Otimismo inunda mercados europeus. Imobiliário galga 7%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
- Europa aponta para arranque na linha d'água. Ásia fecha com ganhos
- Petróleo valoriza com maior otimismo sobre procura
- Ouro desliza antes de dados da inflação nos EUA
- Euro sobe ligeiramente face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro
- Inflação abaixo do esperado nos EUA dá ânimo a Wall Street
- Possibilidade de fim de subidas de juros pela Fed impulsiona metais preciosos
- Petróleo sobe com arrefecimento da inflação nos EUA
- Dólar penalizado com inflação a abrandar nos EUA
- Otimismo leva juros da Zona Euro a aliviarem
- Otimismo inunda mercados europeus. Imobiliário galga 7%
As bolsas europeias apontam para um início de sessão na linha d'água, num dia em que os investidores aguardam por novos dados económicos na Europa e nos Estados Unidos.
O Eurostat divulga esta terça-feira como se situou o produto interno bruto da União Europeia no terceiro trimestre e o centro de estudos ZEW publica um novo inquérito sobre a confiança dos consumidores na Alemanha, maior economia europeia.
Além disso, os Estados Unidos divulgam novos dados da inflação. A expectativa é de que a taxa homóloga tenha recuado de 3,7% em setembro para 3,3% em outubro, de acordo com economistas ouvidos pela Bloomberg.
A confirmar-se o alívio do aumento dos preços no consumidor, os dados poderão ajudar a cimentar a ideia de que as taxas de juro atingiram o pico.
Na Ásia, a negociação fechou no verde, mas preocupações quanto a um abrandamento da economia chinesa penalizaram as tecnológicas. A Alibaba e a Tencent, por exemplo, perderam 1,3% e 0,52%, respetivamente, no dia em que apresentam contas.
Na China, Hong Kong valorizou 0,01% e Xangai somou 0,31%. No Japão, o Topix avançou 0,37% e o Nikkei subiu 0,34%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 1,25%.

Os preços do petróleo estão a valorizar, impulsionados por sinais de que as perspetivas de procura podem não ser tão fracas quanto o temido.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,18% para 78,4 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,19% para 82,68 dólares por barril. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) disse, ontem, que a procura está robusta e que um "sentimento negativo exagerado" dominou o mercado.
Esta terça-feira, a Associação Automóvel Americana afirmou que o período de viagens durante o feriado do Dia de Ação de Graças - um dos mais comemorados nos Estados Unidos - será o mais agitado desde 2019, o que animou os investidores.

O ouro está a desvalorizar, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de novos dados da inflação nos Estados Unidos.
O ouro a pronto (spot) cai 0,06% para 1.945,66 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,17% para 985,28 dólares e a platina sobe 0,32% para 871,08 dólares.
A estimativa dos economistas, ouvidos pela Bloomberg, é de que o aumento dos preços recuou para os 3,3% em outubro.
Os dados serão vistos atentamente pelos investidores, que procuram sinais sobre os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Uma queda da inflação poderá cimentar as expectativas de que as taxas de juro atingiram o pico.
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de diferentes dados económicos na Zona Euro.
A moeda única europeia soma 0,06% para 1,0704 dólares.
O euro está também a beneficiar de um dólar mais fraco, numa altura em que o mercado espera pela leitura da inflação de outubro nos Estados Unidos. Os investidores estão, a esta hora, a privilegiar outras moedas, como o franco suíço e o iene, que são também vistos como ativo-refúgio.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, o que significa que os investidores estão a privilegiar as obrigações.
Isto num dia em que os investidores aguardam a leitura da inflação de outubro nos Estados Unidos, que, segundo os economistas ouvidos pela Bloomberg, deverá mostrar um recuo no aumento dos preços no consumidor - sinalizando que os juros poderão já estar em níveis suficientemente restritivos.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos aliviam 2,5 pontos base para 3,367%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência a região, desceu 1,7 pontos base para 2,693%.
A rendibilidade da dívida espanhola cede 1,8 pontos base para 3,742%, no dia em que foi conhecido que a inflação se situou nos 3,5% em outubro, em linha com o valor registado no mês anterior.
Os juros da dívida pública italiana recuam 1,7 pontos base para 4,532% e os juros da dívida francesa cedem 2 pontos base para 3,266%.
Fora da Zona Euro, os juros aliviam 1,2 pontos base para 4,296%.

Os principais índices em Wall Street abriram a valorizar esta terça-feira, poucos minutos depois de terem sido conhecidos os números da inflação nos Estados Unidos — que ficaram abaixo do esperado e aumentam as expectativas de que a Reserva Federal já terá terminado o ciclo de aperto da política monetária.
O industrial Dow Jones avançou 1,04% para 34.693,87 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 ganha 1,49% para 4.477,22 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite pula 1,96% para 14.037,83 pontos.
O índice de preços ao consumidor caiu mais do que o esperado para 3,2% em termos homólogos, o que compara com expectativas de um aumento de 3,3% e é a primeira desaceleração em quatro meses. Este valor compara com uma subida de 3,7% em setembro.
Já a inflação subjacente, que deixa de fora os preços mais voláteis dos alimentos e da energia, foi também ligeiramente abaixo das previsões dos economistas, abrandando de 4,1% para 4% em termos anuais. Ainda assim cresceu 0,2% em termos de variação mensal.
"Estamos felizes de ver a inflação e a inflação subjacente abaixo do esperado. Diz-nos que a Fed já fez tudo o que tinha a fazer", afirmou à Reuters o analista Thomas Hayes da Great Hill Capital.
"Temos de manter um olho no potencial para deflação, mas neste momento, isto é, 'goldilocks'. Isto é o que Fed estava à procura, a inflação e o mercado laboral a desacelerarem e a economia a manter alguma robustez ao mesmo tempo", completou.

Os preços do ouro estão a valorizar, depois de terem sido conhecidos os números da inflação nos Estados Unidos em outubro, que foram inferiores ao esperado e que geram novas expectativas de que a Reserva Federal poderá ter terminado o ciclo de subida das taxas de juro.
A descida das "yields" da dívida norte-americana está também a dar impulso ao metal precioso.
O ouro soma 1,04% para 1.967,10 dólares por onça. Por sua vez, a platina ganha 2,56% para 890,56 dólares por onça e o paládio pula 3,24% para 1.018,93 dólares por onça.
O mercado estima agora em 100% que a Fed mantenha as taxas de juro inalteradas em dezembro, este valor compara com 86% antes de ter sido conhecida a taxa de inflação, segundo dados da CME FedWatch, consultados pela Reuters.
"O índice de preços no consumidor foi significativamente abaixo do esperado, o que poderá dar impulso aos metais preciosos. Esperamos uma deterioração significativa dos dados macroeconómicos ao longo do terceiro trimestre, o que deverá enfraquecer o dólar e sustentar o ouro", afirmou à Reuters o analista Daniel Ghali da TD Securities.
"Para os próximos seis meses estimamos que os preços do ouro valorizem até aos 2.100 dólares por onça", indicou.

O petróleo valoriza, depois de serem conhecidos dados relativos à inflação nos Estados Unidos, que mostram um abrandamento acima do esperado, o que vem dar força à ideia de que a Reserva Federal não vai mexer nas taxas de juro em dezembro. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 1,79% para
A taxa homóloga da inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor, abrandou para 3,2% em termos homólogos, o que compara com os 3,7% registados em setembro, de acordo com os dados oficiais publicados esta terça-feira.
A descida foi superior ao esperado pelos economistas ouvidos pela Reuters, que estimavam um aumento de 3,3% e é a primeira desaceleração em quatro meses.A Agência Internacional de Energia (AIE) já tinha dito que o mercado não está tão apertado como se tinha previsto, mesmo com a procura a aumentar.
"A procura por petróleo até está a manter-se firme e a exceder expectativas", disse Toril Bosoni, da divisão de mercado do petróleo da Bloomberg. A oferta de produtores fora da OPEP também é mais elevada que o esperado, com um crescimento forte de países como os Estados Unidos e o Brasil. "Assim, uma combinação dos dois aliviou a tensão no mercado, por agora", acrescentou Bosoni.

O dólar está a negociar em baixa, depois de dados divulgados hoje terem dado conta de um abrandamento da inflação subjacente nos Estados Unidos em outubro, aumentando as expectativas de que a Reserva Federal terá terminado o ciclo de aperto da política monetária.
"Podemos dizer adeus à era de subida de juros", disse à Reuters, Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management.
Face a estes números o dólar perde 1,185 para 0,9237 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas rivais – cai 1,14% para 104,425 pontos.
A pressionar a "nota verde" esteve ainda a descida dos juros da dívida norte-americana.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, depois ter sido conhecida a inflação nos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado pelos analistas e que fomenta assim as expectativas de que a Reserva Federal possa já ter terminado o ciclo de subida das taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 11,2 pontos base para 2,598% - assinalando a maior descida desde meados de agosto -, enquanto os juros da dívida portuguesa aliviaram 11,7 pontos base para 3,275%.
A rendibilidade da dívida espanhola e francesa decresceu 13 pontos base para 3,630% e 3,157%, respetivamente, e os juros da dívida italiana caíram 15 pontos base para 4,399%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 16,1 pontos base para 4,147%.

Os principais índices europeus encerram a sessão em alta, animados por uma descida da inflação nos Estados Unidos que deverá manter, para já, a Reserva Federal afastada de novas subidas de juros diretores.
O índice de referência, Stoxx 600, subiu 1,34% para 452,6 pontos, atingindo máximos de um mês.
Entre os maiores ganhos esteve o setor mineiro - que valorizou depois de a Glencore ter adquirido uma participação maioritária no negócio de carvão da Teck Resources por 6,9 mil milhões de dólares - e o do retalho, com ambos os setores a ganharem mais de 3%.
No entanto, o que mais brilhou foi o imobiliário. Este que é um dos setores expostos à política monetária levada a cabo pelos bancos centrais escalou 7%.
Em sentido oposto, as telecomunicações foram dos poucos setores a registarem perdas, juntamente com o setor de petróleo e gás. Isto depois de a Vodafone ter apresentado resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. Apesar do aumento das receitas em Portugal, o grupo britânico viu as receitas caírem 4,3% para 21,9 mil milhões. Uma queda que, justifica, se deveu sobretudo a taxas de câmbio adversas e custos energéticos elevados em países como Itália e Espanha.As notícias provenientes do outro lado do Atlântico animaram os investidores, uma vez "que são um alívio - dado que uma última subida de juros não é necessária", disse à Bloomberg Amelie Derambure, gestora de portfólio na Amundi.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,76%, o francês CAC-40 valorizou 1,39%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,45%, o britânico FTSE 100 avançou 0,2% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,71%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,63%.
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