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Otimismo inunda mercados europeus. Imobiliário galga 7%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

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14 de Novembro de 2023 às 17:44
Europa aponta para arranque na linha d'água. Ásia fecha com ganhos

As bolsas europeias apontam para um início de sessão na linha d'água, num dia em que os investidores aguardam por novos dados económicos na Europa e nos Estados Unidos.

O Eurostat divulga esta terça-feira como se situou o produto interno bruto da União Europeia no terceiro trimestre e o centro de estudos ZEW publica um novo inquérito sobre a confiança dos consumidores na Alemanha, maior economia europeia.

Além disso, os Estados Unidos divulgam novos dados da inflação. A expectativa é de que a taxa homóloga tenha recuado de 3,7% em setembro para 3,3% em outubro, de acordo com economistas ouvidos pela Bloomberg.

A confirmar-se o alívio do aumento dos preços no consumidor, os dados poderão ajudar a cimentar a ideia de que as taxas de juro atingiram o pico. 

Na Ásia, a negociação fechou no verde, mas preocupações quanto a um abrandamento da economia chinesa penalizaram as tecnológicas. A Alibaba e a Tencent, por exemplo, perderam 1,3% e 0,52%, respetivamente, no dia em que apresentam contas.

Na China, Hong Kong valorizou 0,01% e Xangai somou 0,31%. No Japão, o Topix avançou 0,37% e o Nikkei subiu 0,34%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 1,25%.

Petróleo valoriza com maior otimismo sobre procura
Petróleo valoriza com maior otimismo sobre procura

Os preços do petróleo estão a valorizar, impulsionados por sinais de que as perspetivas de procura podem não ser tão fracas quanto o temido.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,18% para 78,4 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,19% para 82,68 dólares por barril. 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) disse, ontem, que a procura está robusta e que um "sentimento negativo exagerado" dominou o mercado.

Esta terça-feira, a Associação Automóvel Americana afirmou que o período de viagens durante o feriado do Dia de Ação de Graças - um dos mais comemorados nos Estados Unidos - será o mais agitado desde 2019, o que animou os investidores.

Ouro desliza antes de dados da inflação nos EUA
Ouro desliza antes de dados da inflação nos EUA

O ouro está a desvalorizar, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de novos dados da inflação nos Estados Unidos.

O ouro a pronto (spot) cai 0,06% para 1.945,66 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,17% para 985,28 dólares e a platina sobe 0,32% para 871,08 dólares.

A estimativa dos economistas, ouvidos pela Bloomberg, é de que o aumento dos preços recuou para os 3,3% em outubro. 

Os dados serão vistos atentamente pelos investidores, que procuram sinais sobre os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Uma queda da inflação poderá cimentar as expectativas de que as taxas de juro atingiram o pico.

Euro sobe ligeiramente face ao dólar

O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de diferentes dados económicos na Zona Euro.

A moeda única europeia soma 0,06% para 1,0704 dólares.

O euro está também a beneficiar de um dólar mais fraco, numa altura em que o mercado espera pela leitura da inflação de outubro nos Estados Unidos. Os investidores estão, a esta hora, a privilegiar outras moedas, como o franco suíço e o iene, que são também vistos como ativo-refúgio.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, o que significa que os investidores estão a privilegiar as obrigações.

Isto num dia em que os investidores aguardam a leitura da inflação de outubro nos Estados Unidos, que, segundo os economistas ouvidos pela Bloomberg, deverá mostrar um recuo no aumento dos preços no consumidor - sinalizando que os juros poderão já estar em níveis suficientemente restritivos.

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos aliviam 2,5 pontos base para 3,367%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência a região, desceu 1,7 pontos base para 2,693%. 

A rendibilidade da dívida espanhola cede 1,8 pontos base para 3,742%, no dia em que foi conhecido que a inflação se situou nos 3,5% em outubro, em linha com o valor registado no mês anterior.

Os juros da dívida pública italiana recuam 1,7 pontos base para 4,532% e os juros da dívida francesa cedem 2 pontos base para 3,266%.

Fora da Zona Euro, os juros aliviam 1,2 pontos base para 4,296%.

Inflação abaixo do esperado nos EUA dá ânimo a Wall Street
Inflação abaixo do esperado nos EUA dá ânimo a Wall Street

Os principais índices em Wall Street abriram a valorizar esta terça-feira, poucos minutos depois de terem sido conhecidos os números da inflação nos Estados Unidos — que ficaram abaixo do esperado e aumentam as expectativas de que a Reserva Federal já terá terminado o ciclo de aperto da política monetária.

O industrial Dow Jones avançou 1,04% para 34.693,87 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 ganha 1,49% para 4.477,22 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite pula 1,96% para 14.037,83 pontos.

O índice de preços ao consumidor caiu mais do que o esperado para 3,2% em termos homólogos, o que compara com expectativas de um aumento de 3,3% e é a primeira desaceleração em quatro meses. Este valor compara com uma subida de 3,7% em setembro.

Já a inflação subjacente, que deixa de fora os preços mais voláteis dos alimentos e da energia, foi também ligeiramente abaixo das previsões dos economistas, abrandando de 4,1% para 4% em termos anuais. Ainda assim cresceu 0,2% em termos de variação mensal.

"Estamos felizes de ver a inflação e a inflação subjacente abaixo do esperado. Diz-nos que a Fed já fez tudo o que tinha a fazer", afirmou à Reuters o analista Thomas Hayes da Great Hill Capital.

"Temos de manter um olho no potencial para deflação, mas neste momento, isto é, 'goldilocks'. Isto é o que Fed estava à procura, a inflação e o mercado laboral a desacelerarem e a economia a manter alguma robustez ao mesmo tempo", completou.

Possibilidade de fim de subidas de juros pela Fed impulsiona metais preciosos
Possibilidade de fim de subidas de juros pela Fed impulsiona metais preciosos

Os preços do ouro estão a valorizar, depois de terem sido conhecidos os números da inflação nos Estados Unidos em outubro, que foram inferiores ao esperado e que geram novas expectativas de que a Reserva Federal poderá ter terminado o ciclo de subida das taxas de juro.

A descida das "yields" da dívida norte-americana está também a dar impulso ao metal precioso.

O ouro soma 1,04% para 1.967,10 dólares por onça. Por sua vez, a platina ganha 2,56% para 890,56 dólares por onça e o paládio pula 3,24% para 1.018,93 dólares por onça.

O mercado estima agora em 100% que a Fed mantenha as taxas de juro inalteradas em dezembro, este valor compara com 86% antes de ter sido conhecida a taxa de inflação, segundo dados da CME FedWatch, consultados pela Reuters.

"O índice de preços no consumidor foi significativamente abaixo do esperado, o que poderá dar impulso aos metais preciosos. Esperamos uma deterioração significativa dos dados macroeconómicos ao longo do terceiro trimestre, o que deverá enfraquecer o dólar e sustentar o ouro", afirmou à Reuters o analista Daniel Ghali da TD Securities.

"Para os próximos seis meses estimamos que os preços do ouro valorizem até aos 2.100 dólares por onça", indicou.

Petróleo sobe com arrefecimento da inflação nos EUA
Petróleo sobe com arrefecimento da inflação nos EUA

O petróleo valoriza, depois de serem conhecidos dados relativos à inflação nos Estados Unidos, que mostram um abrandamento acima do esperado, o que vem dar força à ideia de que a Reserva Federal não vai mexer nas taxas de juro em dezembro.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 1,79% para 79,66 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 1,66% para 83,89 dólares por barril. 

A taxa homóloga da inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor, abrandou para 3,2% em termos homólogos, o que compara com os 3,7% registados em setembro, de acordo com os dados oficiais publicados esta terça-feira.

A descida foi superior ao esperado pelos economistas ouvidos pela Reuters, que estimavam um aumento de 3,3% e é a primeira desaceleração em quatro meses.

A Agência Internacional de Energia (AIE) já tinha dito que o mercado não está tão apertado como se tinha previsto, mesmo com a procura a aumentar.

"A procura por petróleo até está a manter-se firme e a exceder expectativas", disse Toril Bosoni, da divisão de mercado do petróleo da Bloomberg. A oferta de produtores fora da OPEP também é mais elevada que o esperado, com um crescimento forte de países como os Estados Unidos e o Brasil. "Assim, uma combinação dos dois aliviou a tensão no mercado, por agora", acrescentou Bosoni.

Dólar penalizado com inflação a abrandar nos EUA
Dólar penalizado com inflação a abrandar nos EUA

O dólar está a negociar em baixa, depois de dados divulgados hoje terem dado conta de um abrandamento da inflação subjacente nos Estados Unidos em outubro, aumentando as expectativas de que a Reserva Federal terá terminado o ciclo de aperto da política monetária.

"Podemos dizer adeus à era de subida de juros", disse à Reuters, Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management.

Face a estes números o dólar perde 1,185 para 0,9237 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas rivais – cai 1,14% para 104,425 pontos.

A pressionar a "nota verde" esteve ainda a descida dos juros da dívida norte-americana.

Otimismo leva juros da Zona Euro a aliviarem

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, depois ter sido conhecida a inflação nos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado pelos analistas e que fomenta assim as expectativas de que a Reserva Federal possa já ter terminado o ciclo de subida das taxas de juro.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 11,2 pontos base para 2,598% - assinalando a maior descida desde meados de agosto -, enquanto os juros da dívida portuguesa aliviaram 11,7 pontos base para 3,275%.

A rendibilidade da dívida espanhola e francesa decresceu 13 pontos base para 3,630% e 3,157%, respetivamente, e os juros da dívida italiana caíram 15 pontos base para 4,399%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 16,1 pontos base para 4,147%.

Otimismo inunda mercados europeus. Imobiliário galga 7%
Otimismo inunda mercados europeus. Imobiliário galga 7%

Os principais índices europeus encerram a sessão em alta, animados por uma descida da inflação nos Estados Unidos que deverá manter, para já, a Reserva Federal afastada de novas subidas de juros diretores.

O índice de referência, Stoxx 600, subiu 1,34% para 452,6 pontos, atingindo máximos de um mês.

Entre os maiores ganhos esteve o setor mineiro - que valorizou depois de a Glencore ter adquirido uma participação maioritária no negócio de carvão da Teck Resources por 6,9 mil milhões de dólares - e o  do retalho, com ambos os setores a ganharem mais de 3%.

No entanto, o que mais brilhou foi o imobiliário. Este que é um dos setores expostos à política monetária levada a cabo pelos bancos centrais escalou 7%.

Em sentido oposto, as telecomunicações foram dos poucos setores a registarem perdas, juntamente com o setor de petróleo e gás. Isto depois de a Vodafone ter apresentado resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. Apesar do aumento das receitas em Portugal, o grupo britânico viu as receitas caírem 4,3% para 21,9 mil milhões. Uma queda que, justifica, se deveu sobretudo a taxas de câmbio adversas e custos energéticos elevados em países como Itália e Espanha.

As notícias provenientes do outro lado do Atlântico animaram os investidores, uma vez "que são um alívio - dado que uma última subida de juros não é necessária", disse à Bloomberg Amelie Derambure, gestora de portfólio na Amundi.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,76%, o francês CAC-40 valorizou 1,39%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,45%, o britânico FTSE 100 avançou 0,2% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,71%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,63%.

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