Rússia até ao final do ano, anunciou, esta sexta-feira, o Governo, prometendo gastar aproximadamente 623 milhões de euros em incentivos às empresas para que encham um grande depósito de armazenamento de gás.

Para levar essa missão a bom porto, ou seja, para deixar para trás os combustíveis fósseis oriundos da Rússia, o governo holandês afirmou estar focado em apostar na poupança energética, em políticas 'verdes' e em importar mais energia de outros países.

"Desta forma, os Países Baixos podem conservar ou substituir completamente a fatia russa do seu gás até ao final do ano", indicou, em comunicado, o executivo holandês, juntando-se assim a outros países no corte de fornecimentos russos em protesto devido à invasão da Ucrânia por parte de Moscovo.

Estima-se que 44% da energia consumida nos Países Baixos tem por base o gás - uma das mais elevadas taxas da Europa -, mas apenas 15% do gás chega da Rússia, de acordo com dados oficiais holandeses, reproduzidos pela agência Reuters.

No quadro dos seus esforços para reduzir a dependência da Rússia, o governo holandês anunciou que vai compensar as empresas por encherem o armazém de gás de Bergermeer, um dos maiores da Europa, antes do inverno. E, antecipa, estimular as empresas a fazê-lo  - o depósito tem capacidade para 4,1 mil milhões de metros cúbicos - deve custar cerca de 623 milhões de euros.

Em paralelo, o governo holandês também instruiu a estatal EBN a tomar medidas no sentido de garantir que o armazém será enchido em pelo menos 70% caso as empresas não se sintam atraídas pelos incentivos financeiros.

A instalação de Bergermeer, que assume um terço da capacidade de armazenamento de gás dos Países Baixos, é detida em 60% pela Abu Dhabi National Energy "TAQA", que também a opera, e em 40% pela EBN.

Com efeito, a Gazprom tem direito a 40% do espaço de armazenamento ao abrigo de um acordo em vigor até 2045, explica a Reuters, dando conta, porém, que, no ano passado, a empresa russa não utilizou a sua quota. Um porta-voz do Ministério dos Assuntos Económicos indicou que a área reservada à Gazprom poderia ser usada por outros este ano se a própria não o fizer ao abrigo de uma cláusula que dita que "ou usa ou perde o direito ao uso".

Líder da Agência Internacional de Energia Atómica visita Chernobyl na próxima semana

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla em inglês) vai visitar, na próxima semana, a antiga central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, anunciou, esta sexta-feira, organismo através de um comunicado.

Rafael Grossi vai liderar uma missão de especialistas com vista a intensificar os esforços para ajudar e prevenir eventuais riscos de um acidente nuclear em face da guerra na Ucrânia, explicou a IAEA, dando conta de que a comitiva vai estar no terreno a partir de 26 de abril.

Além de entregar equipamentos vitais, a equipa de peritos em segurança nuclear vai levar a cabo avaliações, incluindo radiológicas, no local que foi tomado pelas forças russas antes de estas se retirarem a 31 de março, explicou a agência, na mesma nota, citada pela Reuters.

"A presença da IAEA na central de Chernobyl será de suma importância para as nossas atividades de apoio à Ucrânia na tentativa de restaurar o controlo regulatório da central e de garantir a segurança das suas operações", afirmou Rafael Grossi, indicando que o organismo pretende levar a cabo outras missões do tipo a outras centrais nucleares do país nas próximas semanas.

Petróleo cai pela terceira semana

Os confinamentos na China - o maior importador mundial de petróleo - e os sinais de que a Reserva Federal norte-americana vai apostar numa política de juros mais apertada, - de forma a contrair o consumo e fazer baixar a inflação, - estão a levar o crude para a sua terceira perda semanal em quatro semanas.

Esta tarde, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, caía 1,67% para 102,06 dólares por barril, com uma queda acumulada de mais de 4% esta semana, segundo os dados compilados pela Bloomberg. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e de referência para a Europa, recuava 1,78% para 106,40 dólares por barril.

"Esta semana, os receios em relação à procura aumentaram", sublinhou Fiona Cincotta, analista sénior de mercados financeiros da City Index. "Estamos nesta zona intermédia, onde aguardamos para ver se a UE proibirá ou não o petróleo russo. Esse é o único evento que mudará consideravelmente o rumo dos preços do petróleo".

"Esta semana, os receios em relação à procura aumentaram", sublinhou Fiona Cincotta, analista sénior de mercados financeiros da City Index. "Estamos nesta zona intermédia, onde aguardamos para ver se a UE proibirá ou não o petróleo russo. Esse é o único evento que mudará consideravelmente o rumo dos preços do petróleo".

"Fantasma" de subida dos juros pelo BCE leva "yield" da dívida portuguesa a máximos desde 2018

A crescente convicção por parte dos investidores de que o Banco Central Europeu (BCE) irá subir as taxas de juro mais cedo do que o anteriormente previsto, devido à escalada da inflação, está a agravar as "yields" das dívidas soberanas da Zona Euro.

Na dívida portuguesa a 10 anos, a "yield" sobe 1,7 pontos base, para os 1,957%. Durante o dia, contudo, tocou os 1,980%, o valor mais elevado desde 20 de novembro de 2018, data em que foi atingido o valor de 2%.

O agravamento das "yields" também se fez sentir na dívida do país vizinho, que avança 1,4 pontos, para 1,908%. Em Itália a subida é mais expressiva: 4,4 pontos base, para 2,647%.

A exceção ocorre nas dívidas a 10 anos da Alemanha, referência para o mercado da dívida, e de França. No caso das "bunds", os juros aliviam 0,2 pontos base, para 0,941%, enquanto na dívida gaulesa a 10 anos a "yield" recua 0,4 pontos, para os 1,394%.

Libra em mínimos de setembro de 2020. Euro no vermelho
Libra em mínimos de setembro de 2020. Euro no vermelho

A libra esterlina está a negociar em mínimos de setembro de 2020, com as perspetivas de um crescimento económico mais lento a pesar. Os índices PMI para os serviços e para a economia britânica apontaram para um mínimo de três meses, pesando assim na moeda inglesa. 

Nesta altura, a libra está a cair 1,42% face ao dólar, para 1,2845 dólares. Esta é a segunda sessão da libra em terreno negativo. Aliás, ao longo da semana, a libra só conseguiu chegar ao verde na quarta-feira, dia em que apreciou 0,54%. 

O euro está também no vermelho pela segunda sessão, a cair 0,48% face ao dólar para 1,0782 dólares. Ao contrário da libra, a moeda única conseguiu alcançar ganhos em duas sessões desta semana, na terça e na quarta-feira. 

Por sua vez, o dólar está a ganhar força, amparado pelas palavras do líder da Fed. A nota verde está a valorizar 0,57% perante um cabaz composto por divisas rivais. 

Ouro a caminho de queda semanal de 2%. Prata tomba 1,8%
Ouro a caminho de queda semanal de 2%. Prata tomba 1,8%

O ouro está a desvalorizar na sessão desta sexta-feira, já encaminhado para uma queda semanal de 2%. Assim, com um registo semanal a "vermelho", tudo aponta que o ouro vai interromper a série de duas semanas a "verde", com ganhos acima de 1%. 

Este metal precioso está a desvalorizar 0,83% esta sexta, com a onça nos 1.935,38 dólares, em valores do final de março. Esta é a segunda sessão seguida com o ouro a desvalorizar. 

As palavras de Powell pesaram no preço do ouro, depois de o líder da Fed abrir a porta a uma subida de juros mais agressiva, referindo que um aumento dos juros de 50 pontos base está em cima da mesa para a reunião de política monetária de maio. A abordagem mais "hawkish" surge num momento em que a inflação nos Estados Unidos continua a subir. 

As declarações de Powell deram fôlego ao dólar, que alcançou o nível mais elevado desde junho de 2020, fator que também pesa na procura pelo ouro.

Os restantes metais acompanham a desvalorização do ouro. A prata tomba 1,81% na sessão, para 24,22 dólares por onça. A platina regista uma descida ainda mais acentuada, a desvalorizar 3,47% para 936,98 dólares por onça.

Praças europeias derrubadas por maré vermelha

Uma impressionante onda vermelha atingiu esta sexta-feira os principais mercados mundiais, derrubando desde índices a matérias-primas. Na Europa, as bolsas sofreram substanciais desvalorizações. 

Entre as principais praças, o alemão Dax recuou 2,48%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,99%, o italiano FTSEMIB perdeu 2,12%, o britânico FTSE 100 cedeu 1,39% e o espanhol IBEX 35 desceu 1,84%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,62%. O PSI portuguÊs acabou por ter a desvalorização menos expressiva ao ceder 0,87%.

Por sua vez, o índice Stoxx 600, negociado em Londres, que agregas as principais empresas do continente europeu e que serve de referência para o bloco, recuou 1,79%, com todos os setores a vermelho, e o retalho, recursos e turismo a caírem mais de 3%.

Por cotadas, a que liderou as quedas foi a sueca Vitrolife, especializada em tecnologias médicas, que caiu 17,55%. Logo atrás ficou a alemã Covestro, a recuar 10,37%. A casa de luxo francesa Kering SA também caiu após o crescimento das vendas da Gucci terem ficado abaixo do estimado no primeiro trimestre devido aos confinamentos na China. Também os resultados da SAP se mostraram desapontantes, o que pesou no desempenho da empresa.

Esta semana marca, assim, a primeira grande queda semanal das bolsas europeias desde o início de março, quando a guerra na Ucrânia estava nos seus primeiros dias. A pesar no sentimento dos mercados esteve a indicação de que a Fed norte-americana poderá apostar numa política mais hawkish para conter a inflação e ser seguida, do lado de cá, pelo Banco Central Europeu.

Os investidores estão preocupados que a política agressiva da Reserva Federal "se torne mais dura e por mais tempo tempo", indicou Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Markets UK. "Embora os mercados não estejam preocupados com uma subida de 50 pontos-base em maio, já prevista, receiam com outras duas novas subidas de 50 pontos-base até o final do verão."

Por sua vez, o índice Stoxx 600, negociado em Londres, que agregas as principais empresas do continente europeu e que serve de referência para o bloco, recuou 1,79%, com todos os setores a vermelho, e o retalho, recursos e turismo a caírem mais de 3%.

Por cotadas, a que liderou as quedas foi a sueca Vitrolife, especializada em tecnologias médicas, que caiu 17,55%. Logo atrás ficou a alemã Covestro, a recuar 10,37%. A casa de luxo francesa Kering SA também caiu após o crescimento das vendas da Gucci terem ficado abaixo do estimado no primeiro trimestre devido aos confinamentos na China. Também os resultados da SAP se mostraram desapontantes, o que pesou no desempenho da empresa.

Esta semana marca, assim, a primeira grande queda semanal das bolsas europeias desde o início de março, quando a guerra na Ucrânia estava nos seus primeiros dias. A pesar no sentimento dos mercados esteve a indicação de que a Fed norte-americana poderá apostar numa política mais hawkish para conter a inflação e ser seguida, do lado de cá, pelo Banco Central Europeu.

Os investidores estão preocupados que a política agressiva da Reserva Federal "se torne mais dura e por mais tempo tempo", indicou Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Markets UK. "Embora os mercados não estejam preocupados com uma subida de 50 pontos-base em maio, já prevista, receiam com outras duas novas subidas de 50 pontos-base até o final do verão."

António Guterres vai reunir-se com Vladimir Putin na segunda-feira
António Guterres vai reunir-se com Vladimir Putin na segunda-feira

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vai visitar Moscovo na próxima segunda-feira, dia 25 de abril. 

A informação foi partilhada pela ONU através do Twitter, que indica que Guterres vai encontrar-se com Vladimir Putin, o Presidente da Rússia, no dia seguinte, a 26 de abril. A agenda indica que também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, irá almoçar com Guterres.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, já tinha dito esta quarta-feira que António Guterres enviou uma carta a Vladimir Putin para combinar esta reunião. "O secretário-geral disse que, neste momento de grande perigo, gostaria de discutir medidas urgentes para trazer a paz à Ucrânia e o futuro do multilateralismo baseado na Carta das Nações Unidas e no direito internacional", disse o porta-voz sobre este tema.

BREAKING

The Secretary-General @antonioguterres will visit Moscow, #Russia on April 25th and will meet with President Vladimir Putin. pic.twitter.com/EkQdODPNWE

— UN News (@UN_News_Centre) April 22, 2022

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