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Europa encerra no verde. BCP tem o segundo melhor desempenho do Stoxx 600

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

graficos, operadores, traders, supervisores
graficos, operadores, traders, supervisores Lucas Jackson/Reuters
20 de Junho de 2024 às 17:57
Europa aponta para o verde e Ásia fecha mista. IPO faz sucesso na Austrália

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%, apontando para um arranque da sessão em terreno positivo. O movimento acontece horas antes de serem conhecidos os dados relativos à confiança do consumidor  e a decisão do Banco de Inglaterra, sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela instituição.

O banco central resolveu entrar num período de silêncio em antecipação das eleições no Reino Unido. E é isso que se espera nesta quinta-feira – que não haja alterações nos juros de referência –, mas os mercados vão tentar ler nas entrelinhas qual será o momento para a primeira descida, especialmente agora que a inflação atingiu a meta de 2%.

Pela Ásia, na China a sessão encerrou de forma mista. Xangai caiu 0,3% e Hong Kong desvalorizou 0,6%. No Japão o Topix perdeu 0,2%, enquanto o Nikkei subiu 0,16%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,5%.

Além da sessão asiática, os investidores estiveram atentos à negociações na Austrália, onde a Guzman e Gomez, uma cadeia de restauração de comida mexicana escalou até 38% naquela que é considerada a maior entrada em bolsa no país, em quase um ano.

Petróleo: Londres e Nova Iorque divididas à espera dos "stocks" de crude
Petróleo: Londres e Nova Iorque divididas à espera dos 'stocks' de crude

O petróleo negoceia sem um alinhamento entre Nova Iorque e Londres, numa altura em que os investidores aguardam os números oficiais sobre as reservas de crude nos EUA, a semana passada.

O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança ligeiramente (0,08%) para 85,14 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) recua 0,18% para 81,42 dólares por barril.

A administração norte-americana publica esta quinta-feira os números sobre os "stocks" de crude, depois de esta quarta-feira o American Petroleum Institute ter avançado que s "stocks" registaram um aumento de 2,3 milhões de barris na semana passada.

Se os números oficiais confirmarem esta valor, este será o terceiro aumento consecutivo do número de barris em reserva nos EUA.

Ouro perto de máximos de duas semanas à boleia de abrandamento económico nos EUA
Ouro perto de máximos de duas semanas à boleia de abrandamento económico nos EUA

O ouro está a valorizar ligeiramente esta quinta-feira, após ter chegado a tocar máximos de duas semanas esta madrugada. Isto depois de terem sido divulgados novos dados que mostram um abrandamento da economia norte-americana e que aumentam a probabilidade de cortes das taxas de juro pela Reserva Federal este ano.

O metal amarelo avança 0,18% para 2.332,41 dólares por onça.

"O mercado do ouro parece estar a consolidar os ganhos recentes em vez de subir ainda mais nesta fase, pelo menos até vermos mais provas de abrandamento nos dados macroeconómicos dos EUA, o que poderia alterar o 'outlook' para a evolução das taxas de juro", explicou à Reuters Tim Waterer, analista da KCM Trade.

Franco suíço sob pressão após corte de juros pelo SNB. Libra inalterada à espera do BoE
Franco suíço sob pressão após corte de juros pelo SNB. Libra inalterada à espera do BoE

O franco suíço está a desvalorizar tanto face ao euro, como relativamente ao dólar, depois de o Banco Nacional da Suíça (SNB, na sigla em inglês) ter optado por cortar os juros diretores em 25 pontos base na reunião de política monetária desta quinta-feira. Este é o segundo corte por parte da instituição, o primeiro foi em março.

O franco suíço desvaloriza assim 0,62% para 1,1239 dólares e 0,42% para 1,0481 euros.

A libra, por sua vez, está a negociar sem tendência definida, antes de ser conhecida uma decisão de política do Banco de Inglaterra, cujo comité está reunido esta quinta-feira. É esperado que os juros diretores se mantenham inalterados.

A libra recua 0,13% para 1,2704 dólares e avança 0,03% para 1,1843 euros.

França consegue forte procura em leilão de dívida
França consegue forte procura em leilão de dívida

Os juros das dívidas soberanas na Europa seguem a subir ligeiramente, num dia em que França foi ao mercado emitir dívida de médio prazo.  Em mercado secundário, a "yield" das obrigações francesas a 10 anos aumentam 2,1 pontos base para 3,311%.

O Tesouro do país emitiu 10,5 mil milhões de euros em obrigações a três a oito anos. França colocou 10,5 mil milhões de euros, tendo conseguido uma procura 2,41 vezes superior à oferta, o que é visto como forte face à incerteza política.

Este foi o primeiro leilão de dívida a longo prazo desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas. Depois da convocatória, os juros franceses ficaram acima dos juros portugueses em várias maturidades, incluido o prazo a 10 anos.

Esta quinta-feira, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade agrava-se 2,2 pontos base para 3,161%. Ainda no sul da Europa, Itália avança 1,5 pontos base para 3,953% e Espanha 2,1 pontos base para 3,311%, enquanto o "benchmark" - a dívida alemã com a mesma maturidade - avança 3,3 pontos base para 2,435%.

A centrar a atenção dos investidores está também a reunião de política monetária do Banco de Inglaterra, na qual se espera que decida manter as taxas de juro inalteradas, depois de a inflação no Reino Unido ter atingido a meta do banco central de 2%. Os juros da dívida soberana britânica sobem 1,4 pontos base para 4,079%.

Ações europeias avançam após decisão do Banco de Inglaterra de manter juros inalterados

O mercado acionista europeu está a negociar em terreno positivo, num dia em que o Banco de Inglaterra decidiu deixar as taxas de juros inalteradas.

O índice de referência europeu Stoxx 600 avança 0,48% para 516,61 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do bloco, as ações de empresas tecnológicas lideram a tabela dos ganhos.

Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganha 0,54%, Paris aumenta 0,99%, Amesterdão avança 0,6%, Madrid sobe 0,43% e Milão arrecada 1%, sendo o índice que mais avança.

O índice londrino valoriza, por sua vez, 0,14%, depois de o banco central do Reino Unido ter decidido manter as taxas de juro inalteradas nos 5,25%, em máximos de 16 anos, pela sétima reunião consecutiva. 

Apesar disso, estão mais propensos a apoiar cortes futuros, depois de a inflação ter atingido a meta dos 2% em maio.

Taxa Euribor a seis meses mantém-se em mínimo de mais de um ano

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais curtos respetivamente para novos mínimos desde 21 de julho e desde 19 de maio de 2023.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,700%, ficou acima da taxa a seis meses (3,689%) e da taxa a 12 meses (3,608%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,689%, menos 0,006 pontos e um novo mínimo desde 19 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou hoje, para 3,608%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,700%, menos 0,012 pontos e um novo mínimo desde 21 de julho, depois de ter descido na segunda-feira para 3,711%, um novo mínimo desde 26 de julho de 2023.

Em 19 de outubro, a Euribor a três meses atingiu 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Wall Street em alta com euforia ligada à Nvidia
Wall Street em alta com euforia ligada à Nvidia

As bolsas norte-americanas abriram em alta, depois de estarem encerradas na quarta-feira devido a um feriado nacional. Os ganhos da Nvidia e a consequente ascensão da gigante tecnológica ao primeiro lugar do pódio de empresas com maior capitalização no mercado, ultrapassando a Microsoft e a Apple, continuam a animar os principais índices dos EUA, que caminham agora para uma semana de valorização.

A alimentar a euforia das bolsas estão ainda novos dados económicos divulgados esta quinta-feira, que apontam para uma economia em arrefecimento. No início da semana, já tinha sido revelado que as vendas a retalho tinham aumentado de forma muito mais lenta do que antecipada pelos analistas e, agora, sabe-se que o número de pessoas que pediram subsídios de desemprego na semana passada cresceu de forma menos acentuada do que o esperado.

O Standard & Poor's 500, "benchmark" para a região, avança 0,22% para 5.498,94 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,26% para 17.913,91 pontos. Já o industrial Dow Jones negoceia na linha d'água e sobe 0,03% para 38.845,29 pontos.

As ações da Nvidia avançam 3,64% para 140,51 dólares com o furor ligado à inteligência artificial e contagiam o resto do setor das fabricantes de chips. A Marvell Technology e a Advanced Micro Devices, duas das principais concorrentes da gigante tecnológica nesta área, ganham 2,20% e 3,58%, respetivamente.

Já as "megacaps" que recuaram um lugar no pódio das empresas com maior capitalização no mercado - a Microsoft e a Apple - negoceiam no vermelho. A empresa liderada por Satya Nadella recua 0,76% para 443 dólares, enquanto a gigante da maçã perde 0,28% para 213,68 dólares.

No entanto, a euforia geral que se tem sentido em Wall Street destoa do sentimento vivido na Reserva Federal (Fed) norte-americana. O presidente da Fed de Minneapolis afirmou, esta quinta-feira, que a inflação ainda vai demorar mais um ou dois anos até chegar à meta de 2%, alimentando os medos de que as taxas de juro possam continuar muito elevadas.

Ouro cresce mais de 1% e atinge máximos de duas semanas
Ouro cresce mais de 1% e atinge máximos de duas semanas

O ouro encontra-se a valorizar para máximos de duas semanas, numa altura em que novos dados económicos apontam para uma economia em desaceleração nos EUA e aumentam as expectativas dos investidores em relação a um alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana no curto prazo. 

Cerca de 64% dos "traders" apontam agora para um corte nas taxas de juro em setembro, de acordo com dados da CME FedWatch Tool, que monitoriza o sentimento dos mercados em relação à política monetária da Fed. Taxas directoras mais baixas reduzem o custo de oportunidade de manter ouro por parte dos investidores, uma vez que metais preciosos não pagam juros. 

Os preços do "metal amarelo" avançam, assim, 1,52% para 2.363,61 dólares por onça. O aumento de preços está ainda a ser impulsionado pelos planos de vários bancos centrais em aumentarem os seus "stocks" de ouro dentro do próximo ano. 

Libra perde após BoE manter juros inalterados
Libra perde após BoE manter juros inalterados

A libra está a desvalorizar face ao euro e dólar, depois de o Banco de Inglaterra (BoE) ter optado por manter os juros inalterados pela sétima reunião consecutiva.

No entanto, nas atas do encontro, publicadas também esta quinta-feira, é descrito que para vários membros a decisão entre cortar ou manter os juros inalterados foi um "compromisso equilibrado". Entre os nove membros que votaram, dois optaram por uma redução imediata de 25 pontos base para 5% - Swati Dhingra e Dave Ramsden.

A libra perde 0,34% para 1,2677 dólares e cede 0,09% para 1,1829 euros.

Os mercados apontam agora, em 55%, para um corte de juros em agosto, face aos 30% antes do encontro de política monetária desta quinta-feira.

Petróleo valoriza à boleia de arrefecimento da economia norte-americana
Petróleo valoriza à boleia de arrefecimento da economia norte-americana

Os preços do petróleo estão a valorizar esta quinta-feira e chegaram a igualar os máximos de sete semanas alcançados na terça-feira.

A impulsionar estiveram os últimos números dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos que cresceram menos do que o esperado na semana passada e vão, por isso, fomentando expectativas de que a Reserva Federal possa cortar juros ainda este ano.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,37% para 81,87 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,36% para 85,38 dólares por barril.

Ainda a sustentar os preços estão receios de que um escalar do conflito no Médio Oriente possa causar disrupções no fornecimento petrolífero da região.

Juros agravam-se na Zona Euro e aliviam no Reino Unido

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro a 10 anos agravaram-se, num dia em que as ações negociaram em terreno positivo. Pelo contrário, a rendibilidade da dívida do Reino Unido cedeu, num dia em que o Banco de Inglaterra deixou as taxas de juro inalteradas. 

A "yield" das "gilts" britânicas cedeu, desta forma, 1,1 pontos base para 4,055%, depois de ter sido conhecido que o banco central do Reino Unido não mexeu nas taxas de juro pela sétima vez consecutiva.

Na Zona Euro, pelo contrário, os juros avançaram. A rendibilidade das obrigações italianas com maturidade a 10 anos cresceu 0,8 pontos base para 3,946%, enquanto os juros das obrigações francesas com o mesmo vencimento somaram 0,6 pontos base para 3,197%.

A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – agravou-se em 2,8 pontos base para 2,430% e a "yield" da dívida espanhola a 10 anos saltou 0,3 pontos base para 3,294%. Já a rendibilidade dos títulos portugueses que vencem em 2034 subiu 0,7 pontos base para 3,145%.

Europa encerra no verde. BCP tem o segundo melhor desempenho do Stoxx 600
Europa encerra no verde. BCP tem o segundo melhor desempenho do Stoxx 600

As bolsas europeias encerraram em alta, numa sessão marcada pela decisão de três bancos centrais do Velho Continente em relação às taxas de juro.

A autoridade monetária do Reino Unido (BoE) decidiu manter as taxas diretoras no valor mais elevado em 16 anos - 5,25% -, uma decisão que não constituiu uma surpresa para o mercado, que aponta para um corte em agosto. O banco central da Noruega seguiu a mesma tendência e manteve as taxas de juro inalteradas em 4,5%. Um alívio na política monetária do país não deve acontecer até ao final do ano.

Já o banco central suíço decidiu cortar os juros em 25 pontos base para 1,25% - o segundo recuo do ano. A autoridade monetária mantém, assim, a sua posição de liderança no alívio da política monetária global.

O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,93% para 518,91 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do bloco, as ações de empresas tecnológicas lideram a tabela dos ganhos, avançando 1,76%. Todos os setores encerram no verde.

Entre os principais movimentos de mercado, destaca-se a Evotec que escalou 13,91% para 8,36 euros por ação, depois da Bloomberg ter noticiado que vários investidores estão interessados em adquirir a farmacêutica.

Já o BCP ocupou o segundo lugar do pódio de cotadas que mais subiram dentro do Stoxx 600, disparando 8,34% para 0,356 euros. O banco português beneficiou do anúncio de que o polaco Bank Millenium, controlado por si, concluiu o plano de recuperação. Além disso, a Alantra Equities e o Jefferies reviram em alta o preço-alvo do banco.

Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganhou 1,03%, Paris aumentou 1,34%, Amesterdão avançou 0,98%, Madrid subiu 0,94%, Londres registou um acréscimo de 0,82% e Milão arrecadou 1,37%.

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